É fato que o Brasil há anos vive crises éticas e moral em profusão. Mas nunca uma horda tinha antes tomado o Estado de tamanho assalto e incompetência.
Estamos batendo diariamente tristes recordes. Em
Brasília, a pauta de todos os dias são as articulações para a presidência da
Câmara, e do Senado. Quando deveriam, por questão moral, está em cima da mesa com
ao menos um dos muitos pedidos de impeachment, que dormita na gaveta.
Balela esse papo de que não teriam votos para retirar
do poder um sociopata. Quero ver alguém votar contra o impeachment numa transmissão
ao vivo da Rede Globo, com a apresentação de Willian Bonner. Os filhos,
talvez...
Sabe aquele bombeiro que senta no hidrante e repudia o
incêndio?, esse é Rodrigo Maia. O homem das notas de repúdio. Poderia bem
aproveitar o fim de seu mandato, antes de mergulhar no ocaso do baixo clero e
nos seus 70 mil votos, para realizar um ato solidário as mais de 200 mil
famílias enlutadas. Mas não, é covarde demais.
Essa tragédia que acontece em Manaus é o ápice da
sabotagem sanitária que o Bolsonaro e seus malfazejos seguidores- inclusive
deputados e jornalistas- comemoraram em nome “liberdade.” Cadeia é pouco para
essa turma e alguns generais.
Assistir as pessoas, como um peixe fora d’água a buscar
uma nesga de oxigênio num cilindro divido para cinco pacientes é doído demais. Mas
isso não sensibiliza nossos políticos. Tampouco saber que está sendo ministrada
morfina para amenizar a dor da falta de ar.
A asfixia da rede de saúde de Manaus é o retrato mais
grosseiro do fracasso do país no combate à pandemia. A bagunça é tão
generalizada que a índia já avisou que não tem Covishield disponível para o
Brasil, que está na fila junto com países como Nepal, África do Sul,
Bangladesh, Butão, Maldivas, Mianmar, Afeganistão e Sri Lanka. Nesse patamar
que estamos.
Bolsonaro nas redes divulga que o Governo Federal repassou
9 bilhões a Manaus. Poderia ser mais, mas mesmo assim, com comportamento
negacionista, irresponsável que passa longe do comportamento de um chefe de
nação nada adiantaria.
Não podemos desistir, é necessário retirar do Planalto
esse louco que ali habita.
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