sexta-feira, 29 de maio de 2020

Moro: Bolsonaro deixou de vetar itens na lei anticrime para proteger Flávio

    

    O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro voltou a acusar o presidente Jair Bolsonaro pela falta de empenho no combate à corrupção e afirmou que o chefe do executivo deixou de vetar itens do Projeto de Lei intitulado de anticrime para defender o senador e seu filho Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

A revelação foi feita nesta sexta-feira à revista eletrônica “Crusoé”. Moro foi enfático ao afirmar que o presidente sancionou a lei no fim de 2019 sem vetar alguns dispositivos que versavam sobre a limitação de prisões preventivas e de acordo sobre colaboração premiada. Apesar de ter sugerido o veto, Bolsonaro  não atendeu o apelo de Moro.

"Chamou-me a atenção um fato quando o projeto anticrime foi aprovado pelo Congresso. Infelizmente, houve algumas alterações no texto que acho que não favorecem a atuação da Justiça criminal. Propusemos vetos, e me chamou a atenção o presidente não ter acolhido essas propostas de veto, especialmente se levarmos em conta o discurso dele tão incisivo contra a corrupção e a impunidade. Limitar acordos e prisão preventiva bate de frente com esse discurso. Isso aconteceu em dezembro de 2019, mesmo mês em que foram feitas buscas relacionadas ao filho do presidente", comentou o ex-ministro.

 

Moro quer vídeo liberado e diz que ele era alvo das cobranças de ...

Pandemia e Indiferença Bolsonarista + desemprego = economia no buraco


O distanciamento social causado pela pandemia derrubou o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de toda riqueza produzida pelo país, apresentou contração de 1,5% na comparação do primeiro trimestre de 2020. A Indústria (-1,4%) foi o setor mais afetado. Seguido da área de Serviços (-1,6%). Na contramão, a Agropecuária apresentou (0,6%) de crescimento.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o setor de serviço contribuiu de forma decisiva para a queda com (-4,6%). Transporte, armazenagem e correios teve queda maior dentro do espectro de serviço.

De acordo com especialistas a pandemia e a condução da crise sanitária pelo governo federal estariam entre os principais fatores para essa queda que reflete e vai continuar refletindo no mercado de trabalho.

 


quinta-feira, 28 de maio de 2020

Brasil em marcha acelerada para se tornar um paria do mundo

O Brasil mais uma vez ficará de fora de um evento de cooperação mundial. Desta vez, foi de uma lista de 50 países e entidades internacionais que se reuniram nesta quinta-feira para traçar estratégia pensando numa recuperação sustentável do mundo pós-pandemia. Antes já tinha sido desconvidado por grupo de cientista de vários países que buscam uma vacina para a Covid-19.

O evento, sob o comando da ONU, foi liderado pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e da Jamaica, Andrew Holness. Banco Mundial, FMI e outras instituições também participaram.

Seis grupos de trabalho para lidar com diferentes assuntos iniciarão agora uma negociação e avaliação de medidas concretas. Em julho, propostas serão apresentadas sobre financiamento de países em desenvolvimento, suspensão da dívida, clima e a reconstrução do mundo sob novas bases.

"Lançamos uma parceria para pensar em soluções reais", declarou o primeiro-ministro da Jamaica. Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, confirmou que a reunião foi "o maior evento" entre chefes-de-estado e de governo desde o começo da pandemia.

Pedindo "humildade", o chefe da diplomacia das Nações Unidas mandou um recado a líderes que não estejam levando a crise à sério: "recusar a gravidade é arrogância.  Mundo 7, Brasil 1.

 


Cadê o pudor? Cadê o decoro?

A cena política em Brasília está quente, mas aqui na cidade de Queimados o ambiente está em ebulição. E um velho ditado nunca fez tanto sentido: “Casa que falta pão todos brigam, mas ninguém tem razão.” Nesta manhã, um vídeo postado numa rede social vem chamando muita atenção, não apenas pelo conteúdo, mas também pelo constrangimento.

No vídeo, o vice-prefeito de Queimados, Machado Laz, e o secretário de saúde, Osíris Melo, batem boca nos corredores da Secretaria Municipal de Saúde. Machado cobrava do secretário atendimento a uma pessoa no Centro de Triagem à Covid-19.

Para o bem da verdade, Machado Laz embora vice, é um dos dissidentes desta administração. Cuja esposa fora sucedida por Osíris na Secretaria de Saúde, após administração considerada sofrível pelos queimadenses.

Seria ótimo se todos os administradores fizessem cobranças de seus subalternos. Que as verbas fossem mais bem geridas. Mas o que se viu no vídeo foi uma ação oportunista de alguém que parece não ter se conformado desde a perda do órgão.  Tudo filmado à espera de uma reação mais extemporânea do secretário, que coagido restou apenas a ele entrar no carro e partir.

O que mais espanta é que como vice-prefeito, Machado Laz deveria conhecer melhor os caminhos democráticos e jurídicos para fazer cobrança, em vez de protagonizar cena patética, que depõe mais contra ele do que contra o secretário. O Ministério Público seria o caminho natural, caso tivesse mesmo preocupado com os supostos 22 milhões repassados à saúde.

Não é bonito o futuro que se avizinha. Não dá para ter candidatos que ignoram os meandros democráticos. Já chega os arroubos autoritários lustrados de Brasília, que nos antecipa  caso uma dessas várias correntes cheguem ao poder. Passou da hora de botar um adulto na sala antes que acabem quebrando ainda mais esse brinquedo chamado Queimados. 

Assista o vídeo abaixo:


Tribunal virtual, cassação real: Cozzolino fora do jogo


O Colegiado do Tribunal Eleitoral Regional do Rio de Janeiro (TRE-RJ) cassou o mandato do deputado estadual Renato Cozzolino (PRP) por abuso de poder político e conduta vedada a agente público. Ele ficará inelegível por oito anos, a contar das Eleições 2018, e foi condenado também a pagar multa no valor de R$ 106.410,00.

Por unanimidade, na sessão plenária virtual desta quarta-feira (27), a Corte Eleitoral entendeu que o político teria feito uso de ações sociais do governo estadual, da Fundação Leão XIII e do Detran-RJ para promover a candidatura a deputado estadual em 2018.  

"Os vídeos, imagens e demais postagens nas redes sociais do réu sobre as ações sociais possuíam um forte apelo eleitoral e eram ostensivamente divulgados a um número incontável de pessoas" redigiu o relator do processo, desembargador Cláudio dell`Orto. Ainda de acordo com o relator do processo "não se pode tolerar que pré-candidatos vinculem sua figura pessoal a programas públicos, sob pena de locupletar iniciativas que sequer poderiam mencionar o chefe do Executivo”, concluiu o magistrado.

O Colegiado do TRE-RJ determinou ainda o envio de cópia do processo à Procuradoria de Justiça para apurar as condutas irregulares, que caracterizam também possíveis atos de improbidade administrativa, a serem julgados na Justiça comum.

O deputado tem como base o município de Magé, na Baixada Fluminense.


quarta-feira, 27 de maio de 2020

Rejeição a Bolsonaro cresce nove pontos e chega a 58%


A divulgação da mais nova pesquisa pelo Atlas Político trouxe mais uma dor de cabeça para o presidente Jair Bolsonaro. A rejeição ao seu governo cresce nove pontos e atinge neste momento 58%. Avaliação positiva oscila para 23%. Na pesquisa anterior, esse número era de 49% de brasileiros insatisfeitos.


 

 Já a pesquisa sobre o ranking de personalidades mais bem avaliada na política, também realizada pelo Atlas, Luiz Henrique Mandetta permanece no topo de avaliação positiva, mesmo depois de uma queda de 10 pontos em relação a pesquisa anterior. Mandetta é o único líder cuja avaliação positiva supera a avaliação negativa.












Crise faz número de emprego na construção despencar



Um dos principais setores empregadores e referência para o desenvolvimento do país, a construção civil caiu 1,7% se comparado ao mesmo período do ano passado com perda de 31,5 mil postos de trabalho segundo A Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE.

Apesar da retração, foi a menor queda da mão de obra no setor desde 2014. O valor dos salários, retiradas e outras remunerações, em termos reais também apresentou diminuição, de 3,2% em relação a 2017.

Ao todo, 1,9 milhão de pessoas estavam empregadas na construção em dezembro de 2018. O setor contava com 124.522 empresas ativas, queda de 1,4% em relação a 2017. Já em valores nominais, a atividade totalizou R$ 278 bilhões, contando incorporações, obras e/ou serviços de construção. Desses, R$ 264 bilhões foram somente em obras e/ou serviços.

                                                                            

 

terça-feira, 26 de maio de 2020

Brasil tem deflação recorde

A redução nos preços dos combustíveis contribuiu diretamente na prévia do índice de Preço ao Consumidor Amplo 15 de maio (IPCA-15 dados recolhidos nos últimos 15 dias) que consolidou a maior queda desde o Plano Real em julho de 1994, com -0,59% no Brasil. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A gasolina, com queda de 8,51%, foi o item que apresentou o maior impacto individual negativo, contribuindo com -0,41 ponto percentual. A retração de 8,54% dos combustíveis também foi influenciada pela queda nos preços do etanol (-10,40%), do óleo diesel (-5,50%) e o gás veicular (-1,21%).

As passagens aéreas, que assim como os combustíveis fazem parte do grupo Transportes (que tem o maior peso no consumo das famílias), tiveram queda de 27,08%, após subirem 14,83% em abril. Este grupo apresentou a maior deflação do mês.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 0,35% e, em 12 meses, a variação acumulada foi de 1,96%, abaixo dos 2,92% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2019, a taxa foi de 0,35%.


Para Witzel não faltam mais provas sobre interferência na PF

 O governador Wilson Witzel se pronunciou por nota à imprensa. De acordo com ele, essa operação seria prova irrefutável da interferência política na Polícia Federal, já que “deputados bolsonaristas” tiveram acesso às informações. Segue a nota:

“Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal. Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará. A interferência anunciada pelo presidente da República está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro.”

  

 

 


O ovo da serpente

 Claudio Costa Rosa

Os indícios de desvio de verbas no combate à pandemia no Rio e suspeitas que recaem sobre um contrato de 770 milhões de reais assinado pelo governo do estado com o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), para construir e gerir os hospitais de campanha destinados aos pacientes da Covid-19 é o principal alvo da ação da Polícia Federal nas casas e escritórios de pessoas ligadas ao governo. Com destaque para o governador Wilson Witzel, O ex-secretário de saúde, Edgar Santos, e o subsecretário, Gabriel Neves nesta manhã.

A operação acontece um dia depois de a deputada aliada do presidente da República, Carla Zambelli, dizer numa entrevista à Rádio Gaúcha que a PF tinha operação pronta e que governadores já estavam sendo investigados.

Causa estranheza, segundo especialistas, que a primeira ação importante da PF seja justamente contra um adversário político e do berço eleitoral do presidente.

Em 1977 estreava o filme "O ovo da serpente", que tratava do início do nazismo, ambientado na Alemanha da República de Weimar (1925-1933) pouco antes da ascensão de Hitler. Estamos na aurora de um estado policial como Reich? Ou a venezuela? Quem sabe Mussolini?

Outro fator que reforça o possível viés político é que Witzel teria encabeçado o grupo formado pelos governadores no pedido de impeachment de Bolsonaro. Refutado por não ter havido consenso.

Cabe, então, a cada uma das partes responderem pelas acusações. O que não pode é gestar um estado policialesco. O ovo da serpente deve ser esmagado.

 


 


segunda-feira, 25 de maio de 2020

O patrimonialismo como raiz de todo mal




Claudio Costa Rosa

 Há muito, o assunto patrimonialismo como origem do subdesenvolvimento do Brasil vem sendo posto em debate. E isso perpassa por séculos. Apenas mudam-se os métodos. O que era voltado para propriedade de terras de reis, imperadores e Igreja deu lugar à escravidão e agora se transformou em funcionários públicos que se servem do Estado, em todos os níveis, para continuar a perpetuação.

Há duas semanas, um artigo intitulado “O patrimonialismo desnudo” clique aqui expôs a forma entendida pelo jurista Raimundo Faoro. Já neste, como Max Weber enxergava o patrimonialismo: “forma de dominação tradicional em que o soberano organiza o poder de forma semelhante ao seu poder doméstico.”

Usa-se o Estado como um puxadinho de casa, clara confusão entre o público e o privado. O patrimonialismo está tão internalizado no meio da sociedade que é difícil perceber. O presidente usa

helicóptero da Força Aérea Brasileira para sobrevoar uma manifestação, generais que dobram os salários com a “boquinha” no governo; ou o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, ao reabrir (justiça suspendeu) o comércio da cidade como se fosse o parquinho do quintal dele, sendo que quando se contaminou foi internado num dos hospitais mais caros do Rio, mas não em Caxias: tem plano de saúde pago com dinheiro da prefeitura: o pobre que se lasque.

No Diário Oficial de Queimados, logo na capa, a aberração final que confirma o estado patrimonialista que toma conta do país: quando uma Secretaria de Cultura é passada de pai para filho como se fosse um bem herdado de família. O antigo secretário, Marcelo Lessa, é substituído pelo próprio filho, Patrick dos Santos Lessa, numa clara demonstração de interesses talvez para que algo não saia do âmbito familiar, enquanto se disputa uma eleição.

Aos poucos, nossos os homens públicos do Brasil vão ladrilhando o próprio caminho para insignificância, oportunismo e o ocaso.

 


domingo, 24 de maio de 2020

Brasil: rumo ao primeiro lugar da vergonha

No dia em que o Brasil assume a posição de segundo país com maior incidência da Covid-19 com mais de 347 mil casos e 22. 013 mortes, Wanderson Oliveira, secretário de vigilância sanitária do Ministério da Saúde, que ocupava a função desde a gestão de Luiz Henrique Mandetta, pediu exoneração do cargo. Assim como o ex-ministro, Oliveira defende o isolamento social como estratégia contra o contágio por Covid-19.

Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar. Neste domingo, o presidente Donald Trump proibiu a entrada de brasileiros em solo americano. Concretização de promessa feita pelo presidente americano durante toda a semana.

Enquanto isso, nosso presidente que prefere prestar vassalagem ao governo americano em detrimento dos interesses nacionais, continua a cometer crimes contra a saúde popular.


Nossos generais são tão toscos como o capitão

 

    Se algo de positivo surge dessa crise grave à qual o Brasil atravessa, com o governo federal no papel de principal gerador de crise da República, foi a queda de alguns dogmas que povoam a cabeça de boa parte do povo brasileiro.

    O primeiro é perceber que o Jair Bolsonaro nunca acreditou na democracia, apesar de ter usado processo para chegar ao poder e ali permanecer por 28 anos, em algum tipo de mandato entre vereador e deputado.

    O segundo é o que nossas Forças Armadas teria se libertado da pecha de golpistas e se tornariam como garantidores constitucionais no  campo democrático. E que nossos generalato seriam compostos por profissionais altamente qualificados.

    O que se mostra é um grupo formado por generais que não têm ideia de como funciona o processo democrático. E isso ficou transparente com a divulgação de uma nota pelo general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que considerava uma intromissão de um poder no outro, caso o ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, autorizasse a apreensão do celular do presidente e do filho dele, em consonância com pedido de um grupo composto por partidos da oposição.

    Na democracia, o que prevalece como nos mostra Montesquieu é o “Espírito das Leis.” Não será com ameaça. Sequer se deram o trabalho de consultar a Advocacia Geral Da União (AGU) para que tivesse a informação de que nesses casos ministros do STF é um mero despachante, a Procuradoria Geral da República é que daria o veredicto sobre o pedido.

     As Forças Armadas, principalmente o Exército, levaram 40 anos na tentativa de recuperar sua imagem pós-ditadura. Diferente do que muita gente imaginava o que se vê são generais idiotizados, deslumbrados com o poder a reboque de um tenente quase expulso por atos sindicais e que por muito tempo fora proibido de entrar nos quartéis.

    O que esses generais fará, com seus comportamentos omissos, de ignorância e de desrespeito à democracia e à Constituição será levar  o Brasil e as Armadas para um limbo onde não haverá mais contagem de tempo.

 

 


sábado, 23 de maio de 2020

Brasil: terra de ninguém


Não sei qual nome se dá ao fenômeno comportamental que a partir de certo momento ignoramos aspectos externos que antes nos moldavam. Vale para as câmeras das ruas ou as de reality show. Por esquecerem que estão sendo filmados falam barbaridades. Em 1932, Aldous Huxley no distópico “Admirável Mundo Novo”, Já falava em seres humanos pré-condicionados.  Por esquecermos que estamos sendo vigiados durante todo o tempo, nosso comportamento se torna público até o que deveria, ou gostaríamos que ficasse no privado. É o efeito colateral da sociedade da informação. E, às vezes, nos assustamos quando somos pegos em atos que podem ser usados contra nós.
A reunião de Bolsonaro com seus ministros, que teve o sigilo levantado por Celso de Mello, foi gravada por ordem do presidente. Talvez como material para publicidade, porque naquele momento, o Brasil contava com pouco mais de 2 mil mortos (hoje passamos dos 20 mil), um recém-chegado ministro saúde e uma Polícia Federal e o ministro Alexandre de Morais chegando perto dos filhos do presidente.

Claramente Jair Bolsonaro sofre de problema cognitivo grave. E parece a cada dia mais destrambelhado, quanto mais cresce as acusações contra ele e seus filhos.
Foi uma reunião de cobrança de defesa dele e de seu governo. Fora a vassalagem, palavrões e constrangimentos o que se viu foi um presidente acuado que oferece elementos de provas contra si.
A impressão que passa, por ser tão desconecto nos assuntos, é que quando lembrava que a reunião estava sendo filmada incorporava o Bolsonaro paz e amor. Quando esquecia soltava seus xingamentos como se fosse vírgula e confirmava a intenção de interferir na PF, armar as pessoas para que pudesse sair de casa e enfrentar prefeitos e governadores ou ter o próprio sistema de inteligência com um cabo, um sargento e um militar reformado da fronteira num claro crime contra a segurança nacional.
Jair Bolsonaro se mostra como o principal inimigo de si mesmo, como um Quixote a combater moinhos e a deixar rastro de crime como pó de vaga-lumes numa noite escura.










sexta-feira, 22 de maio de 2020

Golpe golpe golpe

                                              Isto é um chamamento ao golpe, general?

Estudo com 96 mil pacientes detecta risco no uso de cloroquina.


Uma nova pesquisa publicada pela revista 'The Lancet' aponta que a hidroxicloroquina e a cloroquina não apresentam benefícios contra o coronavírus. Segundo o estudo, há chance de desenvolvimento de arritmia cardíaca.
Com este artigo, completa-se o “Grand Slam” de estudos nas quatro mais importantes revistas médicas do mundo desencorajando o uso da cloroquina contra Covid-19.
Usando um registro de pacientes já implantando, eles conseguiram coletar dados de pacientes hospitalizados com diagnóstico de PCR+ Sars-CoV2. Eles excluíram doentes que tomaram esses medicamentos antes das 48h ou já em ventilação mecânica.

Cloroquina derruba mesmo sem ser usada



O Responsável pelo setor de incorporação de novos medicamentos ao Sistema Único de Saúde, Antônio Carlos Campos de Carvalho, pediu exoneração da Secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos.

De acordo com as primeiras informações, Carvalho não concordava com a forma com que estava sendo introduzido o novo protocolo a respeito do uso da Cloroquina no SUS sem comprovação científica e sem a aprovação dos conselhos de medicina do país.







A saúde do prefeito vai bem, obrigado (parte II)


O estado do Rio acordou nesta sexta-feira com mais de 30 mil casos de Covid-19 e 3.237 mortes. São números impressionantes. De guerra. Se não fosse suficiente a dor das famílias, a população de alguns municípios também conta com o descaso de prefeitos irresponsáveis que parece ter predileção pelo sadismo.
Enquanto o governo do estado estudava a possibilidade de um tranca rua para minimizar a circulação de pessoas, a prefeitura de Duque de Caxias, segunda maior cidade em mortes com 167, atrás apenas da capital, quer mudar o protocolo permitindo a abertura do comércio seguindo normas de higiene e de respeito ao distanciamento social.
A justificativa para a mudança, segundo a prefeitura, ocorre devido o aumento de leitos e a queda no atendimento de casos da Covid. A norma será publicada nesses dias já que deve ser efetivada até a próxima segunda-feira. As empresas de ônibus municipais deverão manter 50% da frota na rua para atender os cidadãos.
Prefeito Washington Reis:  abrir comércio de Caxias
A questão é que, com a baixa testagem, é impossível, segundo especialista e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), saber realmente, como afirma a prefeitura de Duque de Caxias, se a curva estaria descendente de forma definitiva. Os números de mortos na cidade deveriam servir de alerta aos gestores.
Em abril o próprio prefeito, Washington Reis (MDB), foi contaminado pelo coronavírus. Mas diferente da população, não se internou em qualquer hospital público ou particular da cidade, preferindo uma recuperação num hospital de ponta na Zona Sul do Rio em detrimento da saúde de seu município.
Ao sair para se tratar na Zona Sul perdeu uma ótima oportunidade para reafirmar para população caxiense que o município conta com melhor atendimento em saúde pública no estado. E que os mortos foram apenas efeito colateral nos que não têm plano de saúde.



quinta-feira, 21 de maio de 2020

Reportagem especial: Trabalho precário, a dura vida de um burro sem rabo


Estes são os links para os capítulos da reportagem especial ou áudio documentário intitulado Trabalho precário: a dura vida de um burro sem rabo.
Espero que gostem. Entre apuração e gravação, essa reportagem durou quatro meses de trabalho intenso.
 Repórteres Priscila Xavier e Claudio Costa Rosa para a rádio estadual Roquette Pinto.


Clique aqui



https://www.youtube.com/watch?v=W_ARvb84OpM     (Capítulo 1)


https://www.youtube.com/watch?v=ZkaJd4i_Lpw           (Capítulo 2)




https://www.youtube.com/watch?v=A1uDw5PSmq8        (Capítulo 4)                         

Um cadáver ainda insepulto

O presidente Jair Bolsonaro e seu governo lembram os reis da Idade Média cujo principal objetivo era cobrar impostos de camponeses pobres e defender-se de inimigos externos e internos. Muitos deles jamais colocavam os pés além dos limites dos castelos. Dentro deles nasciam e morriam. Alguns sofriam com doenças como a lepra ou a peste bubônica.
Há uma gangrena nessa administração cuja origem é o próprio Bolsonaro. Nem precisa fazer um paralelo com sua ida aos Estados Unidos, e que mais da metade da comitiva voltou contaminada com a Covid-19.
A podridão ficou à mostra com a demissão de Sergio Moro e tudo que disse no momento do pedido de exoneração. Um homem que exerceu por 22 anos a magistratura, ter sido juiz auxiliar no Supremo Tribunal Federal e ter colocado na cadeia o presidente mais popular do Brasil não sairia de forma que mais tarde, como é praxe,  o presidente pudesse humilhá-lo ainda mais, e pior já sem o cargo.

Demorou, mas criou consciência de que pertencia a um governo pestilento e de onde se originaria a doença foi espalhando caroços pelo chão como na historinha de João e o Pé de Feijão. Foi quando, parecendo meio sem querer falou sobre a existência de certo vídeo e de uma reunião de ministro.
Moro é um enxadrista, que até o momento se porta como o “dono do inquérito”, mas que já prepara o tiro de misericórdia nesse putrefato governo. Ao requisitar a divulgação do vídeo em que ele alega ter sido o motivo de sua demissão, estaria ali a prova de que o presidente teria cometido crime ao dizer que trocaria o superintende da Polícia Federal, o Diretor-Geral e até mesmo o ministro da Justiça, ele tenta enquadrar todos que estavam naquela reunião e se esquivaram de tomar uma posição mais altiva, mesmo quando Moro se retirou da reunião.
Ao fim e ao cabo, Moro afirma que todos os demais ministros cometeram crime de prevaricação ao se calarem diante de um crime evidente cometido pelo presidente. Nesse caso, todos os ministros prevaricaram, dentre os ministros, apenas um agiu corretamente. O cadáver não poderia continuar insepulto, Moro jogou a pá de cal. Adeus peste.











De macaquitos a pestilentos, aguentem os hermanos




Claudio Costa Rosa

A primeira vez em que fui a um estádio assistir a um jogo de perto foi em 1981, levado por um irmão que me punha na cacunda para que eu pudesse me elevar à barreira das placas de publicidade e assistir alguma coisa em campo da antiga geral. Era uma partida pela Copa Libertadores. Salvo engano, Flamengo e Cerro do Paraguai num jogo em que Zico e Baroninho comeram a bola. Flamengo 5x2. Naquele ano o time seria campeão das Américas.
Maracanã lotado. À esquerda das cabines de rádio e TV, um pequeno grupo de torcedores portenhos em desvantagem no placar e em número, mas protegidos pela polícia, provocava a massa, ensandecida com o belo futebol apresentado naquela noite. Imitavam macacos.

É assim que a população de boa parte dos países da América Latina nos trata. Menos pela nossa aparência, mais pelo comportamento de nossas autoridades. Se já não bastasse ser chamados de “macaquitos”, agora teremos de suportar mais uma provocação: os pestilentos.
O Brasil tem 32% da população da América Latina, com o total de mortes de 52%. Ou seja, morre mais gente por aqui do que a soma de todos os outros países da região.
O presidente americano, Donald Trump, está preste a proibir a entrada dos brasileiros “porque não quer que seu povo seja contaminado.” Errado não está. Um recado vergonhoso para um país que faz questão de, irrefletidamente prestar vassalagem, como se os Estados Unidos pudessem ser encarado como amigo de primeira hora.
Trump foi eleito com o lema de “América Primeiro” e nosso presidente tem como exercício, prestar continência à bandeira americana. Ministros, filhos, cachorros do presidente criticaram a China, produtora de 90% dos equipamentos usados para combater o coronavírus, mas quem deu um passa moleque no Brasil foram os “amigos americanos” ao segurar respiradores que salvariam muitas vidas por aqui.
Nas relações internacionais há idiossincrasias que reflete diretamente no respeito entre os países. Seremos achincalhados por muito tempo, com um pouco de sorte apenas nos estádios de futebol.
 











quarta-feira, 20 de maio de 2020

O patrimonialismo desnudo



O que tem em comum o ex-jurista e sociólogo gaúcho Raimundo Faoro com a prática costumeira na administração pública brasileira em geral, e em particular no município de Queimados? Nada, se não tivéssemos tratando de um dos homens que mais contribuíram para iluminar uma sociedade marcada pelo eterno conflito político e o estamento patrimonial de uma elite que persiste em aumentar o fosso da desigualdade, autor de um dos principais livros da enciclopédia brasileira, e que nos faz compreender muito sobre a nossa formação quanto sociedade “Os donos do poder”- recomendo fortemente - é um clássico que deveria ser leitura obrigatória nas escolas de todo o país. Esta semana completam-se 17 anos de sua morte.
Se Faoro quisesse apenas uma região para corroborar seus estudos, a Baixada Fluminense seria esse lugar. Aqui, reconhecendo evidentemente que algumas ações a respeito da transparência estão sendo colocadas em prática; infelizmente não é a regra.
Vivemos momento de transformação no país. As pessoas estão debatendo mais sobre política. A internet deu voz às pessoas que, para o bem ou para o mal, nunca se expressaram. A ética vem sendo assunto há anos, principalmente com o advento da Lava Jato, que faz muitos patrimonialistas se tremerem ainda.
O patrimonialista não é a pessoa que trabalha, e que com muito suor adquire bens. Esse é apenas trabalhador mesmo. O patrimonialista é aquele que faz uso da máquina estatal, como se privado fosse. Como largar um cargo de secretário para se candidatar a um cargo público, e colocar no seu lugar o próprio filho. Ou o genro no lugar da sogra no cargo de subsecretário.
O que dizer, caso um candidato venha bater à sua porta, e o eleitor estar consciente de tamanho engodo? Como confiar num candidato a prefeito que aprova esse beneplácito?
São questões que devem e merecem ser respondidas, afinal nada indica que as eleições serão canceladas, no máximo adiadas, e não dá para pedir votos enquanto o dinheiro do pagador de impostos vai sendo usado para garantir patrimônio.
 


Para 76% isolamento é importante




















As medidas de isolamento social são apoiadas por 76% dos brasileiros.
Os dados são da mais recente pesquisa do Instituto XP. Além do grande apoio as medidas de isolamento, para 57% dos entrevistados, a quarentena devem continuar pelo tempo que for necessário.  




Para 58% atuação governo é ruim ou péssimo na crise


A atuação de Bolsonaro na crise é vista como boa ou ótima por 21% e como ruim ou péssima por 58%, enquanto 19% veem como regular. No levantamento anterior, 54% viam a atuação do presidente como ruim ou péssima, 23% como ótima ou boa e 22% como regular.

A pesquisa XP/Ipespe ouviu 1.000 eleitores de todas as regiões do país, a partir de entrevistas telefônicas realizadas por operadores entre 16 e 18 de maio. A margem máxima de erro do levantamento é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Aprovação de Bolsonaro derrete, mostra pesquisa


A mais recente pesquisa da XP/Ipespe mostra uma tendência de aumento na reprovação e redução na aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Os entrevistados que consideram o governo bom/ótimo oscilou negativamente de 27% no período até 30 de abril para 25% agora, enquanto os que avaliam a gestão como ruim/péssima foram de 49% para 50%. No levantamento anterior, de 24 de abril, os números eram 31% e 42%, respectivamente.

Também se observa deterioração na expectativa para o restante do governo, que agora é 48% negativa e 27% positiva, ante 46% e 30% em abril.


Presidente desce na boquinha da tubaína


A decisão de mudança no protocolo no atendimento às pessoas com a covid-19 para que seja fornecida a Cloroquina logo no início do tratamento, diferente do que vinha sendo praticado nos casos mais graves soa como um escárnio. O movimento do presidente dentro do Ministério da Saúde, para que seu desejo fosse atendido é particularmente perverso, porque coloca a vida da população em grave risco por não ter comprovação científica de que a droga seja eficiente para todos, como as vacinas por exemplo.
Bolsonaro se vale de uma artimanha muito ardilosa: já que um médico não poderia assinar a mudança no protocolo ele mantem o general Eduardo Pazzuelo- que não é médico- para fazer o trabalho sujo.
Ao se sujeitar nesse papel, o general também franqueia a entrada do Exército ao cercadinho bolsonarista que canta “Cloroquina de Jesus” toda manhã no chiqueirinho governamental. Uma vez dentro do cercado, claramente fica comprometida sua condição de garantidora da democracia.
Embora muitos entendam que não haja “clima” para um impedimento de Bolsonaro, acredita-se que por um dever moral se deva pedir sim. Mesmo que perca. O que não se pode é deixar um presidente tresloucado e deslocado da realidade destruir o que tantas pessoas lutaram para preservar.
Pedir o impedimento do presidente é optar pela decência. Entender o que vem sendo dito e praticado por ele como arroubos e franqueza é flertar com o autoritarismo.
Nos Estados Unidos, os democratas da Câmara americana mesmo sem chance, por ser minoria, e sabendo que iriam perder no Senado, aceitaram um processo de impeachment de Donald Trump.
Neste momento não mais importa se você é de direita e toma Cloroquina, ou de esquerda e toma tubaína.  O Brasil está doente, contaminado pelo coronavírus e                                                                      pela ignorância que habita o Planalto.







terça-feira, 19 de maio de 2020

Sinal trocado, mortes recorde


A principal função de uma seta é indicar qual o caminho a ser seguido. Não permite contradição. Indica uma posição ou outra. Hoje o país pela primeira vez alcançou a triste marca de mais de mil mortos em 24h, para ser exato, foram 1.179. Com mais de 271 mil infectados e Bolsonaro a fazer piadas. Mesmo com números vergonhosos, as contradições permanecem como num cabo de guerra da insensatez.
O presidente é indiferente às necessidades de prefeitos e governadores com hospitais superlotados, com pessoas morrendo às portas dos prontos-socorros. Nem uma palavra, com direito a chantagem contra estados e prefeituras para que adotem procedimento condenado no mundo.
Na verdade, quem esperar manifestação de solidariedade de Bolsonaro é ingênuo ou incauto. Ao mesmo tempo em que Câmara vota a obrigatoriedade do uso da máscara, o governo dificulta empréstimo aos micros e pequenos empresários. Cria dificuldade para eles. Esses demitem. E Bolsonaro se regozija com “eu avisei, o desemprego também mata” e continua a girar a roda da insensatez.

Sinais trocados faz Brasil bater recorde de vítimas fatais
Com olhos apenas em 2022, Bolsonaro ignora que ninguém é candidato de si próprio. Com muitas investigações fungando, como uma onça, no seu cangote, é possível que esse barco encontre um iceberg pelo caminho.

Enquanto as setas tanto a de Bolsonaro como as de governadores, prefeitos, médicos e sociedade civil não apontarem para uma mesma direção perderemos, como estamos perdendo, a guerra para o coronavírus.













Bolsonaro e suas responsabilidades


O discurso sobre o uso da substância chamada Hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 se tornou um mantra na boca do presidente Jair Bolsonaro. No entanto, a fixação pela droga passa longe da convicção e pode esbarrar num crime de responsabilidade. O grande temor de Bolsonaro.
A priorização absoluta da economia em detrimento da saúde, como se os dois campos pudessem ser separados já que morto não consome, a pessoa precisa estar viva, fez com que o presidente antecipasse de forma açodada, como é sua característica, e anunciasse a compra de quase uma tonelada de matéria prima para a fabricação da Cloroquina e repassadas para os laboratórios das Forças Armadas.

Para que o leitor tenha uma ideia, o Exército partiu de 150 mil comprimidos semanais para quase 1 milhão. Já tem em estoque 2,2 milhões de comprimidos. No dia 9 de abril, Bolsonaro fez um post agradecendo ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pela facilitação no embarque da substância.

Após movimentar todo o governo para tentar emplacar o uso generalizado da substância, que sequer teve o aval de qualquer país mais sério e livre de bravata, chegou a hora de desovar a droga. E nada melhor que num povo sem hospitais, com fome, desamparado e com medo.
O crime de responsabilidade está aí: ter comprado substância sem que tenha qualquer comprovação científica, pelo contrário, pode causar mais mal que bem.


segunda-feira, 18 de maio de 2020

Servidores de Queimados expostos à Covid-19


Claudio Costa Rosa


A crise causada pelo advento da pandemia do coronavírus no mundo, e em particular, no Brasil, obrigou as pessoas assimilarem novos hábitos como o uso de máscara e álcool gel. No setor público, não foi diferente com governantes tentando de forma criativa driblar a falta de dinheiro e de pessoal.
Mas é importante que o gestor público, no afã de resolver as questões pertinentes ao município, não atropele regras básicas de segurança, higiene e respeito com a população e os servidores municipais.
Exemplo disso é o decreto 2.513 editado pelo prefeito Carlos Vilela, de Queimados, que reconhece a situação de emergência por conta da pandemia do novo coronavírus. Evidentemente, em tempos de guerra, a máquina precisa ser azeitada de acordo com as necessidades, mas com responsabilidade.
 O documento publicado no dia 13 de maio trouxe que servidores de várias áreas foram lotados na Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública (Semusop), para auxiliar os munícipes em áreas alheias às suas funções.

O que parece um gesto humanista à primeira vista torna-se um ato inconsequente e de irresponsabilidade no grau máximo. Quando se coloca servidores para organizar filas na Caixa Econômica sem treinamento, sem equipamento de segurança e fora do horário habitual (há relatos de que funcionários trabalham de madrugada), o prefeito está sentenciando essas pessoas, porque em último caso, o responsável é ele.
Compreendendo a crise como algo inédito, o que resta é respeitar e proteger os servidores, evitando que a máxima que diz que a primeira vítima numa guerra é a verdade se torne realidade.