Embora as datas natalícias quase sempre tragam sentimento de esperança, para os moradores de Queimados é indiferente: eles quase nunca são convidados para essas “festas.”
Mormente, os munícipes não têm mesmo o que comemorar. Dia sim outro também, a cidade é alvo de (má) notícias. Seja com a inépcia na distribuição de merenda escola, seja falta de professores, reconstrução de uma ponte que não acaba nunca.
Mas nada é tão covarde quanto o que a Secretaria de Saúde vem fazendo com os usuários do programa “Brasil Sorridente”, “Inominável, desumano, covarde” essas são as definições das pessoas que necessitam de serviço dentário especializado.
Perguntado porquê o serviço ainda não recomeçou, um funcionário responde “falta tudo, não é apenas cadeira, falta insumo básico”, responde de modo lacônico.
Antes do início da pandemia, o serviço já tinha sido interrompido. A desculpa foi uma cadeira de dentista quebrada. Nesse meio tempo nada foi feito para amparar as pessoas com problemas mais complexos como tratamento do tártaro de uma pessoa com diabetes, que necessita de especialista.
Alguns pacientes que demandam desses profissionais ou exames são mandados para o Hospital Municipal Moacyr do Carmo, em Caxias. Isso porque o médico bucomaxilo atende naquele município. Lá, sofre-se como um filho de cão.
Nos 31 anos da cidade, os queimadenses não têm muito o quê comemorar. Não tem saúde, educação, obras. O que tem de sobra mesmo por aqui, é falta de vergonha na cara dos nossos administradores.
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