terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Um presidente Zinho

 

O uso de algumas palavras no diminutivo deixou de ser, na maioria das vezes, forma carinhosa e sentimental de se referir a algo ou alguém para se tornar escárnio e grosseria. É sabido que o atual ocupante do Palácio do Planalto não consegue desenvolver o mínimo de empatia. Seria compreensível se essa falta de compaixão fosse acompanhada de medidas que não expusesse a maioria da população a um perigo real numa pandemia.

Esse presidentezinho contribui com mais mortes quando afirma que uma das vacinas pode causar mal às pessoas, mesmo sem qualquer prova, como é comum nesse governozinho. Dos 9% de pessoas que afirmaram não tomar vacina em agosto , agora, depois das diversas manifestações do presidentezinho,  são 22%.

Um governozinho que contribuiu para uma queda em cinco posições no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-ONU).  Nem adianta imputar a pandemia. Os dados são anteriores.

Para certas coisas esse governozinho funciona bem. Exemplo disso é a proteção do 01, Flávio Bolsonaro. O Ministrozinho Generalzinho, chefe do Gabinete Institucional ,coloca todo aparato para proteger  o primogênito. Não importa se para isso coloquem ao relento outrora uma das mais respeitáveis instituições do país: a Agência Brasileira de Inteligência. Lá bate cartão um delegadozinho amigo da família Bolsonaro, que apenas não se tornou chefe da Polícia Federal por o ex-juiz e ministro Sérgio Moro denunciou a manobra, e o ministro do Supremo Alexandre de Morais impediu a posse de Alexandre Ramagem.

Continua o negacionismo cego a respeito da pandemia. Posição já abandonada  por Trump, grande ídolo e mentor de nosso presidentezinho.

Era uma gripezinha, dizia, um resfriadinho. São mais de 1820 mil pessoas mortas pela Covid. Fico a imaginar quantas desse total estariam entre nós  o nosso presidente minúsculo presidente tomasse consciência como a primeira- ministra alemã Angela Merkel.

Mas não dá para esperar desse governozinho que  que há quase dois anos tenta apagar os focos de incêndio que surgem do tronozinho de Bolsonaro, cuja frase adaptada seria “os filhos justificam os meios” de agir. Do 01 e as rachadinhas, ao 04 Renan Bolsonaro, que segue os passos de Lulinha da Silva.

O legado que o presidentezinho vai deixar passará necessariamente por ter diminuído de forma quase irreversível a instituição Presidência da República.

 

 

 

 

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