terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Vai passar!

 É surreal, apenas para fazer uso de um vocábulo muito atual. O Brasil está imerso numa enorme poça de leite condensado e alfafa. Uma pandemia agravada pelo presidente, que só se deu conta da gravidade porque se viu superado em popularidade pelo governador João Doria.

Tanto faz se a compra por 1 milhão e meio em  leite condensado é lícita, para onde vai e o que vão fazer sorvete ou chocolate para o Zero Um vender na sua fantástica fábrica de chocolate da Barra. A pergunta é: tem sentido aumentar esses gastos em 20% quando falta verba para rastrear mutação do coronavírus em tempo real?

Bolsonaro é propagador do caos. Fora do caos não há esperança, nem governo.  Há um paradoxo que essa administração vai conviver até o final, caso chegue ao final. Um dos grupos mais resilientes de apoio a Bolsonaro está fazendo água. Mais de 300 pastores e padres redigiram e impetraram na Câmara mais um pedido de impeachment, dormita mais de 60 na gaveta de Rodrigo Maia.

O despertar do negacionista se deu não porque há brasileiros morrendo aos borbotões, mas porque “o calcinha apertada” é apontado por 46% da população como o responsável pela vacina no Brasil. Bem à frente dos 28% que acreditam ser o presidente como principal responsável.

Exposto, humilha-se para a China que sempre desdenhou. Acanalha-se para a índia. Tudo por conta da falta de apoio do Brasil à quebra de patentes das futuras descobertas pelos laboratórios para ajudar os países mais pobres. O Brasil preferiu ficar ao lado dos Estados Unidos e outros países desenvolvidos.

Triste para uma chancelaria que até antes de Bolsonaro subir ao poder era vista como de excelência. Agora, com a saída de Trump, os Bolsonaro perderam suas maiores diversões: distribuir o pão que o asmodeu amassou, mas sem leite condensado para os brasileiros. Falta pouco, vai passar.

 

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