A alta na energia elétrica prejudica os mais pobres
Pressionada pela alta da energia elétrica, a inflação
de maio chegou a 0,83%, a maior taxa para o mês desde 1996, quando atingiu
1,22%. O resultado também ficou acima da taxa de 0,31% registrada em abril. Com
isso, o índice acumula alta de 3,22% no ano e de 8,06% nos últimos 12 meses. Os
dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgadonesta
quarta-feira pelo IBGE.
De acordo com o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, “A alta de 5,37% da energia elétrica se deve a dois fatores. O primeiro deles foi que em maio passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que trouxe uma diferença grande em relação à bandeira amarela, que estava em vigor de janeiro a abril. O outro fator é a série de reajustes que houve no final de abril em várias concessionárias de energia elétrica espalhadas pelo país”, explica o pesquisador.
A bandeira tarifária vermelha patamar 1 acrescenta
R$4,169 na conta de energia a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Com a alta da energia elétrica, o grupo habitação foi o
de maior impacto no índice geral (0,28 p.p.) e também o de maior variação
(1,78%). O grupo também teve o impacto dos aumentos na taxa de água e
esgoto (1,61%), do gás de botijão (1,24%) e do gás encanado (4,58%). Além da
habitação, os outros oito grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram
inflação em maio.
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