Em
convenções atípicas, devido à pandemia, foram definidos os candidatos à
prefeitura de Queimados. Rosto novo, apenas os da líder comunitária
Celena Santos, do Psol; Doutor Marcelo, do PMN; e Major Rodrigues, do PTB. Ao
todo nove nomes de candidatos a prefeito
estarão disponíveis nas urnas.
É possível
que as urnas tragam surpresas? É uma pergunta difícil de responder. Para início
de conversa, o adiamento das eleições, devido à Covid-19, e como o país lidou
com a questão embaralhou os cronogramas feitos com bastante antecedência, pelos
partidos e lideranças.
A
polarização política à qual se encontra o país, em Queimados pode passar
incólume. Isso porque os bolsonaristas estão sendo tragados assim como o
petismo foi no pós-petrolão. Cunhou-se até palavras novas para esse fenômeno,
neologismo: bolsopetismo e lulanaro
Diferentemente
de outros lugares, Queimados não deverá ter uma eleição plebiscitaria. Ou seja,
resumida em lulismo e bolsonarismo. Entretanto, mostra a força que o atual
deputado Max Lemos ainda exerce no município.
Dulcelena
dos Santos, ou simplesmente Celena, 54 anos, é natural de Vassouras e candidata
pelo PSOL (50). O partido herdou algumas ações do petismo: o de que time
que não entra em campo não faz a torcida crescer, por isso lança o maior número
de candidatos possível.
Doutor
Marcelo, advogado, 50 anos, natural de Nova Iguaçu, é o candidato pelo PMN
(33) mais um que deseja marcar posição de olho no futuro político.
O professor
do Ensino Médio Glauco Kaiser, 46 anos, Solidariedade (77), outro postulante à
cadeira de prefeito, vem sendo calcinado por fogo amigo vindo do município
vizinho, Nova Iguaçu, vítima de um possível acordo entre seu
padrinho deputado federal Aureo Ribeiro, e o candidato local, Max Lemos.
O
ex-vice-prefeito da atual gestão, já que renunciou ao cargo há quase um mês,
Machado Laz, 44 anos, concorre pelo Democratas (25). Mais uma cria
política de Max Lemos que se volta contra o criador.
Outro que
parece ter se revoltado contra o criador é o mineiro de Tombos, Elias José, 58
anos, candidato pelo PROS (90). Major da Polícia Militar exerceu diversos
cargos em gestões anteriores.
Outro
militar que deseja a cadeira de prefeito intitula-se como Major Rodrigues, 44
anos, pelo PTB (14), havia a possibilidade de a candidatura ter sido pelo
PSL , o mesmo da deputada Alana Passos. No entanto, talvez seja melhor
para a candidatura de Rodrigues o descolamento total de seu nome ao da
deputada. Haja vista que o padrinho político de Alana, Flávio Bolsonaro,
é o político hoje mais enrolado com a Justiça por lavagem de dinheiro.
O professor
Lenine Lemos, 52 anos, é candidato da situação pelo PSDB (45) e ex-secretário
de educação. Irmão de quem o sobrenome diz. Queimados tem um caso inusitado: um
prefeito que poderia tentar a reeleição abrir
mão de tentar, o atual Carlos Vilela. O
que corrobora ainda mais o poder que Max exerce na cidade. Dono da
máquina municipal, com milhares de cargos comissionados, que se transformam em
cabos eleitorais, o professor tem resistência ao seu nome dentro da máquina.
Alguns acreditam que Max pode pagar um alto preço eleitoral por incentivar a
candidatura do irmão em detrimento de Vilela.
Ribamar Dadinho
é o representante do PT (13) à prefeitura. Sofre muita resistência da população
devido ao fervor devocional a Lula. Mais um que vem marcar posição. Também foi
ligado a governos anteriores.
Candidato
pelo PSD (55) o ex-deputado Zaqueu Teixeira, 59 anos, vem despontando na
liderança em algumas pesquisas. Talvez essa seja sua grande chance de conquistar
o poder municipal, no entanto, terá que coonestar o discurso. Porque o mesmo
PSD tem como maior símbolo no estado o senador Arolde de Oliveira, espécie de
vassalo mor de Bolsonaro. Destarte, no Rio, estão abraçando um mega
bolsonarista, o ex-nadador deputado Luiz Lima.
Em meio a
essa miríade de candidatos, é melhor ficar de olho nos vices.
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