A primeira vez a gente nunca esquece. Certamente, essa frase se refere tanto para quando algo dá certo ou errado.
No meu
caso, foi à segunda opção. É perfeitamente aceitável quando um serviço ao
público recém-implantado ocorra falha. Na maioria das vezes é necessário
período de testes antes de ser aprovado ou não.
Isso vem
acontecendo com o sistema de marcação de consulta para o Centro de
Especialidade Médica (antigo 24h) do Fanchem.
Há um mês fui marcar consulta presencialmente. Disseram-me que deveria ligar para um dos quatro números disponíveis.
Cheguei em
casa, liguei imediatamente. Em 10 minutos- o que considero um tempo razoável-
fui atendido. Imediatamente foram-me disponibilizados dois períodos manhã e
tarde. Escolhi o primeiro.
Reuni exames
e parti. Às 07h estava no posto. Imediatamente entrei na fila do prontuário. Às 8h um casal começou a atender numa
casinhola. Foi quando começaram os primeiro atritos entre as pessoas queriam
marcar presencialmente e o funcionário que pacientemente tentava explicar que
por telefone seria mais cômodo e prático.
Achei um
exagero da parte dos usuários. Afinal, as pessoas estão trabalhando; eles sabem
e entendem do fluxo.
Chegou
minha vez e uma jovem colocou os dados básicos como nome da mãe, CEP e endereço.
Orientou-me para que fosse à primeira porta. Lá um homem rechonchudo, mas elegante
de sorriso fácil e atencioso orientava para que não houvesse aglomeração,
afinal vivemos dias difíceis. Permaneci do lado de fora com meu prontuário à
mão.
Lá dentro mais uma refrega. Desta vez uma mulher dizendo que tinha marcado para o dia 23, mas que a jogaram a consulta para o dia 29, próxima segunda. Achei um exagero. Certamente ela confundiu a data e estava enchendo o saco dos funcionários.
Já passava
das 10h quando o médico chegou. Seu horário é 8h. Imprevistos acontecem. Começou
a chamar. Mais um desentendimento. Mais uma troca de data. Mais uma vez eu
achei desnecessário tamanha confusão. Os funcionários não iriam confundir
horário. Povo mal educado.
O médico,
Dr Erick, chamou todos os pacientes marcados para a manhã, menos eu. Ora, fui
perguntar ao senhor gentil, citado lá no início (revelou que era o administrador),
porque o médico fora almoçar eu não tinha sido chamado, já que eu era da manhã.
Ele alegou
que passou mal e me levou à recepção. Ato contínuo, a recepcionista abriu um
caderno grosso e vaticinou: “o senhor é o sétimo da tarde”. Como? Já passava
das 14h. Tentei fazer do limão uma
limonada. Perguntei que horas o médico voltaria do almoço, para que desse tempo
de eu comer algo. Minha glicose gritava. Recebi um sonoro “senta aí!” de uma
das mulheres que chamam os pacientes. Já passava das 15h. Ainda tinha paciente
na minha frente.
Desisti da
consulta. Fiquei com medo de ter a mesma reação das pessoas que condenei na
parte da manhã. Afinal é muito compreensível ter uma reação violenta quando se
é aviltado num momento de maior fragilidade de um ser humano.
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