Corre à boca miúda que uma pessoa ligada à milícia de Queimados quando foi preso demonstrou aos companheiros de cela que eram os demais é que estavam presos com ele, não o contrário.
A eleição para as duas casas legislativas ontem lembrou
muito esse episódio. Bolsonaro acha que abrindo os cofres para eleger seus preferidos,
entende que pode controlar as Casas. Na verdade, não é o presidente que tem o
centrão, mas é essa massa amorfa fisiológica que detém o presidente.
Um preço alto a pagar terá o governo. A cada negociação terá
de entregar um braço, como se diz no
popular. A primeira dissidência bate à porta: ambos os presidentes são a favor
da renovação do auxílio emergencial. Bolsonaro e Paulo Guedes são contra.
Nem a promessa de privatização se sustenta. Difícil
imaginar o centrão abrindo mão dos cargos nas estatais. A galinha dos ovos de
ouro do fisiologismo.
Cada dia uma agonia. O leviatã terá de, sincronamente, manipular seus tentáculos. Aprovar reformas, salvar o filho 01, controlar a Polícia Federal, não ser imputado pelas mais de 200 mil mortes.
Bolsonaro cria um campo de força em volta de si
enquanto as pessoas ainda não podem se aglomerar em grandes manifestações. Por
isso o retardo proposital da vacina.
O centrão é um bicho guloso e medroso. Se ouvir o ronco das ruas sai correndo sem olhar pra trás. Aí, adeus presidência.
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