sábado, 2 de janeiro de 2021

Campo minado: procura-se um desarmador de granada

 Entre exonerações, covardia e oportunidade

Quase ao mesmo tempo em que chorava as pitangas durante a cerimônia de passagem do cargo, o ex-prefeito Carlos Vilela deixava uma dinamite nas mãos daquele que agora o sucede: salários atrasados de ao menos 750 servidores como mostrou o site PortalB clique aqui.

Como diz o ditado que miséria pouca é bobagem, nesse mesmo dia um Diário Oficial de Queimados (DOC) extraodinário leia aqui a relação trazia centenas de exonerações. São trabalhadores de diversas áreas, difícil para qualquer pessoa ficar sem emprego numa época dessas.

O senso de oportunismo sempre foi a marca de muitos adminis-
tradores. Anualmente, para obedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal, por exemplo, aconteciam essas demissões em massa para, logo em seguida, serem recontratados para um novo período. Carlos Vilela poderia ter poupado o prefeito Glauco desse desgaste. Gestor de verdade não tem medo de fazer a coisa certa.

É patente que o número de cargos comissionados é muito grande, principalmente se levarmos em consideração o que a cidade arrecada, e ao que é efetivamente investido. Muitos desses cargos sempre serviram como moeda de troca, apoio ao executivo. Evidentemente que na grande maioria são pessoas que efetivamente trabalham. Mas também há muitos cargos fantasmas.

Oxalá o prefeito possa tomar uma decisão que fará bem não apenas à máquina pública, mas principalmente, a população: chegamos ao ponto em que exonerar e acabar com os fantasmas já não atende. O prefeito deve aproveitar o momento para extinguir maciçamente a maioria dos cargos para que nunca mais ninguém os assuma.



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