domingo, 6 de fevereiro de 2022

Marcelo Freixo, o "infiltrado"

 O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, acusou o deputado e candidato ao governo do Rio, Marcelo Freixo, de ser um infiltrado do Partido dos Trabalhadores (PT) dentro do PSB. A declaração veio logo depois de o deputado (PSB) dizer que era a favor da candidatura de Fernando Haddad (PT), ao governo do estado de São Paulo, mesmo com o partido tendo uma candidatura forte como à de Marcio França do mesmo partido de Freixo.

Lulista empedernido, o inferno astral do líder das intenções de votos ao governo está apenas começando. A troca de partido- PSOL pelo PSB-, para se tornar mais palatável aos eleitores parece estar fazendo água.

Se não bastasse Siqueira, outro que apontou a lança para Freixo foi o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que afirmou em entrevista ao jornal “Valor”, que “Lula não é fator relevante para esta eleição” e que ele estaria “de salto alto”. A intenção, claro, foi fustigar o deputado e chamar a atenção para a coligação PSD e PDT em torno da candidatura do prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT).

Paes, em mais uma provocação, questionou a competência de Freixo por nunca ter assumido cargo executivo. Comparando-o a cantor e compositor Belchior.

“Freixo não tem qualquer experiência no executivo, como vai ajeitar a situação fiscal do estado, alguém que a vida inteira defendeu todo tipo de irresponsabilidade? Como vai atrair empresa alguém que a vida inteira disse que concessão e PPP (Parceria Público Privada) é uma desgraça do capitalismo mundial? E ironizou: “ A vida inteira quis essa imagem de rebelde, aquela coisa de Belchior, apenas um rapaz  romântico latino-americano sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e vindo lá de Niterói, ou São Gonçalo, sei lá de  onde ele vem.”

Freixo retrucou afirmando que com ações assim “Paes divide o Rio onde não deveria dividir, na oposição a Bolsonaro.”

A realidade é que desde que deixou o PSOL, Freixo vem sinalizando uma guinada mais ao centro. Trilhando o mesmo caminho que Lula. A diferença é que, devido a insignificância do PT no Rio, essa parceria Freixo-Lula pode naufragar sua candidatura. Muito por conta da força de Paes nas áreas mais afastadas como a Zona Oeste, e a capilaridade do governador Cláudio Castro com o poder da máquina.

Resta a Freixo, não apenas ganhar a eleição, mas que em caso de derrota, repelir a pecha de  infiltrado-petista-Incompetente administrativamente, como seus adversários tentam imputar.

 

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