Espelho, espelho meu
É impossível não pensar no
efeito espelho quando tratamos da atual política em Queimados. Principalmente nos
discursos dos muitos candidatos. No
espelho vemos tudo ao contrário. O destro torna-se canhoto, o canhoto destro.
Formações diferentes, escolaridade também. É perceptível o incômodo dos pretendentes à
cadeira de prefeito com determinados temas. O pior, se é que pode piorar, é a desfaçatez
que aflora a todo momento.
Nesta campanha somos
bombardeados por jingle alegres, vibrantes, daqueles chiclete, difícil de desgrudar ; reverberado
em máximo e estonteante volume que nos inebria de temas relevantes negligenciados, propositalmente,
como se o cidadão não fosse avaliá-los.
Só o efeito espelho faz
com que um ex-secretário de educação, que deixou durante seis meses alunos e
suas famílias sem alimentos devido à crise da pandemia, e o que é pior, ter recorrido
a mais alta Corte para ser desobrigado a
fazer o repasse das cestas básicas para famílias famintas. Uma boa pergunta é
saber aonde teria ido o dinheiro destinado para essas ações, já que a verba veio
do governo federal. “Agora é a vez do
professor” é o lema de alguém que, sequer, teve a capacidade de gerir algo
simples como repasse de cestas.
À primeira vista, pela
quantidade de candidatos que têm como profissão serem operadores de segurança
pública, afinal temos dois majores, um praça e um delegado candidatos a prefeito. A questão da cobrança
de taxas de comerciantes por grupos de paramilitares que tomaram conta da
cidade deve entrar no radar imediatamente. Governos não produzem riquezas,
comércio gera riqueza e os governos usufruem dela através de impostos.
Fica o alerta, espelhos
são frágeis. Queimados precisará de governantes de caráter, para que o mundo do
espelho fique no campo da metáfora apenas.
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