É impossível não entender como um dos grandes fatores políticos desta semana a revelação feita pelo governador do Rio Grande Sul, Eduardo Leite, assumindo ser gay. Com isso, joga sabor a disputa na disputa para presidência até então bicolor entre Lula e Bolsonaro.
Evidentemente, assumir-se gay como orientação exige, no mínimo muita coragem, mais ainda quando se está inserido dentro da política e exerce um cargo importante como o de governador de estado importante.
Parece ter método essa decisão. Difícil não supor que a revelação
num programa de grande audiência como o do Bial não fora pensada. Um trampolim
para alguém que deseja mais do que continuar governador. Seria um dos
candidatos da Terceira Via botando o bloco na rua.
Com sua fala serena, mostrando para o público mais
conservador que a pessoa pode ser gay sem que necessariamente precise usar
roupa caleidoscópica e cabelos coloridos.
Quem não gostou muito foi a turma que jura defender os
direitos dos homossexuais. Jean Wyllys criticou o ato, mas lá em 2005, no BBB 5 usou essa mesma suposta artimanha de se vitimar por ter sido perseguido devido sua orientação sexual, para sensibilizar o público e levar o prêmio de vencedor daquela edição. Com isso, Eduardo desarma futuros ataques e retira a
exclusividade da esquerda como sendo os únicos a “lutarem” pela causa. Evidentemente
nada na política se deve ao acaso.
No Brasil, desde a redemocratização, o que não falta são
experimentações. Já tivemos presidentes Egocêntrico, vaidoso, cínico, inepta,
corrupto, e ainda um miliciano. O país continua
aberto às experimentações.
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