Alguns movimentos que reúnem artistas, políticos não somente
do campo progressista, já perceberam a verdadeira intenção do inquilino do Planalto:
incentivar protestos de rua em plena pandemia para que o uso da força seja justificado.
Ficou patente quando decidiu rotular manifestante como “terrorista”, comparando quebradores de vidraças-injustificado- a quem joga aviões contra prédios.
Esta semana passou despercebido um questionamento,
quase retórico, numa rede social do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), como
num lampejo, tocou de raspão num dos principais motivos para a eleição de
Bolsonaro.
Ele percebeu-espero- que não adianta rotular Bolsonaro
de fascistas, nazistas, ou quaisquer outros “istas”. Léxicos que vão além da compreensão de
boa parte dos eleitores dele. O Presidente é, no máximo, chavista, incompetente, idiotizado e de má índole. E é isso
que deve ser explanado a população. Quando o comparava a Hitler na eleição claramente o subestimando, o
povo se questionava: “se ele é nazista, cadê o campo de concentração?”
A esquerda o transformou em vítima do discurso.
Bolsonaro organiza uma base para escapar de um possível
impeachment, com o centrão e baixo clero. Freixo também tem seu baixo clero que
ficou à mostra nas sessões das comissões da Câmara com momentos ridículos de
deputados do seu entorno.
O presidente se alimenta de conflito, e parece que
Freixo percebeu. Antes tarde do que nunca. O Brasil está carentes de líderes, à
esquerda principalmente. Muito por conta do ex-presidente Lula que nunca deixou
que nascessem lideranças dentro do PT. Boicotava, abortava. Ninguém que pudesse
fazer sombra. O “nós contra eles” incensado apenas para se manter relevante
como “grande líder , pai dos pobres”, sempre foi a tônica.
Recentemente, Lula levou três semanas para se
posicionar favorável ao movimento pelo impeachment de Bolsonaro. Jogando as
traças a frente ampla criada contra o governo, porque o “puritano” não aceita
estar junto daqueles que não o reconhecem como preso político, mas sim um
político preso, como Ciro Gomes e FHC. Narciso acha feio tudo o que
não é espelho.
O apoio incondicional a Lula jogou a esquerda num
buraco profundo ruim de sair. Passou da hora de desinfetar tudo à luz do sol. A
esquerda precisa deixar de agir como cachorro que caiu do caminhão de mudança. O povo quer
justiça social, mas com honestidade. Sendo o início de um mea culpa, Freixo,
parece, pode liderar.
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