Não que seja peculiar, na verdade é até bem comum, as forças políticas cooptarem instituições, movimentos, órgãos. Durante a ditadura usou o futebol, era: “Aonde o governo vai mal, um time no Nacional”, que resultava num campeonato mastodôntico com mais cem clubes. Veja o caso do Partido dos Trabalhadores e o Movimento dos Sem Terra (MST) cooptado pelo primeiro, a ponto de serem quase destruídos por um governo insano como este de Bolsonaro. Em nada foram fortalecidos durante os 13 de PT no poder. Apenas uma casta dentro do MST. A maioria continua na luta pelo seu pedaço terra.
No Rio a bola da vez, de novo, é a Polícia Militar. Lá
em 2008, com a primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), no morro Santa
Marta, em Botafogo, no governo Cabral, a ideia era retomar territórios das mãos
dos traficantes. Era isso.
Com o passar do tempo, o governo Cabral percebeu que a
sensação de segurança dava voto, mas também poder, e o melhor: dinheiro. E daí se proliferou pelo estado, junto com
mortes de inocentes, propina a policiais, sequestros de moradores, violência,
caos. Como não foi sobre alicerce forte, sucumbiu.
O modus operandi das UPPs voltou, agora sem contêineres
abafados nos altos dos morros, mas nas praças. Seus coletes coloridos já podem
ser vistos em diversos municípios. O governado Cláudio Castro deseja, assim
como Cabral o fez, tirar proveito mais uma vez da instituição polícia militar.
É do jogo.
Mas a verdade é que não precisaríamos desses “Seguranças
Presentes” se tivéssemos policiais mais bem treinados e melhores remunerados. Que
pudessem, ao invés de fazer esses “bicos” oficiais que não os diferem em nada
daqueles de supermercados, viajar com a família.
Até quando vai durar esse projeto talvez ninguém saiba,
mas a cara de pau de mais uma vez usarem a Polícia Militar como cajado
eleitoral é um atestado de incompetência daqueles que preferem enxugar gelo a
implementar uma política de segurança robusta na qual não precisaremos usar PMs
com coletes luminescente(se não aparecer não tem razão de ser), para falsear a
verdade.
Aonde o governo estadual e municipal vai mal, um
segurança presente como cabo eleitoral.