Um dos melhores momentos para um jornalista, dos
profissionais que mais morrem no mundo por conta da profissão, é quando suas
reportagens se tornam tema de debates e discussão. George Orwell já dizia que:
“Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que seja publicado. Todo
resto é publicidade.” Em primeiro lugar, para quem não é do ramo, é preciso
pontuar algumas coisas como, por exemplo, o nascer de uma reportagem. Os três
caminhos mais usados são:
1) Buscas em banco de dados e relatórios, para
encontrar contradição no que diz uma autoridade e o que de fato foi realizado.
Custo de uma obra, por exemplo;
2) Pela observação de fenômenos ao redor, algo que vale
a pena reportar mesmo que seja no dia a dia; e
3) As mais polêmicas, mas também imprescindível, que
são as denúncias. Não à toa essa categoria foi deixada por último. Porque nesse
caso exige interesses diversos. Quem denuncia algo espera determinado
resultado, e ele se beneficiará de alguma forma.
A recente reportagem sobre o suposto nepotismo provavelmente partiu dessa terceira opção. Denúncia de alguém querendo se beneficiar. O produto pode não ter sido do “gosto do cliente”, mas como já disse o genial Millôr Fernandes: “jornalismo é oposição, o resto é bazar de secos e molhados.” Pode-se contestar seu conteúdo, caso haja inverdades quanto a moralidade. Cabe a prefeitura, que tem jurídico e assessoria de imprensa cobrar.
Como procedimento, a reportagem foi perfeita. Deu os
dados (incorretos) segundo a prefeitura; que teve sua nota lida no “pé da
matéria” pela apresentadora afirmando que, diferente do que disse o repórter,
parentesco de quarto grau não se compreende nepotismo.
Não dá para fazer como na Grécia Antiga e matar o
mensageiro toda vez que não gostar do que foi dito ou mostrado numa reportagem. Já morremos demais.
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