Muito comum no estado do Rio, a esquina aonde se encontram a política com a criminalidade neste momento parece mais visível.
A informação de que Julia Lotufo, viúva de Adriano da
Nóbrega, chefe de um bando de assassinos de aluguel intitulado “escritório do
crime” e morto após troca de tiros com policiais na Bahia, colocou à mesa como
negociação para uma delação premiada o suposto nome do mandante da morte da vereadora
Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, tem deixado o mundo da política
e da Justiça em polvorosa.
A viúva de Adriano da Nóbrega teria dito aos promotores que a milícia do Gardênia Azul o procurara para discutir assassinato de Marielle porquê ela
"colocava em risco os negócios”, ali e em Rio das Pedras. O nome da pessoa
não foi dito, mas um dos chefes da milícia da Gardênia é o ex-vereador
Cristiano Girão.
A milícia que age em Rio das Pedras é uma das mais
antigas do Rio. Na verdade, é considerada o “o ovo da serpente” que fora apontada como política de segurança, o um "mal menor" para combater a criminalidade. Poucos
políticos conseguem penetrar nessa comunidade para pedir votos. É necessário
autorização dos chefes da milícia.
Política e criminalidade andam juntas há anos no estado.
Quem sabe verificando as votações nesses locais começarão a desfiar o novelo de
muitos assassinatos ainda sem explicação que causam temor, corrói a sociedade, e
afasta cada vez mais as pessoas da política. Além de, claro, atententar contra a
Democracia.
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