quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Com fome, brasileiro vê inflação comer seu poder aquisitivo

 O surto inflacionário está longe de ser debelado. Em agosto, os preços da indústria subiram 1,86% frente ao mês anterior. Todas as 24 atividades analisadas tiveram alta de preços, o que só havia ocorrido em agosto de 2020.

Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP) divulgado nesta quarta-feira (29) pelo IBGE, que mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. No ano, o aumento acumulado nos preços da indústria chegou a 23,55% e, em 12 meses, a 33,08%.

“A demanda aquecida do comércio internacional e a desvalorização do Real frente ao dólar vêm impactando os preços industriais no mercado interno. No setor alimentício, as exportações de commodities, como soja e milho, pressionam para cima os custos das rações para animais e, por consequência, das carnes”, esclarece Manuel Souza Neto, gerente do IPP.

O setor de alimentos foi o que mais influenciou o resultado geral do IPP de agosto (0,51 ponto percentual). Na comparação com o mês de julho, os alimentos subiram 2,19%, sendo a sétima taxa positiva observada ao longo do ano (a única negativa foi a de junho, em 0,14%) e a segunda maior de 2021, perdendo apenas para os 2,66% registrados em abril. No ano, o segmento acumula alta de 12,47%.

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Após 80 tiros em inocentes, militares do Exército no banco dos réus

 Perto de completar dois anos e cinco meses desde que militares do Exército mataram o músico Evandro Rosa e o catador de materiais recicláveis Luciano Macedo, em Guadalupe, na entrada da favela do Muquiço, na zona norte do Rio, finalmente, no próximo dia 15/09 os doze integrantes do Exército que respondem por homicídio, tentativa de homicídio e omissão de socorro enfrentarão o júri da Justiça Militar. Diferentemente do tribunal do júri na justiça comum, os militares são julgados por um juiz federal togado e quatro militares de patentes superiores às dos réus. 

A patente mais alta entre os acusados é segundo-tenente. Depois dele, tem um terceiro-sargento, dois cabos e oito soldados. Todos eles respondem em liberdade. O crime ocorreu três meses depois do fim da intervenção federal na segurança pública do Rio, encerrada em dezembro de 2018.

A data da sessão foi definida em junho passado pela juíza Mariana Aquino, da 1ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar. Na última terça ela determinou testes no sistema de som do auditório no Rio. A sessão está marcada para começar às 9h.  

O advogado dos acusados, Paulo Henrique Mello, disse que mostrará que os militares estavam em “missão oficial e agiram dentro dos ditames legais”.

Relembre o caso

O caso ficou conhecido pelos 80 tiros que os soldados dispararam em direção ao veículo que o músico estava com sua esposa, seu sogro e sua filha de sete anos. O catador foi morto enquanto tentava ajudar a família.  

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Juninho do Pneu: um secretário despreparado

 O Transporte público há muito é um grande calcanhar de Aquiles para as diversas administrações do estado do Rio. Para os passageiros, motivo de sofrimento e perda de qualidade de vida. Seja no tempo perdido das viagens, ou nas doenças causadas ao corpo devido ao transtorno do mau funcionamento nos diversos modais.

Muito se falou na modernização, que o tal legado olímpico deixaria como marca na cidade, e consequentemente no seu entorno, na super habitada região Metropolitana. Cujo transporte ferroviário sempre foi tratado com desdém.

No município do Rio não é diferente. Passageiros convivem com BRTs lotados e sem horários. Estações vandalizadas. Acidentes. Mortes. Na Baixada nem se fala, ônibus caros trens ineficientes sempre foi a realidade desses usuários.

Portanto, não é de hoje que a população está abandonada por quem deveria zelar pelo bom fornecimento através das fiscalizações, multas ou cassação da concessão.

O estado legal vem perdendo cada vez mais seu território para o estado da ilegalidade. E nossos governantes contribuem de forma significativa para isso. Com indicações políticas, pensado em reeleição, mapeiam o estado apenas com os olhos nas urnas.

Exemplo é a nomeação do deputado Juninho do Pneu como secretário estadual de transporte, uma pessoa completamente despreparada para a função, como se mostrou ao negligenciar por dias a situação calamitosa pela qual passavam os clientes da Supervia.

Mais do que maltratar língua portuguesa nos de plurais e concordâncias, sua inação gera doenças às pessoas.  

Oriundo de Nova Iguaçu deveria, ao menos, ter ouvido falar que o transporte público na Baixada sempre foi caótico.  Mas para responder teve de instado, humilhado.

Ao governador Cláudio Castro, e ao Juninho do Pneu importa apenas suas reeleições. O que é contraditório, porque eles esperam receber votos justamente de quem eles maltratam. Talvez ainda dê tempo para trocar o secretário, porque se fez provado que deve entender de pneu de borracha não rodas de ferro fundido como as dos trens urbanos.

 

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Queda no PIB frustra economia e aprofunda crise

 O Produto Interno Bruto (PIB) teve variação negativa de 0,1% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre, de acordo com o IBGE.

Esse resultado indica estabilidade e vem depois de três trimestres positivos seguidos de crescimento da economia. Em valores correntes, o PIB, que é soma dos bens e serviços finais produzidos no país, chegou a R$ 2,1 trilhões.

Com esse resultado, a economia brasileira avançou 6,4% no primeiro semestre. Nos últimos quatro trimestres, acumula alta de 1,8%, e na comparação com o segundo trimestre do ano passado, cresceu 12,4%.

O PIB continua no patamar do fim de 2019 ao início de 2020, período pré-pandemia, e ainda está 3,2% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais divulgado hoje (1º) pelo IBGE.