O depoimento do ex-governador do Rio Wilson Witzel trouxe tempero para a morna CPI da Covid. Não pela veracidade das informações, um mentiroso contumaz, passadas aos senadores do alto de sua empáfia, contida no mesmo dia, depois que a Justiça Federal o tornou réu. A informação, disfarçada de despretensiosa, dita por Witzel, de que crimes contra a humanidade são imprescritíveis e que o Tribunal Internacional está à espera, foi a espada de Dâmocles sobre Bolsonaro e seus bajuladores a cada dia menos influentes com queda de contas usadas para impulsionar o séquito bolsonarista, os chamados bots.
Bolsonaro
está com medo. Tem medo de perder a eleição, tem medo, caso perca eleição, seja
preso. É provável que a CPI, que não tem poder de prender um presidente,
demonstre tanto erros ou pior atentados que o Procurador Geral da República,
Augusto Aras, mesmo cooptado seja instado a tomar decisão correndo o risco de
danificar ainda mais a imagem da PGR.
Fica evidente nos atos como as “motociatas”, que tenta atrair público. Que precisa mentir inflando os dígitos e sendo corrigido, humilhado. Quando diz, para criar cortina de fumaça, que os números de mortes por pela Covid estão supernotificados fica evidente o desespero, medo, aflição.
O desespero
tende aumentar ainda mais com a nova temporada do caso Queiroz e o depósito dos
89 mil reais na conta da primeira-dama Michele, pautado já pelo Supremo. Além
disso, é inequívoco que, mesmo como convidado, o deputado Osmar Terra deve
comprometer ainda mais o presidente. A vaidade do deputado pode ser aliada dos
senadores que compõe a CPI.
É possível
que a provável prisão de Bolsonaro tome tons de cinza ao invés dos definitivos
preto e branco. Ela pode ser rápida ou
lenta. Em alguns casos pode nem mesmo vir a acontecer.
Imagina o
ex-presidente Lula sendo eleito novamente? O perfil de Lula não é daqueles que
cultuam a cadeia, talvez pelo seu passado recente. Dificilmente Lula colocaria
pressão para que Bolsonaro fosse preso. Prefere amigos e os inimigos no bolso que
na cadeia.
A coisa
ficaria pior para o atual presidente caso Ciro, Mandetta ou Dória assumisse a
cadeira presidencial. Não haveria rogo. A historiografia mostra isso.
Provas há
em suficiência para um impeachment. Provas haverá também em abundância para
manter uma pessoa que fez tanto mal ao país atrás das grades. Não haverá “meu Exército” apenas choro e
ranger de dentes.
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