Um relatório produzido a pedido da CPMI das Fake News identificou
2,065 milhões de reais em anúncios pagos com verba da Secretaria de Comunicação
Social da Presidência da República (Secom) em sites, aplicativos de telefone
celular e canais de YouTube que veiculam conteúdo adulto (pornográfico). Incluindo
sites que divulgam notícias falsas e oferecem investimentos ilegais.
O documento, elaborado por consultores legislativos, foi divulgado nesta terça-feira pela CPMI. Seus dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso a Informação (LAI), pelo O Globo.
No total, os consultores da CPMI identificaram 843 canais considerados inadequados que veicularam um total de 2.065.479 anúncios. Entre esses canais estão 47 sites que divulgam notícias falsas, 741 canais do Youtube que foram removidos pela plataforma por descumprimento de regras, 12 sites com notícias sobre jogos de azar, sete que fazem ofertas de investimentos ilegais e quatro com conteúdo pornográfico.
A classificação do que é um site que divulga notícias
falsas foi feita pela própria equipe que elaborou o relatório. Entre os sites
colocados nesta categoria estão o "Jornal da Cidade Online",
"Jornal 21 Brasil", "Terça Livre", "Folha do
Brasil", "Diário do Centro do Mundo" e "Revista
Fórum". O "Jornal da Cidade Online" é o mesmo que, segundo o
perfil Sleeping Giants Brasil, recebeu verba publicitária do Banco do Brasil.
Ao todo, os 47 sites que divulgam notícias falsas
identificados pelo relatório receberam 653.378 anúncios. Os sites com conteúdo
pornográfico receberam 27 anúncios.
O blogueiro Allan dos Santos do “Terça Livre” é um dos investigados no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e que investiga uma suposta rede de divulgação de notícias falsas e ataques contra ministros da Corte.
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