terça-feira, 8 de junho de 2021

Assessores de deputados do Rio são investigados pela Polícia Federal


 De acordo com a PF, eles são ligados aos deputados Alana Passos, e Anderson Moraes, ambos do PSL, e estariam envolvidos em apoio a atos antidemocráticos

A Polícia Federal afirmou que perfis de apoio a atos antidemocráticos foram operados por filho e apoiadores de Bolsonaro. A PF se baseou em um relatório elaborado pela Atlantic Council, empresa especializada em análises sobre comportamentos inautênticos coordenados por meio das redes sociais.

A investigação PF, feita por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que retirou o sigilo do Inquérito 4.828 ; que trata sobre atos antidemocráticos como pedido de intervenção militar, golpe de estado e fechamento do Congresso e do STF,  apontou que os perfis removidos do Facebook e do Instagram por incentivar atos antidemocráticos foram operados por assessores diretos do presidente Jair Bolsonaro, por seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PSL-SP), e por deputados estaduais bolsonaristas, como a deputada pelo Rio Alana Passos (PSL-RJ)

De acordo com PF, no Facebook, por exemplo, "a rede consistia em vários grupos com atividade conectada que utilizavam uma combinação de contas duplicadas e contas falsas para evitar a aplicação das políticas (de uso), criar pessoas fictícias fingindo serem repórteres, publicar conteúdos e gerenciar páginas fingindo serem veículos de notícias".

As contas eram operadas de Brasília, do Rio de Janeiro e de São Bernardo do Campo (SP), conforme o laboratório de pesquisa forense digital da organização.

A PF diz que as contas identificadas no relatório da Atlantic Council foram criadas ou gerenciadas, por exemplo, pelo assessor especial de Bolsonaro Tércio Arnaud Tomaz, pelos deputados estaduais Alana Passos (PSL-RJ), Anderson Moraes (PSL-RJ) e Coronel Nishikawa (PSL-SP), e por seus assessores parlamentares.

A PF apontou que as contas derrubadas foram acessadas de endereços ligados a Jair Bolsonaro, como o Palácio do Planalto, sede oficial do governo, e a casa da família na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Segundo os materiais analisados pela PF, seis contas são vinculadas a Fernando Nascimento Pessoa, assessor parlamentar lotado no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do presidente.

De acordo com os agentes, foram acessados de endereços ligados a Bolsonaro a conta "Bolsonaro News", do Instagram, dedicada a atacar ex-aliados do presidente, e o perfil pessoal no Facebook do assessor especial da Presidência Tércio Arnaud Thomaz.

Segundo a PF, há duas hipóteses criminais passíveis de investigação: a primeira é a participação de agentes públicos, próximos a Bolsonaro, na distribuição de recursos federais ou na contratação de pessoas para incitar, pelas redes sociais, a subversão da ordem política e social. A segunda é a organização em si de um movimento orquestrado para difundir "ideias com potencial de causar instabilidade na ordem política e social".

O relatório da PF foi enviado a Moraes em 18 de dezembro. O ministro pediu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou o arquivamento do caso. O relator ainda não decidiu sobre o pedido.

O Blog vem tentando contato com os deputados Alana Passos e Anderson Moraes, mas até o momento não tivemos retorno.

 


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