quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Queimadenses: nada a comemorar

 

município de Queimados acaba de chegar aos 31 anos. Para comemorar a data, está marcada uma série de programação pela cidade. Nessa quinta-feira, uma missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, presidida pelo bispo emérito de Nova Iguaçu, dom Luciano Bergamin, abriu o festejo. Durante a homilia, dom Luciano cobrou mais atenção das autoridades aos pobres.

Embora as datas natalícias quase sempre tragam sentimento de esperança, para os moradores  de Queimados é indiferente: eles quase nunca são convidados para essas “festas.”

Mormente, os munícipes não têm mesmo o que comemorar. Dia sim outro também, a cidade é alvo de (má) notícias. Seja com a inépcia na distribuição de merenda escola, seja falta de professores, reconstrução de uma ponte que não acaba nunca.

Mas nada é tão covarde quanto o que a Secretaria de Saúde vem fazendo com os usuários do programa “Brasil Sorridente”, “Inominável, desumano, covarde” essas são as definições das pessoas que necessitam de serviço dentário especializado.

Perguntado porquê o serviço ainda não recomeçou, um funcionário  responde “falta tudo, não é apenas cadeira, falta insumo básico”, responde de modo lacônico.

Antes do início da pandemia, o serviço já tinha sido interrompido. A desculpa foi uma cadeira de dentista quebrada. Nesse meio tempo nada foi feito para amparar as pessoas com problemas mais complexos como tratamento do tártaro de uma pessoa com diabetes, que necessita de especialista.

Alguns pacientes que demandam desses profissionais ou exames são mandados para o Hospital Municipal Moacyr do Carmo, em Caxias. Isso porque o médico bucomaxilo atende naquele município. Lá, sofre-se como um filho de cão.

Nos 31 anos da cidade, os queimadenses não têm muito o quê comemorar. Não tem saúde, educação, obras. O que tem de sobra mesmo por aqui, é falta de vergonha na cara dos nossos administradores.


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