Em filosofia, uma designação tradicional de verdade diria que é aquilo que permanece inalterável a quaisquer contingências. Nunca esse conceito foi tão necessário para o Brasil. Um país tomado por mentiras e meias verdades, que no final acaba sendo uma mentira inteira.
Durante
muito tempo uma frase ecoou “faça sempre a coisa certa” o autor dessa frase
hoje deve estar de alma lavada com os desfechos que a Justiça, através do
Supremo Tribunal Federal vem perpetrando ao país.
A frase que
diz que quando a política entra nos tribunais a Justiça sai pela porta dos
fundos nunca esteve tão atual. Há mais de dois anos quando Gilmar Mendes se
tornou o juiz prevento da ação que julga excesso cometido pela Operação Lava
Jato, o país vem experimentando, mais do que simplesmente transformar ficha
corrida de criminosos em currículo, o que vem acontecendo é a destruição de
todo arcabouço punitivo.
Já disse
aqui neste espaço, que os excessos da Lava Jato deveriam ser punidos. Mas o que
vemos é uma vingança contra juízes e procuradores. Talvez por eles “terem ido
longe demais.” Alguém pode achar normal um juiz não se declarar suspeito quando
julga processo que envolve ele mesmo? Estavam perto de pegar Toffoli, cuja
mulher é acusada de receber milhões em propinas.
A decisão
do ministro Ricardo Lewandowski proibindo a Justiça Federal de poder usar dados
do acordo de leniência da Odebrecht no caso do Instituto Lula é mais um golpe
não apenas na Lava Jato, mas em cada cidadão que agora tem mais motivo para
continuar a desacreditar na Justiça.
Fica patente
que principal Tribunal do país, em particular a Segunda Turma, foi tomado pela
política, cujo maior beneficiado é o ex-presidente Lula. No entanto, essa
cruzada para tentar provar a inocência de Lula pode ser um fator de desgaste
caso seja candidato do PT a Presidência, (e é).
De tanta
defesa, centenas de pedidos de HC até acharem o “juiz certo”, tornou-o um
paciente indefeso. Quando a campanha mostrar que essas quantidades de recursos
são apenas para poucos privilegiados, e o não reconhecimento nem pedido de
perdão, a vaca já pode ir caminhando para o brejo. Não adianta forçar barra
obrigando o eleitor decidir entre Bolsonaro e Lula. O pensamento binário de que
as eleições serão plebiscitárias arrefece quando apontado o número de pessoas
que não querem nenhum dos dois.
Na verdade,
olha ela aqui outra vez, se tem um brasileiro que está de alma lavada porque
teve a capacidade, sagacidade e inteligência e continuar a fazer a coisa certa é
Sergio Fernando Moro.
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