terça-feira, 12 de janeiro de 2021

O dia D, a hora H para um desgoverno terminar

 Todas as personalidades artísticas, políticas, religiosas já se vacinaram ou estão em vias de serem. A importância de gestos como esses serve como motivação para que a população compreenda a importância do combate à Covid-19.

A corrida não se trata apenas de salvar vidas, mas que primeiro conseguir “dominar” a pandemia larga na frente também no campo econômico.

Aqui no Brasil, Bolsonaro prefere o discurso mentiroso de que a pandemia está no “finalzinho”, enquanto a doença insiste em desmenti-lo. As festas de fim de ano demonstraram isso. Uma correria para reabrir os hospitais de campanha.

Após mais de 100 anos no país, a Ford anunciou o fechamento de todas as fábricas. Além dos motivos sabidos como infraestrutura, carga tributária, insegurança jurídica, a forma como o governo brasileiro lidou até o momento com a pandemia pesou muito mais. A Ford não aguentou, logo no momento em que o Brasil está no fundo do poço com desemprego recorde, milhões de pessoas na miséria e um fim de Auxílio Emergencial sem um “colchão” para amortecer a queda.

Mas a “esperança” é num ministro que já marou a data da vacinação no programa de meta: “na hora H, no dia D começaremos a vacinação.” Nem Dilma Rousseff com sua saudação a mandioca ou dobrar meta de meta que nem existia conseguiu escarnecer tanto quanto esse arremedo de ministro.

Na realidade, o dia D pode ser qualquer dia. Contanto que o primeiro vacinado não seja com a vacina do Doria. E tem de ser registrado. Por isso, mesmo com a Coronavac disponível no país, Bolsonaro tenta pressionar a Oxford-AstraZenica para trazer logo ao Brasil da índia. Garantiram 2 milhões de doses. Isso não é nada.

Bolsonaro pressiona, imaginando quando vai jogar Pazzuelo no caldeirão imputando-lhe a culpa pela tragédia. Ele precisa culpar alguém para que a figura de um governante incompetente não suja sua imagem e atrapalhe o projeto de reeleição.

O que está em jogo neste momento não é vacinar e salvar vidas, mas jogar para os holofotes, continuar em ordem unida com o intuito de permanecer no poder. Custe o quê custar. Para Bolsonaro, o filme só não pode queimar.

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