terça-feira, 15 de junho de 2021

O Rio paquera com o abismo mais uma vez

Charge é arte de representar o exagero. E o estado do Rio talvez seja uma das maiores caricaturas já vista no país. Parece que vivemos um loop temporal ou traduzindo, uma repetição eterna.

No mesmo momento em que o país cai no ranking no combate a corrupção, cadáveres políticos insepultos retornam à vida energizados por uma sanha eleitoral insaciável de um obscuro ex-vereador guindado pelo acaso ao cargo mais elevado do estado.

Os rearranjos na divisão dos cargos realizados pelo governador Claudio Castro, para acomodar aliados pensando em 2022, fez ressuscitar nomes como Leonardo Picianni, que vai assumir a cadeira de deputado federal com a nomeação de Juninho do Pneu como secretário de transporte do estado, cuja a familiaridade parece estar apenas no sobrenome eleitoral; o ex-deputado Hugo Leal; o também ex-deputado Júlio Lopes; e Max Lemos derrotado eleitoralmente no último pleito em Queimados quando apostou as fichas na candidatura do irmão, Lenine, e nomeado como secretário de infraestrutura e obras, abrindo espaço para aliados.

A impressão que passa para o eleitor é a de que voto daqueles que quis expurgar alguns políticos da vida pública nada valeu. O cenário, com esses e outros nomes, lembra aquele pré-Lava Jato.

É como esperar resultado diferente praticando a mesma fórmula. Impossível. Loteamento de cargos, acomodação política. Daqui a pouco vem a extorsão, é só esperar. Alguém deve bancar a campanha, por que não os motoristas, com seus carros levados aos depósitos de propriedade dos... políticos.

Na realidade, o estado pede socorro há tempos. Enquanto cai a fama de bons administradores, quando na verdade, a maioria só se apoia em nomeações. Enquanto o pagador de imposto é expropriado sem saúde, educação, cultura e lazer.  Quem terá coragem de acabar com esse Dia da Marmota e pensar nos interesses da população?


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