Durante quase toda a
década de 1970 havia um desenho animado muito famoso entre as
crianças da minha idade. Criação do estúdio Hanna-Barbera, a Corrida Maluca
fazia grande sucesso entre os que tinham TV e os que não tinham também.
Personagens carismáticos
participavam dessa disputa como a linda Penélope Charmosa e o malvado Dick
Vigarista e o seu nem sempre fiel amigo, o cão Muttley e sua gargalhada
indefectível.
Já na corrida eleitoral de 2018, o
sinal de partida e a bandeirada de chegada não importavam muito. O que foi
certo, segundo as declarações do empresário Paulo Marinho, era o grau de
informações que cada um dos candidatos, uns mais outros menos, detinha de
agentes públicos como os da Polícia Federal.
A declaração do relator da ação, o
desembargador Abel Gomes, de que a operação "Furna da Onça" fora adiada para não dar conotação
eleitoral, parece factível. No entanto, em âmbito nacional, a deleção de Palocci
era usada para detratar a já combalida eleição de Fernando Haddad.
É grave e precisa de um inquérito
para comprovar ou não o que o empresário disse, sobre um delegado que teria o
vazado informação ao senador Flávio Bolsonaro da operação em que seu assessor,
Fabrício Queiroz, seria enquadrado pela PF devido a movimentação financeira suspeita.
Na animação, o vilão Dick
Vigarista, mesmo quando estava à frente na corrida, preferia parar para
preparar armadilhas aos concorrentes, para já perto da chegada, provar armações que fizera tornarem-se contra ele. Aqui, falta ainda dar nomes aos malvadões e restituir a
verdade.
valeu
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