É louvável para uma mulher negra, que teve de trabalhar como doméstica para se formar numa universidade chegar ao poder em um importante país da América Latina. Todos que trabalham pela inclusão devem ficar felizes num momento como este. A eleição da advogada Francia Marquez na Colômbia como vice-presidente é um alento para todos que se entendem como democratas.
Marina Silva, essa mesma que agora Lula quer convencer a
apoiá-lo, tem história de vida tão parecida ou ainda mais marcante que a de Francia
Marquez.
Nesse momento recheado de hipocrisia, a memória (falha?) dos
que a acusaram, caso fosse eleita, tiraria a comida do prato dos brasileiros,
uma horrenda orquestração na campanha para não apenas escanteá-la, mas para destruir sua reputação.
Uma mulher íntegra que passou por todo tipo de dificuldade que a nossa
sociedade excludente pôde impor.
Nem o PSOL, satélite do PT, parece ter se importado para
isso. Essa esquerda carcomida, que funciona como rebanho e não se permite
individualmente uma crítica, têm medo do cancelamento. Nem sequer se perguntam
se é coerente apoiar um candidato como Lula. É claro, estão lutando contra o fascismo
e pela democracia, a memória seletiva obnubilar-se que o Mensalão foi uma das
piores ações contra essa mesma democracia que juram, pasmem, combater por ela.
Se de fato quisessem um candidato de esquerda, melhor seria
apresentá-los Ciro Gomes. Dizer que vão votar em Lula para restaurar a
democracia é conversa fiada. É não querer confessar que passam pano para a
corrupção.
É disso que Marina fala, não tem como querer chegar ao poder
sem reconhecer seus erros. Tivemos a
chance de eleger uma mulher negra, ex-doméstica, honesta e inteligente. Mas Lula
preferiu Dilma. Essa esquerda é formada por chupins da democracia.
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