Entre exonerações, covardia e oportunidade
Quase ao mesmo tempo em que chorava as pitangas durante a
cerimônia de passagem do cargo, o ex-prefeito Carlos Vilela deixava uma
dinamite nas mãos daquele que agora o sucede: salários atrasados de ao menos
750 servidores como mostrou o site PortalB clique
aqui.
Como diz o
ditado que miséria pouca é bobagem, nesse mesmo dia um Diário Oficial de
Queimados (DOC) extraodinário leia
aqui a relação trazia centenas de exonerações. São trabalhadores de
diversas áreas, difícil para qualquer pessoa ficar sem emprego numa época
dessas.
O
senso de oportunismo sempre foi a marca de muitos adminis-
tradores. Anualmente,
para obedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal, por exemplo, aconteciam essas
demissões em massa para, logo em seguida, serem recontratados para um novo
período. Carlos Vilela poderia ter poupado o prefeito Glauco desse desgaste.
Gestor de verdade não tem medo de fazer a coisa certa.
É patente que
o número de cargos comissionados é muito grande, principalmente se levarmos em
consideração o que a cidade arrecada, e ao que é efetivamente investido. Muitos
desses cargos sempre serviram como moeda de troca, apoio ao executivo.
Evidentemente que na grande maioria são pessoas que efetivamente trabalham. Mas
também há muitos cargos fantasmas.
Oxalá o
prefeito possa tomar uma decisão que fará bem não apenas à máquina pública, mas
principalmente, a população: chegamos ao ponto em que exonerar e acabar com os
fantasmas já não atende. O prefeito deve aproveitar o momento para extinguir
maciçamente a maioria dos cargos para que nunca mais ninguém os assuma.
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