sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Quem afastará esse cálice, Pai?

 É fato que o Brasil há anos vive crises éticas e moral em profusão. Mas nunca uma horda tinha antes tomado o Estado de tamanho assalto e incompetência.

Estamos batendo diariamente tristes recordes. Em Brasília, a pauta de todos os dias são as articulações para a presidência da Câmara, e do Senado. Quando deveriam, por questão moral, está em cima da mesa com ao menos um dos muitos pedidos de impeachment, que dormita na gaveta.

Balela esse papo de que não teriam votos para retirar do poder um sociopata. Quero ver alguém votar contra o impeachment numa transmissão ao vivo da Rede Globo, com a apresentação de Willian Bonner. Os filhos, talvez...  

Sabe aquele bombeiro que senta no hidrante e repudia o incêndio?, esse é Rodrigo Maia. O homem das notas de repúdio. Poderia bem aproveitar o fim de seu mandato, antes de mergulhar no ocaso do baixo clero e nos seus 70 mil votos, para realizar um ato solidário as mais de 200 mil famílias enlutadas. Mas não, é covarde demais.

Essa tragédia que acontece em Manaus é o ápice da sabotagem sanitária que o Bolsonaro e seus malfazejos seguidores- inclusive deputados e jornalistas- comemoraram em nome “liberdade.” Cadeia é pouco para essa turma e alguns generais.

Assistir as pessoas, como um peixe fora d’água a buscar uma nesga de oxigênio num cilindro divido para cinco pacientes é doído demais. Mas isso não sensibiliza nossos políticos. Tampouco saber que está sendo ministrada morfina para amenizar a dor da falta de ar.

A asfixia da rede de saúde de Manaus é o retrato mais grosseiro do fracasso do país no combate à pandemia. A bagunça é tão generalizada que a índia já avisou que não tem Covishield disponível para o Brasil, que está na fila junto com países como Nepal, África do Sul, Bangladesh, Butão, Maldivas, Mianmar, Afeganistão e Sri Lanka. Nesse patamar que estamos.

Bolsonaro nas redes divulga que o Governo Federal repassou 9 bilhões a Manaus. Poderia ser mais, mas mesmo assim, com comportamento negacionista, irresponsável que passa longe do comportamento de um chefe de nação nada adiantaria.

Não podemos desistir, é necessário retirar do Planalto esse louco que ali habita.

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