A Procuradoria do Distrito Federal, para onde foi mandado os processos que eram oriundos de Curitiba ao qual o ex-presidente Lula responde, ratificou nesta manhã denúncia da Lava Jato sobre o terreno do Instituto Lula. Além de Lula, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, e o empresário Marcelo Odebrecht também fazem parte do processo.
O caso é referente à compra de um terreno para o Instituto
Lula e um apartamento, que teriam sido bancados pela empreiteira. O terreno, no
valor de R$ 12 milhões, serviria de sede para o Instituto Lula, em São Paulo. E
a cobertura, no valor de R$ 504 mil, era vizinha à residência do petista em São
Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo.
O petista chegou a ser acusado de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro. Palocci seria o intermediador. Em contrapartida, eles
teriam atendido um pedido de favorecimento à Odebrecht em oito contratos
firmados pela Petrobras.
A acusação foi feita pelo MPF (Ministério Público Federal)
de Curitiba e aceita, em dezembro de 2016, pelo então juiz da Lava Jato, Sergio
Moro.
Depois do STF (Supremo Tribunal Federal) determinar a
suspeição de Moro, todas as provas colhidas pela investigação em Curitiba foram
anuladas.
Na ratificação obtida pela “Folha de S. Paulo”, o procurador
Frederico Paiva afirma que “em razão do extenso lastro probatório”, não há
nulidade a “ser reconhecida nesse momento”. Segundo ele, qualquer procurador
poderia reapresentar a denúncia à Justiça, que vai decidir se aceita ou não. Em
caso positivo, as investigações deverão ser reiniciadas.
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