Charge é arte de representar o exagero. E o estado do Rio
talvez seja uma das maiores caricaturas já vista no país. Parece que vivemos um
loop temporal ou traduzindo, uma repetição eterna.
No mesmo momento em que o país cai no ranking no combate a corrupção, cadáveres políticos insepultos retornam à vida energizados por uma sanha eleitoral insaciável de um obscuro ex-vereador guindado pelo acaso ao cargo mais elevado do estado.
Os rearranjos na divisão dos cargos realizados pelo
governador Claudio Castro, para acomodar aliados pensando em 2022, fez
ressuscitar nomes como Leonardo Picianni, que vai assumir a cadeira de deputado
federal com a nomeação de Juninho do Pneu como secretário de transporte do
estado, cuja a familiaridade parece estar apenas no sobrenome eleitoral; o ex-deputado
Hugo Leal; o também ex-deputado Júlio Lopes; e Max Lemos derrotado eleitoralmente
no último pleito em Queimados quando apostou as fichas na candidatura do irmão,
Lenine, e nomeado como secretário de infraestrutura e obras, abrindo espaço para aliados.
A impressão que passa para o eleitor é a de que voto daqueles
que quis expurgar alguns políticos da vida pública nada valeu. O cenário, com
esses e outros nomes, lembra aquele pré-Lava Jato.
É como esperar resultado diferente praticando a mesma
fórmula. Impossível. Loteamento de cargos, acomodação política. Daqui a pouco
vem a extorsão, é só esperar. Alguém deve bancar a campanha, por que não os
motoristas, com seus carros levados aos depósitos de propriedade dos...
políticos.
Na realidade, o estado pede socorro há tempos. Enquanto
cai a fama de bons administradores, quando na verdade, a maioria só se apoia em
nomeações. Enquanto o pagador de imposto é expropriado sem saúde, educação, cultura
e lazer. Quem terá coragem de acabar com
esse Dia da Marmota e pensar nos interesses da população?
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