De acordo com a PF, eles são ligados aos deputados Alana Passos, e Anderson Moraes, ambos do PSL, e estariam envolvidos em apoio a atos antidemocráticos
A Polícia Federal afirmou que perfis de apoio a atos
antidemocráticos foram operados por filho e apoiadores de Bolsonaro. A PF se
baseou em um relatório elaborado pela Atlantic Council, empresa especializada
em análises sobre comportamentos inautênticos coordenados por meio das redes
sociais.
A investigação PF, feita por determinação do ministro
Alexandre de Moraes, que retirou o sigilo do Inquérito 4.828 ; que trata
sobre atos antidemocráticos como pedido de intervenção militar, golpe de estado
e fechamento do Congresso e do STF, apontou
que os perfis removidos do Facebook e do Instagram por incentivar atos
antidemocráticos foram operados por assessores diretos do presidente Jair
Bolsonaro, por seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PSL-SP), e por deputados
estaduais bolsonaristas, como a deputada pelo Rio Alana Passos (PSL-RJ)
De acordo com PF, no Facebook, por exemplo, "a rede
consistia em vários grupos com atividade conectada que utilizavam uma
combinação de contas duplicadas e contas falsas para evitar a aplicação das
políticas (de uso), criar pessoas fictícias fingindo serem repórteres, publicar
conteúdos e gerenciar páginas fingindo serem veículos de notícias".
As contas eram operadas de Brasília, do Rio de Janeiro e de
São Bernardo do Campo (SP), conforme o laboratório de pesquisa forense digital
da organização.
A PF diz que as contas identificadas no relatório da
Atlantic Council foram criadas ou gerenciadas, por exemplo, pelo assessor
especial de Bolsonaro Tércio Arnaud Tomaz, pelos deputados estaduais Alana
Passos (PSL-RJ), Anderson Moraes (PSL-RJ) e Coronel Nishikawa (PSL-SP), e por
seus assessores parlamentares.
Segundo os materiais analisados pela PF, seis contas são
vinculadas a Fernando Nascimento Pessoa, assessor parlamentar lotado no
gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do
presidente.
De acordo com os agentes, foram acessados de endereços
ligados a Bolsonaro a conta "Bolsonaro News", do Instagram, dedicada
a atacar ex-aliados do presidente, e o perfil pessoal no Facebook do assessor
especial da Presidência Tércio Arnaud Thomaz.
Segundo a PF, há duas hipóteses criminais passíveis de
investigação: a primeira é a participação de agentes públicos, próximos a
Bolsonaro, na distribuição de recursos federais ou na contratação de pessoas
para incitar, pelas redes sociais, a subversão da ordem política e social. A
segunda é a organização em si de um movimento orquestrado para difundir
"ideias com potencial de causar instabilidade na ordem política e
social".
O relatório da PF foi enviado a Moraes em 18 de dezembro. O
ministro pediu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou
o arquivamento do caso. O relator ainda não decidiu sobre o pedido.
O Blog vem tentando contato com os deputados Alana Passos e
Anderson Moraes, mas até o momento não tivemos retorno.
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