Claudio Costa Rosa
Os indícios de desvio de
verbas no combate à pandemia no Rio e suspeitas que recaem sobre um contrato de
770 milhões de reais assinado pelo governo do estado com o Instituto de Atenção
Básica e Avançada à Saúde (Iabas), para construir e gerir os hospitais de
campanha destinados aos pacientes da Covid-19 é o principal alvo da ação da
Polícia Federal nas casas e escritórios de pessoas ligadas ao governo. Com
destaque para o governador Wilson Witzel, O ex-secretário de saúde, Edgar
Santos, e o subsecretário, Gabriel Neves nesta manhã.
A operação acontece um dia depois de a deputada aliada do presidente da República, Carla Zambelli, dizer numa entrevista à Rádio Gaúcha que a PF tinha operação pronta e que governadores já estavam sendo investigados.
Causa estranheza, segundo
especialistas, que a primeira ação importante da PF seja justamente contra um adversário
político e do berço eleitoral do presidente.
Em 1977 estreava o filme "O ovo da serpente", que tratava do início do nazismo, ambientado na Alemanha da República de Weimar (1925-1933) pouco antes da ascensão de Hitler. Estamos na aurora de um estado policial como Reich? Ou a venezuela? Quem sabe Mussolini?
Outro fator que reforça o
possível viés político é que Witzel teria encabeçado o grupo formado pelos
governadores no pedido de impeachment de Bolsonaro. Refutado por não ter havido
consenso.
Cabe, então, a cada uma
das partes responderem pelas acusações. O que não pode é gestar um estado
policialesco. O ovo da serpente deve ser esmagado.
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