segunda-feira, 29 de março de 2021

Bolsonaro pede jejum a um país de famintos

 A depender do governo federal a imagem atual do Brasil passaria por tratamento num programa tipo Photoshop. Não dá para imaginar como estamos feios na foto.  Com a impossibilidade de fazer, o governo prefere, como avestruz, enfiar a cabeça num buraco a encarar as próprias mazelas. Sugerindo até jejeum.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) e o Congresso Nacional concluíram no último dia 25, sob protesto de alguns poucos partidos, a votação do Orçamento para o exercício de 2021.

A referida votação ratificou o corte no orçamento do Censo Demográfico proposto pelo Relator-Geral da Comissão, Marcio Bittar. A decisão representa uma redução de quase 90% do orçamento previsto no Projeto de Lei ao Orçamento Anual (PLOA) encaminhada em agosto de 2020, que era de R$ 2 bilhões. O que levou ao pedido de exoneração da presidente do Instituto, Susana Cordeiro Guerra.

O Censo Demográfico vem sendo usado desde 1872, portanto há 149 anos, auxiliando o governo a ter um norte para efetivar políticas públicas.

O governo Bolsonaro tem medo do que a pesquisa, que deveria ter sido realizada no ano passado, mas devido a pandemia fora adiada, possa mostrar: a indigência que vive o povo brasileiro, principalmente os mais pobres, que convivem com a fome crescente.

Cerca de 10,3 milhões de brasileiros vivem em lares nessa situação. Percentual de domicílios com alimentação satisfatória atinge patamar mínimo em 15 anos. Pesquisa do mesmo instituto mostra que a Fome no Brasil em cinco anos, cresceu em 3 milhões o número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave.

É disso que Bolsonaro tem medo, ao preferir fazer ouvidos moucos para a necessidade de o país saber mais sobre seu povo, do que abrir as arcas ao fisiologismo do centrão e suas emendas no Congresso. E que lembra uma frase daquela famosa banda: "Jesus não tem dentes no país dos banguelas."

 

sexta-feira, 26 de março de 2021

Estado fora da lei

 Quando a administração pública  contribui para a criminalidade

O mecânico Augusto Sinio, de 38 anos, estava sentado em sua poltrona quando o carteiro chamou e lhe entregou as correspondências. Entre elas, uma particularmente o deixou não apenas surpreso, mas também indignado.

Em suas mãos uma multa por excesso de velocidade numa rua do Centro que ele jura nunca ter passado. “Nunca passei por essa rua, sempre que vou à praia com a família prefiro a Costa Verde. Isso é um absurdo”, desabafou.

É provável que a placa do carro de Sinio tenha sido clonada. Caso comum no Brasil e especialmente no estado do Rio.

Uma das explicações está exposta para quem quiser ver, ou com intuito de praticar crime, a 10 minutos do centro de Queimados, no bairro Vila Camarim: posto de vistoria do Detran.

Lá, placas retiradas de carros que antes eram cortadas para evitar que criminosos duplicassem o código alfanumérico, ficam expostas num monte que facilmente pessoas más intencionadas, com ajuda de um cabo de vassoura conseguem puxar por debaixo da cerca.

Antes o lugar calmo composto na maioria por residências deu lugar à apreensão, com pessoas estranhas circulando pelo local. Inclusive não se intimidam com a presença dos moradores.

Contribui também, o péssimo estado que se encontra o órgão na cidade, a construção em estilo contêineres convive com galhos de uma árvore derrubados durante a última tempestade.

Morador desde antes da instalação do posto na localidade, o eletricista Edmilson Pacheco, 58 anos, afirma que nunca sentiu tanto receio de sair de casa com a família e chegar tarde da noite.

“Veja esta situação, é mato por todos os lados. Com qual segurança vou deixar minha filha ou minha esposa chegar tarde da noite, tamanha é a escuridão do local. Veja esse matagal tomando conta de tudo, inclusive do portão principal. O senhor acha que apenas um guarda vai dá conta disso tudo?”, questiona o morador.

Para um distraído, é possível imaginar que o local esteja desativado a julgar pelo estado de insalubridade que atinge o entorno do posto. Com árvore ameaçando cair nas casas das pessoas e um matagal por todos os lugares, onde facilmente pode alguém se esconder e praticar violência contra as pessoas.

A ineficiência das administrações pública municipal e estadual vem punindo a população com violência e a criminalidade, alimentada pelo descaso de quem deveria combatê-la.

Até o momento do fechamento da reportagem, tanto prefeitura de Queimados quanto o Detran, não responderam às demandas do Blog Salada de Colher para explicar a situação aos leitores.

quinta-feira, 25 de março de 2021

Ninguém segura o dragão da inflação, maior para o mês desde 2015

 A dona de casa Maria Auxiliadora Senna, de 56 anos, desabafa no caixa de um supermercado no município de Queimados “Não sei aonde vai parar tamanha carestia. Os preços estão pela hora da morte!”

Ela tem razão. E foi o que demonstrou pesquisa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgada nesta quinta-feira, e que apresentou alta de 0,93% em março, 0,45 ponto percentual acima de fevereiro, 0,48%. É o maior resultado para um mês de março desde 2015, quando o índice foi de 1,24%.

Já o IPCA-E, o acumulado do índice no trimestre, foi de 2,21%, a maior taxa para um primeiro tri desde 2016, quando foi de 2,79%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em março.

O maior impacto foi o de Transportes, sobretudo em decorrência do aumento nos preços dos combustíveis (11,63%). O maior impacto individual no índice do mês (0,56 p.p.) foi da gasolina (11,18%), cujos preços aumentaram pelo nono mês consecutivo.

quarta-feira, 24 de março de 2021

Meu Prontuário foi passear em Queimados

 A primeira vez a gente nunca esquece. Certamente, essa frase se refere tanto para quando algo dá certo ou errado.

No meu caso, foi à segunda opção. É perfeitamente aceitável quando um serviço ao público recém-implantado ocorra falha. Na maioria das vezes é necessário período de testes antes de ser aprovado ou não.

Isso vem acontecendo com o sistema de marcação de consulta para o Centro de Especialidade Médica (antigo 24h) do Fanchem.

Há um mês fui marcar consulta presencialmente. Disseram-me que deveria ligar para um dos quatro números disponíveis.

Cheguei em casa, liguei imediatamente. Em 10 minutos- o que considero um tempo razoável- fui atendido. Imediatamente foram-me disponibilizados dois períodos manhã e tarde. Escolhi o primeiro.

Reuni exames e parti. Às 07h estava no posto. Imediatamente entrei na fila do prontuário.  Às 8h um casal começou a atender numa casinhola. Foi quando começaram os primeiro atritos entre as pessoas queriam marcar presencialmente e o funcionário que pacientemente tentava explicar que por telefone seria mais cômodo e prático.

Achei um exagero da parte dos usuários. Afinal, as pessoas estão trabalhando; eles sabem e entendem do fluxo.

Chegou minha vez e uma jovem colocou os dados básicos como nome da mãe, CEP e endereço. Orientou-me para que fosse à primeira porta. Lá um homem rechonchudo, mas elegante de sorriso fácil e atencioso orientava para que não houvesse aglomeração, afinal vivemos dias difíceis. Permaneci do lado de fora com meu prontuário à mão.

Lá dentro mais uma refrega. Desta vez uma mulher dizendo que tinha marcado para o dia 23, mas que a jogaram a consulta para o dia 29, próxima segunda. Achei um exagero. Certamente ela confundiu a data e estava enchendo o saco dos funcionários.

Já passava das 10h quando o médico chegou. Seu horário é 8h. Imprevistos acontecem. Começou a chamar. Mais um desentendimento. Mais uma troca de data. Mais uma vez eu achei desnecessário tamanha confusão. Os funcionários não iriam confundir horário. Povo mal educado.

O médico, Dr Erick, chamou todos os pacientes marcados para a manhã, menos eu. Ora, fui perguntar ao senhor gentil, citado lá no início (revelou que era o administrador), porque o médico fora almoçar eu não tinha sido chamado, já que eu era da manhã.

Ele alegou que passou mal e me levou à recepção. Ato contínuo, a recepcionista abriu um caderno grosso e vaticinou: “o senhor é o sétimo da tarde”. Como? Já passava das 14h.  Tentei fazer do limão uma limonada. Perguntei que horas o médico voltaria do almoço, para que desse tempo de eu comer algo. Minha glicose gritava. Recebi um sonoro “senta aí!” de uma das mulheres que chamam os pacientes. Já passava das 15h. Ainda tinha paciente na minha frente.

Desisti da consulta. Fiquei com medo de ter a mesma reação das pessoas que condenei na parte da manhã. Afinal é muito compreensível ter uma reação violenta quando se é aviltado num momento de maior fragilidade de um ser humano.

 Serviço: Telefones para marcação de consultas (se conseguir é claro)

2665-7663

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  "     7765

  "     7893

quinta-feira, 11 de março de 2021

Na berlinda, pressão em Bolsonaro mi mi mi aumenta

 Maioria é a favor do impeachment

Uma nova pesquisa do Instituto Atlas mostra que 54% dos entrevistados são a favor do impeachment de Jair Bolsonaro, apenas 41% são contrários.

De acordo com a pesquisa, os principais motivos para afastar o presidente são: “sabotagem do combate ao Covid-19”, com 55% do eleitorado; “favorecimento de filhos e familiares”, com 54%; “má gestão econômica”, com os mesmos 54%.

 

Polícia investiga desvio de verbas em Hospitais federais

 A Polícia Federal deflagrou, nesta manhã, operação que investiga as práticas dos crimes de organização criminosa, peculato, fraudes em licitação e lavagem de dinheiro, tendo em vista indícios de direcionamento e superfaturamento em contratos firmados com empresas responsáveis pelo fornecimento de

materiais de neurocirurgia e ortopedia a hospitais federais sediados no Rio de Janeiro.

Intitulada Ossobuco, (parte da carne de boi), ação de hoje conta com a participação de 30 policiais federais que cumprem 07 (sete) mandados de busca e apreensão na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Os nomes não foram divulgados. Os mandados foram expedidos pela 07ª Vara Federal Criminal do Rio

de Janeiro. Os recursos públicos federais, sob suspeitas de irregularidades, somam mais de R$ 3,5 milhões, tendo os investigados movimentado mais de 100 milhões de reais em suas contas bancárias, inclusive, por meio de sucessivos e milionários saques em espécie.

 


quarta-feira, 10 de março de 2021

Desemprego no Rio diminui, mas desigualdade permanece

 Perto de completar um ano desempregado o auxiliar de serviços gerais Antônio Ribeiro, 42 anos, morador de Queimados, se alegra e comemora por voltar ao mercado formal de trabalho. Passou num processo seletivo e vai vender sua mão de obra para um supermercado. Nesse período, sua renda vinha da venda de recicláveis e do Auxílio Emergencial.

Ele não está sozinho, o Rio foi um dos quatro estado em que o desemprego recuou, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua Trimestral (PNAD Contínua) divulgado pelo IBGE divulgado nesta terça.

No estado, o recuo no desemprego chegou a 19,4%. Perdendo apenas para Alagoas e Bahia com 20%.

“Quando olhamos para os dados regionalmente, vemos que a redução na taxa de desocupação não foi disseminada pela maioria das unidades da federação. Ela ficou concentrada em apenas cinco, mostrando que em vários estados ainda não se observou uma queda da desocupação”, afirmou Adriana Beringuy.

Desocupação foi de 11,9% entre os homens e chegou a 16,4% entre as mulheres

A PNAD Contínua também mostra diferença na taxa de desocupação de homens e mulheres no quarto trimestre de 2020. O percentual foi de 11,9% entre os homens e 16,4% entre as mulheres. Já entre as pessoas pretas, a taxa foi de 17,2%, enquanto a dos pardos foi de 15,8%, ambas acima da média nacional (13,9%). Já a taxa dos brancos (11,5%) ficou abaixo da média.

 


terça-feira, 9 de março de 2021

Violência faz mudar rotas de ônibus da Baixada

 Linhas de Queimados também foram afetadas

 Um estudo divulgado pelo sindicato que representa as empresas de ônibus no estado (TransÔnibus) mostra que, desde 2020 até o momento, 45 linhas que ligam a Baixada aos bairros do Rio tiveram que mudar seu trajeto por causa da violência,  inclusive as linhas que servem à população queimadense.

De acordo com o sindicato, as alterações são temporárias, mas foram necessárias devido a questão de insegurança.

Ainda segundo estudo, as linhas afetadas são as que ligam a Baixada ao município do Rio, Paradas de Lucas e Campinho.

Assalto em locais já predeterminados é a maior de maior insegurança, como em algumas partes da Dutra e Avenida Brasil.

Dados do TransÔnibus dão conta que desde 2016 85 ônibus foram incendiados na região.


 

segunda-feira, 8 de março de 2021

Fachin anula condenações de Lula

 "Eu não quero dinheiro. Eu quero o caos" Coringa,  Não, STF

O Supremo Tribunal Federal mostrou as entranhas de todo o problema que aflige o Brasil: a insegurança jurídica que evita que bandidos do colarinho branco não sejam punidos.

A decisão do ministro Fachin põe em cheque a credibilidade de todo o judiciário. A justiça Federal do Distrito Federal nunca conseguirá terminar qualquer processo de corrupção contra Lula começando do zero.

O pior, é que nem com a Procuradoria Geral da República se pode ter esperança de um recurso. Nem o pretexto de salvar algum legado da Lava Jato e Moro justificaria a decisão de Fachin.

Como fica os recursos, cerca de seis bilhões, recuperados pela Lava Jato, coisa inédita no país? E os delatores que acreditaram que arrependidos contribuiriam para um ambiente de negócio mais perto dos mundos civilizados?

Não sei o que dizer ao meu filho. Na verdade, venho preparando ele para, como dizem os jovens, vazar do Brasil. Isso era tudo que Bolsonaro queria, o caos onde reina soberano.

sábado, 6 de março de 2021

Queimados, uma cidade frágil

 Mais uma vez moradores  sofrem com vendaval

Apesar de não ter sido um tornado, como o que arrasou parte de Queimados e Nova Iguaçu em 2018, o vento e a chuva dessa sexta-feira à tarde causou estrago, e muito prejuízo espalhado por boa parte do município. A tempestade que, segundo especialistas, ultrapassou os 71.2 km por hora, derrubou árvores e muros e também fez levar telhados, caixas d’água e muita sujeira pelos ares. Com essa velocidade não pode ser considerado um tornado, mas um vendaval de grande proporção como explica o geográfico e climatologista Péricles Gomes “Esse fenômeno ocorreu devido à passagem de uma frente fria pelo oceano provocou ventos fortes aqui em Queimados” explicou o professor.

 Moradora do bairro Inconfidência, Angélica Lima não sabe como vai consertar o telhado do trailer jogado aos ares pela tempestade “construí como muito sacrifício e agora vem essa ventania e joga tudo a baixo”, lamenta a pequena comerciante que vende bolinho de aipim e caldo de cana.

A reportagem percorreu vários pontos da cidade, além de ter recebido imagens de moto-taxistas mostrando a  tragédia que assolou diversos moradores da cidade, e não encontramos equipes da prefeitura trabalhando. Algumas árvores continuavam do mesmo jeito de sexta-feira pós-tempestade.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura para saber a real situação da cidade e moradores e como acontecia o trabalho de recuperação da cidade na retirada de árvores caídas, possíveis interdições pela defesa civil ou pessoas que necessitam de assistência social, mas não recebemos retorno da prefeitura.


quinta-feira, 4 de março de 2021

Mulheres recebem 77,7% do rendimento dos homens mostra IBGE

 Maior desigualdade está na região Sudeste

Em 2019, as mulheres receberam 77,7% (ou pouco mais de ¾) do rendimento dos homens, de acordo pesquisa divulgada pelo IBGE. Enquanto o rendimento médio mensal dos homens era de R$2.555, o das mulheres era de R$1.985.

A desigualdade é maior entre as pessoas nos grupos ocupacionais com maiores rendimentos. Nos grupos de Diretores e gerentes e Profissionais das ciências e intelectuais, as mulheres receberam, respectivamente, 61,9% e 63,6% do rendimento dos homens.

Nas Regiões Sudeste e Sul as mulheres recebiam em média, 74,0% e 72,8%, respectivamente, do rendimento dos homens. Nas Regiões Norte e Nordeste, onde os rendimentos médios foram mais baixos para homens e mulheres, as desigualdades eram menores (92,6% e 86,5%, respectivamente).


Em lares com crianças de até 3 anos, mulheres têm menor nível de ocupação

Dados mostram ainda que a taxa de participação das mulheres na força de trabalho foi 54,5%. Entre os homens, esta medida chegou a 73,7% - uma diferença de 19,2 pontos percentuais. A taxa mede a parcela da população em idade de trabalhar (15 anos ou mais de idade) que está na força de trabalho (ou seja, trabalhando ou procurando trabalho e disponível para trabalhar).

Entre as mulheres de 25 a 49 anos que viviam em lares com crianças de até 3 anos de idade, pouco mais da metade (54,6%) estava efetivamente ocupada. Em lares sem crianças nessa faixa etária, o nível de ocupação das mulheres foi de 67,2% . Entre os homens, o nível de ocupação é superior tanto em lares com crianças com até 3 de idade (89,2%), quanto em lares sem crianças nesse grupo etário (83,4%).

As mulheres pretas ou pardas com crianças de até 3 anos de idade no domicílio apresentaram os menores níveis de ocupação: 49,7% em 2019. Entre as mulheres brancas, a proporção foi de 62,6%. Para aquelas sem a presença de crianças nesta faixa etária, os percentuais foram 63,0%, entre mulheres pretas e pardas, e 72,8% entre brancas.



quarta-feira, 3 de março de 2021

Governo brasileiro decide comprar todas as vacinas da Pfizer e Janssen

 MS não confirmou a quantidade por não ter acesso ao estoque

A pressão de governadores e prefeitos, que decidiram ir à luta na aquisição das vacinas contra a Covid-19, no governo federal parece ter surtido efeito. O governo Bolsonaro decidiu comprar todas as vacinas disponíveis da Pfizer e Janssen.

Numa reunião agora há pouco com membros da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Eduardo Pazuello disse que tentará assinar ainda hoje um contrato para aquisição de vacinas da Pfizer e da Janssen.

De acordo com assessoria da CNM teria dito ser “uma boa notícia e que teremos mais uma vacina com essa contratação, com cláusulas que não tínhamos como assumir sem projeto.” Segundo a rádio Gaúcha, o ministro ainda disse: “Já mandei chamar o cara da Pfizer e já hoje mesmo começaremos a tratar dos trabalhos.”

Quinze municípios do estado aderem ao consórcio para adquirir vacina

 Adesão de Queimados ao consórcio ainda é um mistério

O município de Queimados tem até sexta-feira (5) para decidir se fará ou não parte do consórcio liderado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para adquirir de forma direta, sem a intermediação do governo federal, novas doses de vacina contra a Covid-19. Niterói, na Região Metropolitana do Rio, foi o último, junto com 14 cidades, a aderir ao consórcio.

 A obrigação de adquirir imunizantes para a população é do governo federal. Mas, por conta da situação de momento da pandemia, o consórcio firmado entre os municípios visa acelerar o processo de compra de doses.

De acordo com os idealizadores, o papel das prefeituras será o de dar suporte aos municípios caso o Plano Nacional de Imunização (PNI), do governo federal, não consiga suprir a demanda nacional.

A Frente reúne as 412 cidades com mais de 80 mil habitantes, mas os municípios que estão fora desse escopo também poderão participar. Até o momento, mais de 270 municípios já indicaram intenção de participar.

Após assinada a lista de intenção, o município terá que ter aprovação legislativa na Câmara Municipal de cada cidade, para poder, de fato, participar do consórcio e futuramente da aquisição de vacinas, medicamentos, insumos e outros. 

A FNP espera que até o dia 22 de março o consórcio esteja constituído e instalado para, amparado pela lei, poder iniciar o processo de aquisição de vacinas contra a Covid-19. Além de doses dos imunizantes, o consórcio também pretende comprar equipamentos, medicamentos e insumos necessários no combate à pandemia.

Os municípios que já aderiram ao consórcio são: Rio de Janeiro, São João do Meriti, Petrópolis, Macaé, Barra do Piraí, Saquarema, Arraial do Cabo, Vassouras, Cordeiro, Mendes, Comendador Levy Gasparian, Macuco, Areal, Volta Redonda e Niterói.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura, mas não obteve qualquer posição da Secretaria de Saúde do município até a postagem.

 

terça-feira, 2 de março de 2021

Vento contrário para 2022

 Passarinho bate asas para longe da gaiola

 O Superior Tribunal de Justiça retirou da pauta o julgamento de dois recursos de Flávio Bolsonaro no inquérito das “rachadinhas”, que seriam analisados nesta terça-feira. Caso fossem julgados procedentes, os recursos anulariam toda a investigação contra o senador e o caso poderia voltar à estaca zero.

Para comemorar, o senador comprou uma mansão no valor de R$ 5,97 milhões em Brasília. Imóvel fica localizado em área nobre da capital, no Setor de Mansões Dom Bosco. O parlamentar teria financiado a compra em 360 meses. O senador tem experiência no ramo imobiliário.

Flávio é investigado pela suposta existência de um esquema de desvios de recursos dos salários de seus assessores quando era deputado estadual da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e, na investigação, é suspeito de realizar a lavagem de dinheiro por meio da venda e compra de imóveis. ' 'A denúncia apontava que 12 funcionários fantasmas lotados no gabinete de Flávio na Alerj teriam desviado R$ 6,1 milhões dos cofres públicos.'

Há algo de muito grave, que não é apenas a pandemia, acontecendo no país.  O recado dado é o de total segurança com o apoio que lhes vem sendo prestado pelas cortes superiores- tanto no STJ quanto no STF-, que nem precisam recorrer à montagem de esquemas complexos como offshores no exterior como no tempo do petrolão e do mensalão.

Essa segurança- efeito Jucá- deve reverberar no Rio de Janeiro.  Dificilmente o senador se reelegeria pelo estado do Rio. Por isso, a conveniência de mudança de domicílio. Mais uma vez, a famiglia mostra que eles só pensam em si próprios. Não seria diferente, é claro. 

Com escândalo e corrupção, Flávio deixa um monte de órfãos do sobrenome por aqui. Em Queimados, apesar de a maioria dos votos não ter sido no município, Alana Passos, herdeira dos votos do senador, deve encontrar vida difícil caso tente a reeleição. Até o próprio parlamentar, ao adquirir a mansão, já sabia que o vento no Rio soprava contra.  

 


segunda-feira, 1 de março de 2021

Antes tarde do que nunca

 Passados quase três meses, a prefeitura parece estar saindo da letargia quando o assunto é a zeladoria da cidade. Ao menos no Centro do município.

Na última semana, trecho do rio Abel, que corta o Centro, teve realizado trabalho de poda e capina. Agora falta o trecho entre os bairros São Roque e Pacaembu.

O blog Salada de Colher vem recebendo diversas denúncias no que diz respeito à conservação do espaço público na cidade. O mato alto à margem do rio e a falta de iluminação facilitam aos bandidos praticarem suas ações.

Esse despertar do governo municipal para o cuidado com a cidade vem tarde, mas ainda é melhor que continuasse letárgico.