segunda-feira, 3 de maio de 2021

Desemprego: a tragédia nossa de cada dia

 O operador de máquinas industriais, Bento de Castro Silveira, 32 anos, morador de Queimados, perdeu o emprego antes da pandemia. Há mais de dois anos tenta nova relocação no mercado de trabalho. Vivendo de biscate, boa parte da indenização recebida foi para a tentativa de conseguir outra ocupação. Passagens, lanches, xerox.

“Com exceção dos alimentos e alguns poucos móveis para a minha casa, a rescisão foi basicamente gasta na tentativa de encontrar um emprego de carteira assinada, agora nem com parte do Auxílio Emergencial consigo o suficiente para sair e procurar uma vaga”, lamenta.

Bento não está sozinho nessa trágica estatística.  De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) divulgada pelo IBGE, a população desalentada soma hoje 6,0 milhões de pessoas, é recorde da série histórica para o trimestre. São pessoas que desistiram de procurar nova colocação por uma série de motivos inclusive desânimo, financeiro e descrença.

A concorrência aumenta a cada pesquisa. A taxa de desocupação passou dos 14%, agora está em 14,4. Isso corresponde mais 400 mil vagas perdidas. A população desocupada (14,4 milhões de pessoas) é também recorde da série histórica iniciada em 2012.

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