sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Glauco Kaizer, a mudança tem de acontecer.

 No último dia 15 de novembro, a população queimadense depositou nas urnas mais que o voto no 77, colocou lá dentro um sentimento de mudança  que há muito não se via. Para lá dos discursos religiosos, que tenta ampliar uma dualidade que tanto faz mal ao país como o de que David acabou com Golias, no caso David seria Glauco, e Golias, os outros adversários com mais investimento. Prefiro outra comparação.

Penso que, como na fábula, quem ganhou foi o inseto que preferiu trabalhar enquanto os outros preferiam cantar loas confiando nos altos investimentos. O trabalho de formiga prevaleceu, principalmente dentro das igrejas (mostrou a união dos protestantes, coisas que só via nas denominações neopentecostais). Mas isso não o desmerece em nada, pelo contrário, mostrou que com união podemos mudar nossa realidade.  Difícil encontrar um local em Queimados, aonde um grupo de meia dúzia de gatos pingados acompanhando um carro de som, com pequeno número de bandeiras esmirradas, não tenha passado apontando que outra forma de administrar a cidade seria possível.

Os desafios estão postos, mas vai precisar mais do que apenas consertar a contradição de que Glauco Kaizer teria nascido em Nova Iguaçu, ou em Minas Gerais.  Vai necessitar dialogar com uma Câmara ávida por cargos. A beleza da política está nas conversas, nos acordos.  Contanto que não extrapole a tênue linha da legalidade.

A população espera que muitos dos projetos sejam colocados em prática. Principalmente aqueles que afetam diretamente as pessoas: Falta de médicos, demora na marcação de consulta e exames, ter de acordar de madrugada sujeito a todos os tipos de violência, creches que não seja depósito de crianças e em tempo integral.

Desejamos sorte para o prefeito eleito, Glauco Kaiser; e ter a sabedoria para entender a grande mudança que foi sua eleição, e que a única dualidade permitida seria dialogar e ouvir.

 

 


domingo, 15 de novembro de 2020

Carta para 1° de Janeiro. Seja bem-vindo, Glauco


Urnas lacradas, votos apurados. Queimados já conhece aquele que comandará a cidade por pelo menos quatro anos: o professor Glauco Kaizer, eleito com 28,83% dos votos válidos.

À primeira vista não parece um bom emprego. Vai herdar uma cidade machucada. Com infraestrutura precária, educação com números ridículos desde falta de creche a pífias avaliações nacionais. A saúde é um caso a parte.  Onde será necessária verificação urgente em muitos contratos e licitações.

Realmente não será o melhor emprego do mundo. Terá- conseguirá?-  urgentemente diminuir o número de cargos comissionados . Para que sobre dinheiro para investir em melhorias  na saúde e também na educação, por exemplo.

Mas como realizar essas ações com uma bancada de vereadores eleita tão diversa? Existem alguns rubicões que seria melhor o prefeito eleito evitar.O primeiro Rubicão que não deve ser atravessado seria o da legalidade. A política é a arte do acordo, mas se isso não feito cercado pelos aspectos legais é crime e depois disso fica difícil retornar à  normalidade nos acordos republicanos.

O segundo Rubicão para não ser atravessado é a ideia de que o novo prefeito seria um enviado por Deus para combater o vilão da injustiça. Vivemos num estado laico. Que inclusive permite manifestação religiosa, mas em horário e local desejado. Faça como os centuriões romanos que mantinham um escravo a dizer-lhe que ele era apenas um mortal. Evidentemente eleito com voto da maioria dos protestantes, não pode fazer disso um gueto.

O terceiro Rubicão, mas não menos importante, é o afastamento prudente desse grupo bolsonarista. Eles são um tipo de rei Midas ao contrário: aonde chega transformam tudo em porcaria ao invés de ouro.

Desejo-lhe toda sorte do mundo, será um emprego difícil, mas temos certeza q de que a população saberá cobrar. Esse escravo sempre o lembrará de que é apenas um mortal.

 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Entre a enxada e a minhoca

Talvez um leitor amigo possa afirmar diferente, mas não acompanhei outro chefe de governo de qualquer país entrar na sepultura com Donald Trump, apenas Bolsonaro.

O ano de 2021 promete. Véspera de eleição presidencial aqui no Brasil; é provável que tenhamos um ano muito difícil para o Trump da América do Sul.

Órfão da falsa simpatia do ainda presidente americano- e dos acordos de perde-perde a que fomos sujeitados- Bolsonaro ainda terá de conviver ano que vem com os filhos 01 e 02 enrolado com a Justiça.

O mais velho, denunciado no último dia 4, teve contra si  pedido de perda de mandato de senador pelo Ministério Público. Já o filho do meio está sendo fustigado por abrigar funcionários fantasmas no seu gabinete.

Sem Trump e com ao menos dois filhos todo enrolado, ninguém garante que com mais uma ou duas enxadadas a Justiça encontre a raiz da criminalidade enrolada no pé do próprio presidente Bolsonaro.

 

 

 

 

Antes do grande dia, confira seu local de votação

 

 Antes de sair para votar, em 15 de novembro, o eleitor deve ficar atento, para saber se houve mudança do seu local de votação em relação às últimas eleições. Faltando nove dias para o primeiro turno, a Justiça Eleitoral recomenda que o eleitor não deixe para última hora e confira, desde já, o endereço de sua seção eleitoral. 

No site do TRE-RJ é possível confirmar o local onde está cadastrado para votar nas eleições deste ano. Na aba "Eleitor", acesse "Local de Votação". Basta preencher o nome próprio, data de nascimento e nome da mãe. Em todo o estado funcionam 4.892 locais de votação, que abrigam 32.126 seções eleitorais.

A hipocrisia e os chupins da democracia

 É louvável para uma mulher negra, que teve de trabalhar como doméstica para se formar numa universidade chegar ao poder em um importante pa...