Na tentativa de reescrever a história o vocábulo“narrativa” nunca esteve tão em voga. Não chega a ser novidade para um eleitor médio que acompanha o processo político de que há uma tentativa de linchamento público. É exatamente o que vem tentando parte da imprensa, políticos nem tão limpos e agora parte do judiciário.
Esse novo intento tresloucado do procurador Lucas Furtado, dias
depois de pedir o arquivamento do processo que investigava indevidamente o contrato
do ex-juiz Sergio Moro com Alvarez & Marsal, agora avança de modo lunático
e constrangedor sobre uma prerrogativa exclusiva da Receita Federal.
Desta vez, ele peticionou ao ministro do Tribunal de Contas da
União, Bruno Dantas- preposto de Gilmar Mendes e Renan Calheiros-, a indisponibilidade
dos bens de Moro por suposta sonegação de impostos sobre pagamento recebidos
pela companhia. Acusa Moro de “pejotização” e pede que seja investigado se o
ex-juiz tem visto de trabalho nos EUA.
Chega a ser vergonhoso, a verificação tributária fica a
cargo da Receita e não do TCU. Além disso, caso haja alguma inconsistência, Moro
tem, como todo brasileiro, até abril para declarar. Sobre a indisponibilidade
dos bens, é medida apenas em caso de dilapidação de patrimônio, o que não é o
caso. Sem contar que Moro abriu suas contas, coisa que deveria servir de
exemplo para outros candidatos, não punição. O TCU deveria
investigar é Lula que tem débitos tributários no valor de 1,2 milhão que
consta na base de dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, apenas para
citar um exemplo.
O que está em curso é “chiqueirização”, ou seja, sujar o
máximo possível o ex-juiz com ações infundadas, para quando chegar à campanha
apontar como se ele fosse tão sujo quanto os outros.
A guerra de narrativa vai continuar como à que imputa Lula
como inocente, nada mais mentiroso. Na verdade, o que houve foi uma prescrição
de pena pela idade. O que é contraditório: é velho demais para ser preso, e
novo demais para poder ser presidente.
Outra tentativa de reescrever a história surgiu quando
ministro Barroso disse que Dilma foi desposta porque, assim como Temer e
Bolsonaro não soube comprar parlamentares. Ele não disse que a ex-presidente não
cometeu crime, ressaltou apenas a inabilidade com a política feita em Brasília.
A pouco mais de oito meses da campanha, o que se vê é um medo
histérico de Sergio Moro. A política, como vem sendo demonstrado, perdeu o
sentido de lisura. Jaz putrefato. Assim como Lula, que não consegue embarcar
num avião de carreira sem ser chamado de ladrão. Fica a pergunta: Por que tanto
medo de Sergio Moro?
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