terça-feira, 1 de junho de 2021

A Ignorância não tem ideologia

 Já dizia o pensador sobre a diferença entre a inteligência e a ignorância: a primeira tem limite. E essas manifestações do último sábado (29) constatou a adequação dessa frase. No limiar de uma terceira onda ainda mais grave.

Impossível não acreditar que o Brasil é vítima de sabotagem seja à direita ou à esquerda. Parece um projeto bem arquitetado para não dar certo.  A irresponsabilidade dessas manifestações deram ainda mais argumentos para bolsonaristas. 

A justificativa mal ajambrada de ir às ruas, como disse Guilherme Boulos,  “para defender  vidas” é muito parecido com o de Jair Bolsonaro.  Há mais de um ano ele vem repetindo que isolamento social mata mais do que o vírus. Essas manifestações lulista serviram como uma anistia aos crimes de Bolsonaro.  A ponto de ser usado ironicamente pelo vice, Mourão “existe aglomeração do bem, agora?”

Não foi uma manifestação da esquerda, foi o lulismo botando o bloco na rua.  Que, aliás, na mesma semana teve visita (campanha antecipada) a uma metalúrgica. Duvido que ainda saiba o que seja um torno. Desde 1975, quando fora eleito presidente de sindicato, começara a sentir o mel do poder, que culminou em ternos Armani bem cortados (caía melhor que uniformes, disse certa vez em tom de soberba.)

Anistiado de seus crimes a fórceps pelo Supremo, Lula deve ter gostado, assim como Bolsonaro, das manifestações.  Os dois sempre se retroalimentando. Enquanto a terceira via parece patinando, que quando pensar eleitoralmente, o bloco já terá passado.

Só os “cloroquines” de direita e os aloprados de esquerdas estão dispostos a se esfregar nas ruas durante uma pandemia. Na verdade, povo brasileiro tanto para Bolsonaro quanto para Lula é apenas uma forma de continuar no poder ou permanecer nele. O nós contra eles serve para ambos. E nenhum dos dois serve para o Brasil.

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