quarta-feira, 30 de junho de 2021

Desemprego bate recorde e chega para 14, 7 milhões de brasileiros

Já a taxa de subutilização é de 29,7% no trimestre

Há mais de um ano o auxiliar de serviço gerais, Miraildo Fonseca, 42 anos, pai de quatro filhos e morador de Queimados, na Baixada Fluminense, tenta uma recolocação no mercado de trabalho.  Desempregado, tira o sustento para a família de catar reciclável nas ruas. Ele e mais quase 15 milhões de brasileiros estão fora do mercado de trabalho segundo o Instituto  Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE.

Quem confirma esse número é Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD). De acordo com os dados, a taxa de desocupação chegou 14,7% (14, 7 milhões) o trimestre móvel de fevereiro a abril deste ano, e se manteve no recorde da série histórica, iniciada em 2012, com alta de 0,4 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de novembro de 2020 a janeiro de 2021 (14,2%) e alta de 2,1 p.p. ante o mesmo trimestre de 2020.

A população desocupada (14,8 milhões de pessoas) cresceu 3,4% (mais 489 mil pessoas desocupadas) ante o trimestre de novembro de 2020 a janeiro de 2021 e subiu 15,2% (mais 1,9 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre móvel do ano anterior (12,8 milhões de pessoas).


A água bateu na bunda

 Se levarmos em consideração o mais novo escândalo- este governo está cheio deles- pode-se afirmar que o que sempre esteve em voga sobre a aquisição de vacinas não era o negacionismo, mas o “negocionismo.”

Os escândalos se sucedem tão rapidamente e em tamanha profusão que o direito à dúvida apodrece antes mesmo de nascer. Nesta terça, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciava o cancelamento, três meses depois, do contrato da compra da indiana Covaxin, à noite ficamos sabendo que o governo Bolsonaro cobrou 1 dólar por dose da fabricante Pfizer.

Esse governo, ao abrir espaço para o centrão para evitar o impeachment, caiu na vala comum; a que cria dificuldade para vender facilidade. Vai chegar o momento que nem a esposa do presidente da Câmara, Arthur Lira, que é grande fã de Bolsonaro irá conseguir evitar a aceitação da centena de pedido de afastamento do presidente.

A CPI agora tem material de sobra para investigar. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que só irá decidir se prorroga a Comissão  quando ela estiver perto do fim. Segundo ele “a CPI pode chegar a uma conclusão antes do fim do prazo.” Quem torce muito para isso também é o PGR, Augusto Aras, de olho na vaga ao STF que vai se abrir com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello, caso o Senado rejeite o nome de André Mendonça malquisto na Casa. 

Nessa terça, o subprocurador da República, Humberto Jacques de Medeiros tentou uma saída menos desonrosa para a determinação da ministra Rosa Weber, relatora do pedido feito por três senadores, para  abertura de processo contra o Bolsonaro por prevaricação.  Humberto Jacques respondeu a Rosa Weber que não seria conveniente duas investigações do mesmo caso, já que a CPI continua a investigar, e que seria mais propício aguardar o desfecho da Comissão.

De escândalo em escândalo o que vemos é um Bolsonaro cada vez mais fraco, que grava vídeo na madrugada, colocado nas cordas por um deputado que o chantageia publicamente. Nem seus seguidores mais fiéis consegue um discurso. As cortinas de fumaça, como demissão de ministro, não mais tem efeito. Agora é tocar o barco, porque vai ser difícil sair dessa maré. A água bateu na bunda.

 

terça-feira, 29 de junho de 2021

Sergio Moro de alma lavada

 Em filosofia, uma designação tradicional de verdade diria que é aquilo que permanece inalterável a quaisquer contingências. Nunca esse conceito foi tão necessário para o Brasil. Um país tomado por mentiras e meias verdades, que no final acaba sendo uma mentira inteira.

Durante muito tempo uma frase ecoou “faça sempre a coisa certa” o autor dessa frase hoje deve estar de alma lavada com os desfechos que a Justiça, através do Supremo Tribunal Federal vem perpetrando ao país.

A frase que diz que quando a política entra nos tribunais a Justiça sai pela porta dos fundos nunca esteve tão atual. Há mais de dois anos quando Gilmar Mendes se tornou o juiz prevento da ação que julga excesso cometido pela Operação Lava Jato, o país vem experimentando, mais do que simplesmente transformar ficha corrida de criminosos em currículo, o que vem acontecendo é a destruição de todo arcabouço punitivo.

Já disse aqui neste espaço, que os excessos da Lava Jato deveriam ser punidos. Mas o que vemos é uma vingança contra juízes e procuradores. Talvez por eles “terem ido longe demais.” Alguém pode achar normal um juiz não se declarar suspeito quando julga processo que envolve ele mesmo? Estavam perto de pegar Toffoli, cuja mulher é acusada de receber milhões em propinas.

A decisão do ministro Ricardo Lewandowski proibindo a Justiça Federal de poder usar dados do acordo de leniência da Odebrecht no caso do Instituto Lula é mais um golpe não apenas na Lava Jato, mas em cada cidadão que agora tem mais motivo para continuar a desacreditar na Justiça.

Fica patente que principal Tribunal do país, em particular a Segunda Turma, foi tomado pela política, cujo maior beneficiado é o ex-presidente Lula. No entanto, essa cruzada para tentar provar a inocência de Lula pode ser um fator de desgaste caso seja candidato do PT a Presidência, (e é).

De tanta defesa, centenas de pedidos de HC até acharem o “juiz certo”, tornou-o um paciente indefeso. Quando a campanha mostrar que essas quantidades de recursos são apenas para poucos privilegiados, e o não reconhecimento nem pedido de perdão, a vaca já pode ir caminhando para o brejo. Não adianta forçar barra obrigando o eleitor decidir entre Bolsonaro e Lula. O pensamento binário de que as eleições serão plebiscitárias arrefece quando apontado o número de pessoas que não querem nenhum dos dois.

Na verdade, olha ela aqui outra vez, se tem um brasileiro que está de alma lavada porque teve a capacidade, sagacidade e inteligência e continuar a fazer a coisa certa é Sergio Fernando Moro.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Vai liberar geral

Carlos Alberto Sardenberg

 “Sessão de psicanálise, você diz: sonhei com Fulano/a, e não foi um sonho erótico.

Danou-se. O/a analista já sabe: foi erótico.

É clássico.

Vários ministros do STF que votaram pela anulação das condenações de Lula imediatamente acrescentaram: atenção, não vale para os demais casos.

Ou seja, vale”.

 Comecei assim a coluna de 17 de abril passado. Naquele momento, o caso de Lula estava no seguinte ponto: o ministro Fachin, relator, havia decidido que o foro adequado para o julgamento de todos os casos de Lula era Brasília e não Curitiba, sede da Lava Jato. Assim, os processos estavam cancelados e deveriam recomeçar da estaca zero.

Queria evitar, com essa manobra, que a segunda turma do STF julgasse a suspeição de Sérgio Moro no caso do triplex do Guarujá.

Não funcionou. A segunda turma seguiu esse julgamento e por 3 a 2, numa votação liderada por Gilmar Mendes, considerou Moro suspeito e anulou a condenação no caso do apartamento do Guarujá.

De novo, vieram com a lorota de que só valia para aquele caso. Mas o caso foi ao plenário do STF – e este decidiu, por 7 votos a 4, manter a decisão da segunda turma: que Moro havia sido parcial na condenação de Lula no caso triplex. Só se tratou desse caso.

Pois no dia seguinte, o ministro Gilmar Mendes já tinha pronto uma decisão declarando Moro suspeito e parcial em todos os casos envolvendo Lula – o triplex, o sitio de Atibaia, o terreno para o Instituto Lula e o apartamento de São Bernardo.

O que há de comum em todos esses passos? Simples: em nenhum momento se discutiu se Lula era culpado ou inocente. As decisões de Moro, confirmadas em duas instâncias superiores, diziam: o triplex foi doado a Lula e reformado pela OAS sob orientação do ex-presidente e sua mulher, dona Marisa; a Odebrecht reformou o sítio de Atibaia, em presente para o ex-presidente; a Odebrecht comprou um terreno para ser a sede do Instituto Lula.

Tudo isso baseado em provas materiais abundantes e delações de executivos de empreiteiras envolvidas.

Foi assim mesmo ou é tudo mentira? A resposta do STF é mais ou menos assim: isso não é com a gente; o que sabemos é que Moro não devia ser o juiz e o foro não devia ser Curitiba; logo, volta tudo para o ponto de partida.

Reparem: Lula não foi inocentado. Denúncias e processos, em tese, recomeçam, mas obviamente vão prescrever, sem julgamento.

Fica só no ex-presidente?

É claro que não. Todos os demais condenados pela Lava Jato, em casos de algum modo conexos aos de Lula, e praticamente todos são, poderão requerer os mesmos benefícios. Seria Moro um juiz parcial – como decidiu o STF – apenas com Lula? Por que não teria sido igualmente parcial com Eduardo Cunha ou Marcelo Odebrecht?

Vamos falar francamente: não se trata apenas de Lula, nem da Lava Jato. O movimento em questão, com a liderança de Gilmar Mendes, tem o claro objetivo de desmontar todo o sistema de combate à corrupção.

Interessante que o presidente Bolsonaro, eleito com a bandeira da Lava Jato, está também empenhado em controlar e fragilizar os órgãos de combate à corrupção, como o Ministério Público, a Polícia Federal e o Coaf.

Isso ocorre porque o combate à corrupção foi longe demais, no bom sentido. Começou a apanhar os intocáveis, os donos das fazendas, como diria Roberto DaMatta. Ou como já se disse, numa ótima definição: “Na verdade, o que se instalou no país nesses últimos anos, e está sendo revelado na Lava-Jato, é um modelo de governança corrupta. Algo que merece o nome, claro, de Cleptocracia”.

Autoria de Gilmar Mendes, lá atrás. “Onde foi parar esse juiz?” – perguntou DaMatta em coluna neste jornal. Acrescento: e por que foi parar onde parou?

Fatos novos, certamente. Mas tão graves assim a ponto de levar ao desmonte de todo o sistema anti-corrupção, numa clara combinação entre Judiciário e Congresso?

Em https://sardenberg.com.br

 


sábado, 26 de junho de 2021

Rejeição a Bolsonaro se acentua entre os mais pobres

 Pesquisa do Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec)  mostra que a rejeição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cresceu mais entre os eleitores que vivem nas periferias das grandes cidades do que em outros segmentos da população brasileira.

De acordo com o Ipec, a rejeição de Bolsonaro nessa camada da população subiu 14 pontos percentuais entre fevereiro e junho —de 53% para 67%. A alta é mais que o dobro da registrada no eleitorado em geral, que foi de seis pontos no mesmo período (de 56% para 62%).

A queda abrupta de popularidade ameaça reverter os resultados obtidos por Bolsonaro em cidades importantes na eleição de 2018. No segundo turno, o presidente derrotou Fernando Haddad em toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro —redutos consolidados como petista em eleições  anteriores.

Exemplo é a Baixada Fluminense, que obteve mais de 60% dos votos. O presidente também teve desempenhos importantes em capitais nordestinas, tendo vencido em Maceió, Natal e João Pessoa, por exemplo.

O aumento na rejeição de Bolsonaro também se reflete especialmente entre evangélicos, eleitores que ganham até 1 salário mínimo, que têm de cinco a oito anos de escolaridade, assim como os na faixa entre ... - 25 e 34 anos. Esse público engloba justamente o perfil do trabalhador com baixa escolaridade das periferias das grandes cidades, afetado pela crise econômica agravada pela pandemia de covid-19.

A última pesquisa Ipec mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 49% das intenções de voto, mais que o dobro de Bolsonaro, que aparece com 23%. Ciro Gomes (PDT) marca 7%, João Doria (PSDB) foi lembrado por 5% dos eleitores, enquanto o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) aparece com 3%.

 

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Liderado por PT, Câmara violenta mais uma vez Lei da Ficha Limpa

 O plenário da Câmara aprovou, de forma relâmpago, por 345 a 98,  proposta que torna elegíveis políticos e gestores públicos que tiveram as contas rejeitadas pelos órgãos de controle. O Projeto nasceu em fevereiro, passou rapidamente pela CCJ e agora vai para o Senado; ficarão elegíveis mesmo quem cometeu improbidade insanável e dolosa.

Ele altera a Lei da Ficha Limpa para liberar a candidatura daqueles que cometeram irregularidades dolosas e insanáveis previstas na Lei de Improbidade Administrativa, mas que foram punidos “apenas” com multa.

“É preciso simplificar as regras eleitorais”, diz o parecer do relator Enrico Misasi (PV-SP).

Orientaram voto favorável à proposta os líderes do PT, PL, PP, PSD, MDB, PSDB, Republicanos, PSB, DEM, PDT, Solidariedade, PSC, PTB, PC do B, PV e Rede. O PSL liberou a bancada. Recomendaram voto contrário apenas Novo, PSOL e Podemos.

A proposta foi apresentada em fevereiro deste ano, passou rapidamente pela CCJ em maio, e na tarde de quinta-feira entrou na pauta do plenário. Segue agora para votação no Senado.

O Novo tentou retirar o tema da pauta, mas teve o pedido rejeitado por 364 deputados — apenas 68 votaram pelo adiamento da votação.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Queimados, a cidade que fomenta a dor e o descaso

  “Minhas noites são intermináveis, não há remédio que alivie completamente a dor, o tártaro machucou toda minha boca”, o relato é do vendedor João da Silva*, de 53 anos, diabético crônico, morador do São Roque, mas que poderia ser de uma das centenas de pacientes que tiveram seus tratamentos interrompidos porque a Secretaria de Saúde de Queimados, por descaso ou incompetência, não consegue programar o conserto de uma cadeira odontológica do Centro de Especialidade Odontológica (CEO), que funciona no galpão que abriga a sede da Secretaria.

Ter direito a saúde de qualidade é ou deveria ser direito de todo o cidadão de acordo com a Constituição. No entanto, no que depender da Secretaria de Saúde, João e muitos outros continuarão com suas dores intermináveis, porque o município não está nem ligado para eles. Muitos precisando de periodontia especializada.

Dos 13 municípios que compõe a Baixada Fluminense, dez fazem parte do programa federal. Desses dez, apenas Queimados encontra-se com o tratamento interrompido. O município é credenciado desde outubro de 2016. Sem nunca ter sido interrompido por tão longo período.

Para a dona de casa Lurdes Siqueira, 33 anos também diabética, o CEO é a única forma de conseguir fazer o tratamento: “eu não tenho dinheiro para o tratamento, quem vem fazer tratamento aqui são as pessoas com risco maior, do contrário, iriam para os postos de saúdes.” Desabafa Lurdes.

A reportagem ouviu funcionários da Secretaria, que afirmaram que não apenas no CEO os tratamentos estão suspensos, mas também nos postos de saúde. Pode-se entender que a interrupção não seja, portanto, o prosaico motivo de uma cadeira odontológica quebrada.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde, que ainda não respondeu ao blog. O espaço continua aberto.

*O personagem preferiu não se identificar

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Siga o Din Din , senadores.

 Antes de partir para o propriamente dito, ou não, é necessário fazer um assentamento (nunca acreditei na narrativa do "golpe". O impeachment de 2016 sem dúvida teve um embasamento claro e apoio forte da sociedade. Porém, Dilma caiu por muito menos fatores do que esse governo pratica). Portanto, impeachment do Jair é uma questão de imperiosidade moral, ele tem zero condições de presidir o país.

Parece que um caminho está se delineando, tudo por conta da decisão da procuradora Luciana Loureiro que abriu investigação criminal para apurar possível corrupção do governo na compra da vacina indiana Covaxin com sobre preço de 1000%, após tomar depoimento de um funcionário público responsável pelo contrato.

O contrato foi firmado pela gestão do general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde com um atravessador enrolado em escândalos de corrupção no governo. O servidor Luís Ricardo Fernandes Miranda admitiu  pressão fora do normal para que o governo fechasse a operação.

Está aí um imbróglio que arrastará Bolsonaro para dentro de uma crise sem precedente. Uma canetada da procuradora,levará o caso ao gabinete de Augusto Aras na PGR. De tão grave, não haverá como Aras resistir à pressão de boa parte dos subprocuradores para levar adiante. Enquanto a investigação seguir no gabinete da procuradora, a coisa não preocupará o palácio.

O mais grave, como apurou o site O Antagonista, o deputado federal Luís Miranda, do DEM do Distrito Federal, teria alertado sobre irregularidades no contrato. Miranda é irmão do funcionário que alega ter sofrido pressão para fechar o contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos. De acordo com o deputado, ele esteve pelo menos duas vezes com o presidente da república, nos dias 29 e 30 de janeiro.

O contrato do Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos, representante do laboratório indiano responsável pela fabricação da Covaxin no Brasil, é alvo de investigação no Ministério Público Federal e está na mira da CPI da Covid.

Miranda chegou a pedir a Bolsonaro que intermediasse a situação do irmão, que foi exonerado e depois renomeado. O deputado também teria levado o caso ao ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e à Polícia Federal.

Nos últimos dias, Luís Miranda tem procurado senadores da CPI da Covid para relatar “a pressão excessiva” que seu irmão, Luís Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, estaria sofrendo.

Pelo jeito, a CPI encontrou uma importante ponta solta nesse novelo. Siga o dinheiro, siga o DIN DIN.

 

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Herança maldita: mais de 60% dos jovens querem sair do Brasil, diz pesquisa

 Uma Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha indica que 62% dos brasileiros entre 16 e 24 anos desejam viver no exterior. Isso equivale à população de Minas Gerais, ou a 19 milhões de pessoas. Metade dos entrevistados entre 25 e 34 anos afirma querer morar fora.

O levantamento ainda mostra que metade da população entre 25 e 34 anos deseja deixar o país, enquanto entre os entrevistados de 35 a 44 anos, 44% querem viver no estrangeiro.

Os porcentuais vão se reduzindo conforme aumenta a idade dos entrevistados, sendo de 32% na faixa etária de 45 a 59 anos e 24% entre os que têm 60 anos ou mais. A pesquisa ouviu um total de 2.090 pessoas em todas as regiões brasileiras.

Em relação à escolaridade, 56% dos indivíduos que possuem ensino superior declararam o desejo de morar no exterior. Entre os que possuem os ensinos médio e fundamental, os percentuais foram de 48% e 27%, respectivamente.

O levantamento, realizado em 129 municípios brasileiros, levou também em consideração as diferenças sociais. Quanto mais alta a classe social do indivíduo, maior é o desejo de morar em outro país. De acordo com o Datafolha, 51% da classe A/B manifestaram essa vontade, assim como 44% da classe C e 30% da classe D/E.

Segundo a pesquisa, divulgada no último dia 17 de junho, os Estados Unidos são o país que mais atrai os brasileiros, à frente de Portugal e Canadá.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Dr Jairinho prestes a perder o mandato

 O mandato do ainda vereador Dr Jairinho está por um fio por ser cassado. Isso porque o relator do processo vereador Luiz Ramos Filho, decidiu, nesta sexta-feira, pela procedência da representação. Ou seja,  pela aplicação da sanção de perda do mandato do acusado pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos, ocorrida em 8 de março.

O conselho de ética da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro recebeu das mãos de Luiz Ramos Filho, o relatório do processo de cassação do Dr. Jairinho, que está preso em Bangu 8 desde abril.

O relator sustenta em seu voto a “natureza e gravidade da infração cometida pelo representado, a tortura e o assassínio covarde de Henry Borel, criança indefesa, e a tentativa de encobrir delito penal de tamanha repercussão social”.

Ele elenca ainda diversas razões para corroborar sua decisão: assassinato duplamente qualificado, tortura, repetidas agressões físicas impostas a uma criança indefesa, tentativa de tráfico de influência e de uso político em causa própria.

Agora, depois da publicação do relatório no Diário Oficial, a defesa de Dr Jairinho terá cinco dias úteis para se manifestar. Depois, o Conselho de Ética votará o parecer do relator. Se a decisão acompanhar o relator, o caso vai a plenário para decisão dos demais vereadores.

Parece que ninguém na Câmara tem qualquer dúvida de que o destino que aguarda Dr Jairinho seja a cassação por larga margem de votos.

 

 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

O medo da cadeia que o espera

 O depoimento do ex-governador do Rio Wilson Witzel trouxe tempero para a morna CPI da Covid. Não pela veracidade das informações, um mentiroso contumaz, passadas aos senadores do alto de sua empáfia, contida no mesmo dia, depois que a Justiça Federal o tornou réu. A informação, disfarçada de despretensiosa, dita por Witzel, de que crimes contra a humanidade são imprescritíveis e que o Tribunal Internacional está à espera, foi a espada de Dâmocles sobre Bolsonaro e seus bajuladores a cada dia menos influentes com queda de contas usadas para impulsionar o séquito bolsonarista, os chamados bots.

Bolsonaro está com medo. Tem medo de perder a eleição, tem medo, caso perca eleição, seja preso. É provável que a CPI, que não tem poder de prender um presidente, demonstre tanto erros ou pior atentados que o Procurador Geral da República, Augusto Aras, mesmo cooptado seja instado a tomar decisão correndo o risco de danificar ainda mais a imagem da PGR.

Fica evidente nos atos como as “motociatas”, que tenta atrair público. Que precisa mentir inflando os dígitos e sendo corrigido, humilhado. Quando diz, para criar cortina de fumaça, que os números de mortes por pela Covid estão supernotificados fica evidente o desespero, medo, aflição.

O desespero tende aumentar ainda mais com a nova temporada do caso Queiroz e o depósito dos 89 mil reais na conta da primeira-dama Michele, pautado já pelo Supremo. Além disso, é inequívoco que, mesmo como convidado, o deputado Osmar Terra deve comprometer ainda mais o presidente. A vaidade do deputado pode ser aliada dos senadores que compõe a CPI.

É possível que a provável prisão de Bolsonaro tome tons de cinza ao invés dos definitivos preto e branco.  Ela pode ser rápida ou lenta. Em alguns casos pode nem mesmo vir a acontecer.

Imagina o ex-presidente Lula sendo eleito novamente? O perfil de Lula não é daqueles que cultuam a cadeia, talvez pelo seu passado recente. Dificilmente Lula colocaria pressão para que Bolsonaro fosse preso. Prefere amigos e os inimigos no bolso que na cadeia.

A coisa ficaria pior para o atual presidente caso Ciro, Mandetta ou Dória assumisse a cadeira presidencial. Não haveria rogo. A historiografia mostra isso.

Provas há em suficiência para um impeachment. Provas haverá também em abundância para manter uma pessoa que fez tanto mal ao país atrás das grades.  Não haverá “meu Exército” apenas choro e ranger de dentes.

   

 

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Estado do Rio lança programa que não atende a todos

Crédito a microemprededores, autônomos e  MEI estão suspensos

De acordo com a AgeRio, o programa que já alcançou na primeira semana do lançamento todo o valor de R$ 300 milhões destinados a esses grupos e foi suspenso, para que os que se cadastraram no portal tenham os seus pedidos analisados. Ao todo, foram aproximadamente 30 mil inscrições, entre microempreendedores individuais, profissionais autônomos e informais e de micro e pequenas empresas.

Para o governador Cláudio Castro os resultados alcançados de forma rápida são exemplos da importância da linha de crédito oferecida pelo SuperaRJ.

– São empreendedores e empresas que estão sobrevivendo em meio à pandemia. Os recursos são fundamentais para dar fôlego aos negócios, e o governo identificou que precisavam de apoio para o momento de travessia de crise – afirmou o governador.

O presidente da AgeRio, André Vila Verde, também seguiu pela mesma linha do governador.

– É gratificante saber que a linha de crédito será importante para mudar a vida dessas pessoas, alavancar os negócios e gerar empregos. As equipes da agência estão focadas na análise das inscrições e esperamos atender a todos que nos solicitaram o empréstimo. Temos uma responsabilidade grande e vamos ajudar a fomentar os negócios locais e apoiar quem de fato precisa.

A agência solicita aos profissionais e empreendedores que estejam em busca de informações sobre as novas inscrições que acompanharem  os canais de atendimento e as redes sociais da AgeRio.

No entanto, não foi explicado porque o governo não se preparou, mesmo sabendo que existia uma grande demanda por crédito devido ao momento excepcional que vive o país, e em especial, o estado do Rio.

A realidade é que 300 milhões de reais para uma gama enorme de pessoas quebradas financeiramente devido à pandemia não iriam dar bons resultados mesmo.


terça-feira, 15 de junho de 2021

O Rio paquera com o abismo mais uma vez

Charge é arte de representar o exagero. E o estado do Rio talvez seja uma das maiores caricaturas já vista no país. Parece que vivemos um loop temporal ou traduzindo, uma repetição eterna.

No mesmo momento em que o país cai no ranking no combate a corrupção, cadáveres políticos insepultos retornam à vida energizados por uma sanha eleitoral insaciável de um obscuro ex-vereador guindado pelo acaso ao cargo mais elevado do estado.

Os rearranjos na divisão dos cargos realizados pelo governador Claudio Castro, para acomodar aliados pensando em 2022, fez ressuscitar nomes como Leonardo Picianni, que vai assumir a cadeira de deputado federal com a nomeação de Juninho do Pneu como secretário de transporte do estado, cuja a familiaridade parece estar apenas no sobrenome eleitoral; o ex-deputado Hugo Leal; o também ex-deputado Júlio Lopes; e Max Lemos derrotado eleitoralmente no último pleito em Queimados quando apostou as fichas na candidatura do irmão, Lenine, e nomeado como secretário de infraestrutura e obras, abrindo espaço para aliados.

A impressão que passa para o eleitor é a de que voto daqueles que quis expurgar alguns políticos da vida pública nada valeu. O cenário, com esses e outros nomes, lembra aquele pré-Lava Jato.

É como esperar resultado diferente praticando a mesma fórmula. Impossível. Loteamento de cargos, acomodação política. Daqui a pouco vem a extorsão, é só esperar. Alguém deve bancar a campanha, por que não os motoristas, com seus carros levados aos depósitos de propriedade dos... políticos.

Na realidade, o estado pede socorro há tempos. Enquanto cai a fama de bons administradores, quando na verdade, a maioria só se apoia em nomeações. Enquanto o pagador de imposto é expropriado sem saúde, educação, cultura e lazer.  Quem terá coragem de acabar com esse Dia da Marmota e pensar nos interesses da população?


segunda-feira, 14 de junho de 2021

CONTRIBUA, 200 CRIANÇAS PRECISAM DE VOCÊ

 Entidade sem fins lucrativos e há 28 anos considerada uma das mais sérias instituições sociais de Queimados, o Instituto Nossa Senhora Aparecida (antigo CECAMAM), pede socorro para reabrir. O local atende 200 crianças desde a creche até a pré-escola; corre o risco de manter as portas cerradas caso não consiga o dinheiro para formar convênio com a prefeitura de Queimados. Para que haja o contrato com a prefeitura é necessário que seja pago as documentações inclusive as certidões negativas de débito e contas acumuladas durante a pandemia. O valor chega perto de 15 mil reais.  Para tentar angariar esse valor, o IENSA criou uma Vakinha on line (clique aqui).

A instituição atende principalmente crianças cujas mães não têm com quem deixar seus filhos para poderem trabalhar, muitas delas fora do município.  É ocaso da arquivista Adalgiza Maria de Oliveira, 43 anos, obrigada a deixar o trabalho por causa de falta de vagas em creche para seu pequeno Emanuel.

"O IENSA é um local em que meu filho gosta de ficar, onde ele sente bem. Nenhuma criança gosta de ficar aonde seja maltratada, lá as crianças são amadas e respeitadas. Além da educação, lá se trabalha sociabilização das crianças é muito importante", Conclui.

Para a coordenadora pedagógica e presidente do Instituto a psicopedagoga, Penha Aparecida de Brito, o momento é considerado emergencial por isso o pedido de contribuição.

“Se não pagarmos, não conseguiremos tirar a certidão negativa e por consequência não poderemos firmar o convênio com a prefeitura e sem ele não haverá condições de manter o atendimento a 200 crianças em horário integral em creche e pré-escola.” Alerta tia Cida.

Queimados tem aproximadamente, de acordo com o IBGE, uma população 150mil habitantes. O município conta com somente duas creches com horário integral,  e um total de apenas 175 vagas.  Enquanto o IENSA sozinho abarca 200 crianças. Portanto a Instituição se mostra extremamente necessária para atender as inúmeras famílias queimadenses que precisam trabalhar e não têm quem deixar seus filhos.

Pároco da Igreja São Francisco de Assis, padre César Lino, conclama para que se não deixe  instituição tão importante fechar as portas. “Ela atende principalmente mães solteiras que têm apenas esse local para deixar suas crianças. Onde são tratadas, educadas e alimentadas. Essa instituição é um patrimônio para toda população.” Afirma o sacerdote entusiasta e um dos benfeitores da instituição.


O município, que em 2018 fora considerado o mais violento do Brasil, de acordo com o Atlas da Violência, pode e deve auxiliar o Instituto não por caridade, mas como reconhecimento de que mesmo numa cidade atrasada e em débito com seus habitantes, é possível realizar políticas públicas em cuja população seja beneficiada. O IENSA é a prova de que com seriedade, mesmo quando parece instransponível, é possível sonhar com mundo menos desigual.

 SERVIÇO:

Vakinha virtual  TUDO POR AMOR http://vaka.me/2148343

Banco Itaú

Agencia 4556

Conta poupança- 06332-1 500

 

 

sábado, 12 de junho de 2021

Miliciano Ecko é morto durante operação policial

O chefe da maior e mais bem armada milícia que age no estado, Wellington da Silva Braga, o Ecko, foi baleado durante uma operação da Polícia Civil no bairro de Paciência, na Zona Oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido de helicóptero e levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, ainda com vida, mas não resistiu aos feridos.

Ele foi baleado na barriga durante o cerco da Polícia Civil. A operação, intitulada Dia dos Namorados, foi realizada após a polícia conseguir informações da inteligência de que ele iria visitar a esposa neste sábado. 

A operação faz parte da Força-Tarefa de Combate às Milícias, criada em outubro de 2020, com o objetivo de asfixiar o braço financeiro das organizações criminosas.

 



 


Lampedusa e a esquina moral política no Rio

 Um clássico da literatura publicado em 1958, o romance “O Gattopardo” traduzido como “O Leopardo” é considerado obra-prima  do autor italiano Tomasi di Lampedusa. O livro é a demonstração que a vida e arte se encontram a cada esquina. Impossível não lançar mão de tão atual obra no xadrez político que se desenha pelo estado do Rio.

A saída do deputado Marcelo Freixo, por exemplo, era esperada há algum tempo. Demorou. A gota d’água parece ter sido a reação negativa do partido à doação de empresário ao candidato a vereador por Caxias, Wesley Teixeira.  À época, o candidato recebeu R$78 mil para sua campanha de personalidades como Armínio Fraga, Beatriz Bracher, herdeira do Banco Itaú e João Moreira Salles. Correntes do PSOL disseram que essas doações feririam o estatuto do partido.

Mas isso talvez não seja o motivo principal da troca partidária. O que está em jogo é a possibilidade de a esquerda governar um estado alquebrado por diversas administrações; tem um governador alinhado ao que há de mais atrasado no mundo, que se recusa a responder perguntas sobre um crime bárbaro, como o do menino Henry Borel, a vereadores que investigam o agora preso, mas vereador, doutor Jairinho, que em algum momento fez uma ligação telefônica para o governador Claudio Castro.

Freixo não tinha chance de ser governador pelo PSOL, não porque o partido seja sectário a coligações formal. Nas sombras, continua gravitando na órbita do PT. Mas porque o PSOL é considerado partido da elite, que não suja os pés na Zona Oeste pobre (Barra é outro mundo) haja vista que derrotas sempre vieram de locais mais esquecidos, e as vitórias da Zona Sul.

A literatura, neste caso, se encontra com a política quando Freixo decide-se filiar ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Por que não ao PT, já que tem tanta afinidade? Afinal o ex-presidente Lula esteve aqui no Rio para prestigiá-lo.  A realidade é que o PT no estado é fraco. Sempre foi. O melhor seria um partido mais palatável. Aí está a frase emblemática de Lampedusa “Se queremos que tudo continue como está, é preciso que tudo mude.”

A impressão é que a filiação de Freixo foi de “mentirinha”, uma jogada na busca do Palácio Laranjeiras das duas principais lideranças  da esquerda no estado, já que Molon é conhecido como um bom articulador. De quebra, prepara palanque para a possível volta de um desgastado Lula ao poder. No mais: viva Lampedusa.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Marcelo Freixo anuncia saída do PSOL. Destino deve ser o PSB

O intuito é oferecer um palanque forte de esquerda a Lula

O deputado federal Marcelo Freixo anunciou nesta manhã sua saída do PSOL. De acordo com o parlamentar, em publicação em suas redes sociais, a decisão foi “longamente amadurecida”, e tomada devido à necessidade de uma “ampliação do diálogo e a construção de uma aliança com todas as forças políticas”. Freixo fez parte durante 16 anos; já está com sua ida encaminhada ao PSB, partido onde deverá se colocar como pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro.

O parlamentar agradeceu ao PSOL e afirmou que hoje “encerra esse ciclo” e, apesar de não estar mais no partido, ele e seus antigos correligionários seguirão “na mesma trincheira de defesa da vida, da democracia e dos direitos do povo brasileiro”. De olho no pleito do ano que vem, o deputado afirma que as eleições de 2022 “serão um plebiscito nacional sobre a Constituição de 1988”. “Por isso nós democratas não temos o direito de errar: do outro lado está a barbárie da fome, da morte e da devastação”, declarou.

O parlamentar se diz dedicado agora à construção de pontes, “reafirmando o valor do diálogo e o papel da política como meio de resolvermos de forma pacífica os problemas do nosso País”. E concluiu: “o nosso dever histórico é derrotar Bolsonaro nas urnas e o bolsonarismo enquanto projeto de sociedade. E sei que o PSOL e eu estaremos do mesmo lado para cumprir essa tarefa”.

Na quinta-feira, 10, Freixo se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e outras lideranças de esquerda do Rio, durante três horas. O encontro foi fechado, mas o "Estadão/Broadcast" apurou que o petista defendeu a importância de buscar o centro na composição eleitoral de 2022 e disse que a conciliação é uma característica do seu modo de fazer política.

Participaram do encontro além de Freixo, Alessandro Molon (PSB), Jandira Feghali (PCdoB) e Benedita da Silva (PT), além da presidente e do vice do diretório nacional do PT, Gleisi Hoffmann e Washington Quaquá. Deputados estaduais e vereadores petistas também estiveram presentes. A reunião ocorreu em um hotel na orla de Copacabana, na zona sul da cidade.

 



quinta-feira, 10 de junho de 2021

Lula cai, Bolsonaro não sobe e Ciro se consolida, diz pesquisa

Se pesquisa eleitoral for entendida como fotografia de momento, as imagens de Lula e Bolsonaro estão se tornando rapidamente esmaecidas. E abre, pela primeira vez, flanco para uma candidatura da chamada 3ª Via. Já que, comparado a pesquisa anterior, o ex-presidente caiu 7 pontos em relação a Bolsonaro.

Pesquisa do  PoderData feita nesta semana (7-9 de junho) mostra que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT) seguem em empate técnico para um eventual 1º turno das eleições de 2022. O atual comandante do Planalto marca 33% no levantamento, contra 31% do petista. A diferença entre os 2 fica dentro da margem de erro do estudo, de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

O percentual dos 2 oscilou dentro da margem de erro em relação à pesquisa anterior, feita um mês antes.

O eleitorado permanece dividido em uma “regra dos terços”: 1/3 está com o atual presidente, 1/3 apoia seu opositor mais expressivo e 1/3 flutua entre os demais candidatos, diz-se indeciso ou pretende votar em branco ou nulo.

Dentre os demais nomes, o pedetista Ciro Gomes (PDT) teve alta de 4 pontos percentuais, no limite da margem de erro, em relação ao levantamento de maio. Concentra 10% das intenções de voto e consolida-se em 3º lugar.

É a 1ª vez que um candidato da chamada “3ª via” desponta entre os demais. Logo atrás vêm Luciano Huck (4%), Luiz Mandetta (4%), João Doria (3%) e João Amoêdo (3%).

A eleição presidencial está marcada para 2 de outubro de 2022.

 

 

 

 

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Inflação chega a 0,83% em maio, maior alta para o mês em 25 anos

 A alta na energia elétrica prejudica os mais pobres

Pressionada pela alta da energia elétrica, a inflação de maio chegou a 0,83%, a maior taxa para o mês desde 1996, quando atingiu 1,22%. O resultado também ficou acima da taxa de 0,31% registrada em abril. Com isso, o índice acumula alta de 3,22% no ano e de 8,06% nos últimos 12 meses. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgadonesta quarta-feira pelo IBGE.

De acordo com o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, “A alta de 5,37% da energia elétrica se deve a dois fatores. O primeiro deles foi que em maio passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que trouxe uma diferença grande em relação à bandeira amarela, que estava em vigor de janeiro a abril. O outro fator é a série de reajustes que houve no final de abril em várias concessionárias de energia elétrica espalhadas pelo país”, explica o pesquisador.

A bandeira tarifária vermelha patamar 1 acrescenta R$4,169 na conta de energia a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

Com a alta da energia elétrica, o grupo habitação foi o de maior impacto no índice geral (0,28 p.p.) e também o de maior variação (1,78%). O grupo também teve o impacto dos aumentos na taxa de água e esgoto (1,61%), do gás de botijão (1,24%) e do gás encanado (4,58%). Além da habitação, os outros oito grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram inflação em maio.

terça-feira, 8 de junho de 2021

Assessores de deputados do Rio são investigados pela Polícia Federal


 De acordo com a PF, eles são ligados aos deputados Alana Passos, e Anderson Moraes, ambos do PSL, e estariam envolvidos em apoio a atos antidemocráticos

A Polícia Federal afirmou que perfis de apoio a atos antidemocráticos foram operados por filho e apoiadores de Bolsonaro. A PF se baseou em um relatório elaborado pela Atlantic Council, empresa especializada em análises sobre comportamentos inautênticos coordenados por meio das redes sociais.

A investigação PF, feita por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que retirou o sigilo do Inquérito 4.828 ; que trata sobre atos antidemocráticos como pedido de intervenção militar, golpe de estado e fechamento do Congresso e do STF,  apontou que os perfis removidos do Facebook e do Instagram por incentivar atos antidemocráticos foram operados por assessores diretos do presidente Jair Bolsonaro, por seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PSL-SP), e por deputados estaduais bolsonaristas, como a deputada pelo Rio Alana Passos (PSL-RJ)

De acordo com PF, no Facebook, por exemplo, "a rede consistia em vários grupos com atividade conectada que utilizavam uma combinação de contas duplicadas e contas falsas para evitar a aplicação das políticas (de uso), criar pessoas fictícias fingindo serem repórteres, publicar conteúdos e gerenciar páginas fingindo serem veículos de notícias".

As contas eram operadas de Brasília, do Rio de Janeiro e de São Bernardo do Campo (SP), conforme o laboratório de pesquisa forense digital da organização.

A PF diz que as contas identificadas no relatório da Atlantic Council foram criadas ou gerenciadas, por exemplo, pelo assessor especial de Bolsonaro Tércio Arnaud Tomaz, pelos deputados estaduais Alana Passos (PSL-RJ), Anderson Moraes (PSL-RJ) e Coronel Nishikawa (PSL-SP), e por seus assessores parlamentares.

A PF apontou que as contas derrubadas foram acessadas de endereços ligados a Jair Bolsonaro, como o Palácio do Planalto, sede oficial do governo, e a casa da família na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Segundo os materiais analisados pela PF, seis contas são vinculadas a Fernando Nascimento Pessoa, assessor parlamentar lotado no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do presidente.

De acordo com os agentes, foram acessados de endereços ligados a Bolsonaro a conta "Bolsonaro News", do Instagram, dedicada a atacar ex-aliados do presidente, e o perfil pessoal no Facebook do assessor especial da Presidência Tércio Arnaud Thomaz.

Segundo a PF, há duas hipóteses criminais passíveis de investigação: a primeira é a participação de agentes públicos, próximos a Bolsonaro, na distribuição de recursos federais ou na contratação de pessoas para incitar, pelas redes sociais, a subversão da ordem política e social. A segunda é a organização em si de um movimento orquestrado para difundir "ideias com potencial de causar instabilidade na ordem política e social".

O relatório da PF foi enviado a Moraes em 18 de dezembro. O ministro pediu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou o arquivamento do caso. O relator ainda não decidiu sobre o pedido.

O Blog vem tentando contato com os deputados Alana Passos e Anderson Moraes, mas até o momento não tivemos retorno.

 


Vendas crescem 1,8% puxada por veículos, motos, peças e material de construção

  O volume de vendas em abril cresceu 1,8% frente ao mês de março de acordo com os dados divulgados pelo IBGE.  Foi uma recuperação parcial, já que no mês anterior as vendas tinham tido uma queda de 1,1%. Já a média móvel trimestral cresceu 0,4% se comparado ao último trimestre encerrado em março.

Na série, sem ajuste sazonal, o comércio varejista teve alta de 23,8% frente a abril de 2020, a segunda taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano chegou a 4,5%. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi 3,6%.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas cresceu 3,8% frente a março (-5,0%). Houve alta de 41,0% frente a abril de 2020.

A média móvel do trimestre chegou a 0,7%, o acumulado no ano foi para 9,2% e o acumulado em 12 meses, para 3,5%.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Diga sim ao Brasil, PT.

 É fato que no atual momento político apenas um ou outro sujeito poderia ser apontado como referência moral. Não há exagero, se fosse uma minoria, teria sucumbido à benquerença honesta maioria.

O Brasil não necessita de heróis, mas de pessoas que coloque a coletividade à frente dos interesses pessoais. A serviço de um bem maior. Uma lança a apontar para o futuro. Um ser que se despisse de vaidades, vingança.

A última pesquisa divulgada pelo “PoderData” no dia 12 de maio mostra que a rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições de 2022 cresceu e já rivaliza com a do presidente Jair Bolsonaro. A parcela dos que não votariam “de jeito nenhum” no petista subiu 9 p.p. e atingiu 50%. O chefe do Executivo tem 49%.

A insistência ao nome de Lula, com uma rejeição tão alta e sem a máquina, é tudo que Bolsonaro precisa para mergulhar fundo na reeleição.

Restam perto de um ano e meio para eleição. É preciso que o PT, que é sabidamente menor que Lula, tenha coragem de dizer não à sua candidatura. Um partido tradicional forjado na luta dos trabalhadores não pode, por vaidade ou vingança, lançar um nome (mesmo sendo Lula) com rejeição tão grande.

Essa rejeição irá aumentar quando começar a campanha e o nome do candidato aparecer ligado aos tantos escândalos protagonizados pelo partido e seus aliados (cúmplices), e o fórceps usado pelo STF para retirar e limpar sua ficha.

Portanto, a única chance de Bolsonaro (que vai ficar mais forte com o aumento da vacinação, cooptação dos militares e o centrão ) é o PT abrir mão da candidatura do ex-presidente e fazer parte de uma ampla aliança para deter esse louco.

Esse é o momento de se despir de vaidade e vingança. um partido crucial na redemocratização não pode ficar refém do personalismo, mesmo de Lula. Diga sim ao Brasil, PT.

 

 

 

Prefeitura promete Horto Luiz Gonzaga reformado em 60 dias

 Não é novidade que Queimados seja uma cidade totalmente desprovida de opções de lazer, turística e diversão. No entanto, alguns poucos lugares nos últimos tempos eram usados como locais de visistas e confraternizações. É o caso do Horto Municipal Luiz Gonzaga de Macedo localizado no Fanchem.

Frequentadores como o fotógrafo Bruno Chagas que teve um vídeo clique aqui postado numa rede social e reproduzido por diversas pessoas e, inclusive, conta de partidos políticos como PSD. No vídeo ele faz um desabafo, comparando a atual situação com as administrações anteriores.

No vídeo, que segundo ele fora gravado no último dia 03/06 feriado de Corpus Christi, o fotógrafo elenca uma série de problema pelo qual a passa o Horto. Como banheiros interditados, árvores cortadas.O Blog foi ouvir a versão da Secretaria de Meio Ambiente e Defesa dos Animais que por nota afirmou que “APA (Área de Proteção Ambiental) encontra-se fechada à visitação. O local vem passando por melhorias, inclusive com informativo afixado no portão.” Diz a nota.

Ainda de acordo com a nota “A prefeitura iniciou uma parceria com a Cedae, para revitalização dos banheiros, que passam nesse momento pela instalação do sistema de tratamento que não existiam no local.” Quanto aos banheiros lacrados denunciados pelo fotógrafo “a prefeitura confirma, já que não tinha escoamento tratado.” Concluiu a nota.

A ideia, segundo a Secretaria, é usar a parceira com a distribuidora de água para o plaqueamento em todas as trilhas existentes com informações em todo o Horto, além de colocação de mesas, plantio, educação ambiental.

Segundo a Secretaria do Meio Ambiente, a primeira etapa foi concluída no último sábado, (05/06) com banheiro e esgoto, mas o prazo total é de 60 dias.

População vigilante é fundamental para que nossos governantes gaste o dinheiro do pagador de imposto com disciplina, correção, zelo e sem autopropaganda.

 


sábado, 5 de junho de 2021

A prefeitura de Queimados quer emocionar você

 Vivemos num tempo em que governantes cobram agradecimento da população por algo que eles mesmos têm a obrigação de realizar: cuidar de pessoas.

É o caso da Prefeitura de Queimados que postou um vídeo no Facebook (link no final) entrevistando pacientes que necessitam de transporte para chegarem às suas respectivas unidades de saúde.  O vídeo, além de constrangedor, porque expõe as pessoas e seus dramas (Será que você, se precisasse do serviço não autorizaria por medo de represália?), além de populista era desnecessário.

Tenho certeza que, mesmo se o serviço de transporte estivesse à meia boca, os entrevistados, não apenas pela idade, mas pelo constrangimento de ter uma câmera e um microfone apontados para si, diriam estar ótimos.

Bom saber que o serviço está dando certo, no entanto, torna-se personalista quando um dos entrevistados agradece o prefeito a “ajuda” depois de um pedido pessoal. Inacreditável!

A prefeitura deve usar suas redes para comunicar serviço para a população, o mais incrível que eles têm um bom exemplo bem perto: a Secretaria de Saúde.

Oxalá o governo tenha a mesma iniciativa de ouvir, como denunciou o correto “Portal B”, as grávidas transferidas da Maternidade de Queimados para Nova Iguaçu, por falta de atendimento já que os salários estão atrasados.

A principal função da prefeitura é oferecer serviço de qualidade e não trombetear, como uma campanha antecipada com num programa “populesco” de televisão, cobrando  para si, como se fosse um favor, o reconhecimento logo no pior momento da vida de uma pessoa: a enfermidade. Lamentável.

https://www.facebook.com/watch/?v=1423265548030216&notif_id=1622886137129265&notif_t=watch_follower_video&ref=notif

sexta-feira, 4 de junho de 2021

O Haiti, quer dizer, a Venezuela, pode ser aqui

 A vingança é mais doce quando é servida fria. E nisso Jair Bolsonaro pode ser graduado com louvor.  Demoraram-se 33 anos, mas Bolsonaro conseguiu, enfim, humilhar o Exército brasileiro, que quase o expulsou em 1986 por indisciplina, ao tentar formar sindicato dentro dos quarteis reivindicando aumento pra oficiais de baixa patentes e graduados.

Evidentemente isso criou animosidade entre o generalato e o tenente rebelde. Reformado ex-officio como capitão, quando se elegeu vereador pelo Rio em 1988, escapando de uma expulsão certa jurou, talvez, vingar-se.

Uma breve historiografia dos quatro filhos mostra que, embora Bolsonaro fizesse uma louvação ao Exército, nenhum dos seus quatro filhos estudou num dos Colégios Militares espalhados pelo Brasil, e orgulho da instituição. O motivo parece claro neste momento: o sobrenome Bolsonaro era amaldiçoado junto aos oficiais superiores.

A não punição de Pazuello abre um precedente perigoso, mostra que, se o Exército não está abraçado com Bolsonaro, ao menos de mãos dadas é o que aparenta. Ao não permitir uma punição por subir num palanque, sendo general da ativa, Bolsonaro humilha toda a instituição na persona do general Paulo Sérgio Nogueira, comandante do Exército.

Bolsonaro vem conquistando com esmero o que começou a implantar há 30 anos. Chamar para si a liderança de cabos, sargentos, suboficiais e soldados. Conta com ajuda de generais deslumbrado com o mel do dinheiro farto em suas contas. Jogando na lama todo o suor que muitos confrades deixaram para reconstruir a imagem da Força pós-ditadura.

 Qualquer soldado, a partir da não punição de Pazuello, pode sonhar com cargos na política. Mesmo sendo militar subir em palanques, armados e protegendo o presidente. É uma venezuelização de Direita.

É nessa tragédia em que o Brasil se encontra. E se insistirem numa candidatura tirada a fórceps de Lula, o incompetente  que habita o Planalto vai ter, ao menos, mais quatro anos para tentar implementar o indizível.