segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Após 80 tiros em inocentes, militares do Exército no banco dos réus

 Perto de completar dois anos e cinco meses desde que militares do Exército mataram o músico Evandro Rosa e o catador de materiais recicláveis Luciano Macedo, em Guadalupe, na entrada da favela do Muquiço, na zona norte do Rio, finalmente, no próximo dia 15/09 os doze integrantes do Exército que respondem por homicídio, tentativa de homicídio e omissão de socorro enfrentarão o júri da Justiça Militar. Diferentemente do tribunal do júri na justiça comum, os militares são julgados por um juiz federal togado e quatro militares de patentes superiores às dos réus. 

A patente mais alta entre os acusados é segundo-tenente. Depois dele, tem um terceiro-sargento, dois cabos e oito soldados. Todos eles respondem em liberdade. O crime ocorreu três meses depois do fim da intervenção federal na segurança pública do Rio, encerrada em dezembro de 2018.

A data da sessão foi definida em junho passado pela juíza Mariana Aquino, da 1ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar. Na última terça ela determinou testes no sistema de som do auditório no Rio. A sessão está marcada para começar às 9h.  

O advogado dos acusados, Paulo Henrique Mello, disse que mostrará que os militares estavam em “missão oficial e agiram dentro dos ditames legais”.

Relembre o caso

O caso ficou conhecido pelos 80 tiros que os soldados dispararam em direção ao veículo que o músico estava com sua esposa, seu sogro e sua filha de sete anos. O catador foi morto enquanto tentava ajudar a família.  

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