Tido como uma das infraestruturas mais atrasadas do Brasil, o saneamento básico enfrenta dificuldades diversas e que vão além da expansão do acesso das pessoas às redes de água e esgotos. Marcadamente o desperdício de água num país que não consegue prover o básico para moradores das favelas em plena pandemia é a marca de um país desigual também nos direitos básicos fundamentais.
Foi o que constatou o estudo intitulado “Perdas de água
2020- Ano base 2018- Desafios à Disponibilidade Hídrica e Necessidade de Avanço
na Eficiência do Saneamento”, uma parceria entre o Instituto Trata Brasil e a
organização Water.org dos Estados Unidos.
O estudo mostrou
que o combate às perdas de água potável nos sistemas de distribuição é uma das
ações menos priorizadas no setor de saneamento, além de que, esses indicadores
não têm melhorado nos últimos anos, pelo contrário, piorado em muitos locais do
país.
Foi com base nesse cenário histórico de baixo avanço na
solução para as perdas de água. Os dados de 2018 mostram que as perdas na
distribuição estão em 38,45%, ou em outras palavras, para cada 100 litros de
água captada, tratada e potável, 38 litros não chegam de forma oficial a
ninguém, o que equivale a 7,1 mil piscinas olímpicas de água perdidas todos os
dias, gerando uma perda financeira acima dos 12 bilhões de reais.
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