segunda-feira, 18 de maio de 2020

Servidores de Queimados expostos à Covid-19


Claudio Costa Rosa


A crise causada pelo advento da pandemia do coronavírus no mundo, e em particular, no Brasil, obrigou as pessoas assimilarem novos hábitos como o uso de máscara e álcool gel. No setor público, não foi diferente com governantes tentando de forma criativa driblar a falta de dinheiro e de pessoal.
Mas é importante que o gestor público, no afã de resolver as questões pertinentes ao município, não atropele regras básicas de segurança, higiene e respeito com a população e os servidores municipais.
Exemplo disso é o decreto 2.513 editado pelo prefeito Carlos Vilela, de Queimados, que reconhece a situação de emergência por conta da pandemia do novo coronavírus. Evidentemente, em tempos de guerra, a máquina precisa ser azeitada de acordo com as necessidades, mas com responsabilidade.
 O documento publicado no dia 13 de maio trouxe que servidores de várias áreas foram lotados na Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública (Semusop), para auxiliar os munícipes em áreas alheias às suas funções.

O que parece um gesto humanista à primeira vista torna-se um ato inconsequente e de irresponsabilidade no grau máximo. Quando se coloca servidores para organizar filas na Caixa Econômica sem treinamento, sem equipamento de segurança e fora do horário habitual (há relatos de que funcionários trabalham de madrugada), o prefeito está sentenciando essas pessoas, porque em último caso, o responsável é ele.
Compreendendo a crise como algo inédito, o que resta é respeitar e proteger os servidores, evitando que a máxima que diz que a primeira vítima numa guerra é a verdade se torne realidade.












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