quinta-feira, 29 de abril de 2021

Governo Bolsonaro: “só Jesus na causa”

 Considerada uma das principais estratégias para alavancar a popularidade do presidente Bolsonaro em meio a tantas denúncias durante esta pandemia, a volta do Auxílio Emergencial parece não ter surtido efeito varinha de condão para o presidente. Vai continuar comendo o pão que Asmodeu amassou.

Pesquisa do site PoderData realizada entre o dias 26-28 deste mês mostrou dados preocupantes para o governo: 58% dos beneficiários do Auxílio Emergencial desaprovam o governo Bolsonaro, contra 30 que aprovam, e 12% não souberam responder a pergunta.

A nova rodada do auxílio emergencial começou a ser paga em 6 de abril, para diminuir os efeitos da pandemia da covid-19 entre os mais pobres. Em 2020, foram 9 parcelas, de R$ 600 e de R$ 300. Em 2021, o governo decidiu estender o benefício em mais 4 partes, com menor valor, –de R$ 150 a R$ 375– a 45,6 milhões de pessoas.

Pesquisa anterior considerou que, para 82% da população, o valor era “muito baixo” (em média R$ 250), no entanto maior do que proposto em 2020 pelo ministro Paulo Guedes e o próprio Bolsonaro.

Beneficiário do Auxílio Emergencial, o ambulante Carlos Alberto Torres, 26 anos, também acha que o benefício poderia ser maior.

“Essas pessoas parecem que não vão ao mercado, tá tudo muito caro. Se antes era difícil, imagina agora com menos da metade do benefício”, desabafa.

O PoderData mostrou que, no início de abril, 82% da população achava “muito baixo” o valor do novo benefício (em média, R$ 250).

Foram 2.500 entrevistados em 482 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

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