O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, acusou o deputado e candidato ao governo do Rio, Marcelo Freixo, de ser um infiltrado do Partido dos Trabalhadores (PT) dentro do PSB. A declaração veio logo depois de o deputado (PSB) dizer que era a favor da candidatura de Fernando Haddad (PT), ao governo do estado de São Paulo, mesmo com o partido tendo uma candidatura forte como à de Marcio França do mesmo partido de Freixo.
Lulista empedernido, o inferno astral do líder das intenções
de votos ao governo está apenas começando. A troca de partido- PSOL pelo PSB-,
para se tornar mais palatável aos eleitores parece estar fazendo água.
Se não bastasse Siqueira, outro que apontou a lança para
Freixo foi o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que afirmou em entrevista ao jornal
“Valor”, que “Lula não é fator relevante para esta eleição” e que ele estaria “de
salto alto”. A intenção, claro, foi fustigar o deputado e chamar a atenção para
a coligação PSD e PDT em torno da candidatura do prefeito de Niterói, Rodrigo
Neves (PDT).
Paes, em mais uma provocação, questionou a competência de
Freixo por nunca ter assumido cargo executivo. Comparando-o a cantor e
compositor Belchior.
“Freixo não tem qualquer experiência no executivo, como vai
ajeitar a situação fiscal do estado, alguém que a vida inteira defendeu todo
tipo de irresponsabilidade? Como vai atrair empresa alguém que a vida inteira
disse que concessão e PPP (Parceria Público Privada) é uma desgraça do capitalismo
mundial? E ironizou: “ A vida inteira quis essa imagem de rebelde, aquela coisa
de Belchior, apenas um rapaz romântico
latino-americano sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e vindo lá de
Niterói, ou São Gonçalo, sei lá de onde
ele vem.”
Freixo retrucou afirmando que com ações assim “Paes divide o
Rio onde não deveria dividir, na oposição a Bolsonaro.”
A realidade é que desde que deixou o PSOL, Freixo vem
sinalizando uma guinada mais ao centro. Trilhando o mesmo caminho que Lula. A
diferença é que, devido a insignificância do PT no Rio, essa parceria
Freixo-Lula pode naufragar sua candidatura. Muito por conta da força de Paes
nas áreas mais afastadas como a Zona Oeste, e a capilaridade do governador
Cláudio Castro com o poder da máquina.
Resta a Freixo, não apenas ganhar a eleição, mas que em caso
de derrota, repelir a pecha de
infiltrado-petista-Incompetente administrativamente, como seus adversários
tentam imputar.
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