segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Apertem os cintos, queimadenses. Dia 15 é logo ali.

 

Em convenções atípicas, devido à pandemia, foram definidos os candidatos à prefeitura de Queimados.  Rosto novo, apenas os da líder comunitária Celena Santos, do Psol; Doutor Marcelo, do PMN; e Major Rodrigues, do PTB. Ao todo nove nomes  de candidatos a prefeito estarão disponíveis nas urnas.

É possível que as urnas tragam surpresas? É uma pergunta difícil de responder. Para início de conversa, o adiamento das eleições, devido à Covid-19, e como o país lidou com a questão embaralhou os cronogramas feitos com bastante antecedência, pelos partidos e lideranças.   

A polarização política à qual se encontra o país, em Queimados pode passar incólume.  Isso porque os bolsonaristas estão sendo tragados assim como o petismo foi no pós-petrolão. Cunhou-se até palavras novas para esse fenômeno, neologismo: bolsopetismo e lulanaro

Diferentemente de outros lugares, Queimados não deverá ter uma eleição plebiscitaria. Ou seja, resumida em lulismo e bolsonarismo. Entretanto, mostra a força que o atual deputado Max Lemos ainda exerce no município.

Dulcelena dos Santos, ou simplesmente Celena, 54 anos, é natural de Vassouras e candidata pelo PSOL (50). O partido herdou algumas ações do petismo: o de que time que não entra em campo não faz a torcida crescer, por isso lança o maior número de candidatos possível.

Doutor Marcelo, advogado, 50 anos, natural de Nova Iguaçu, é o candidato pelo PMN  (33) mais um que deseja marcar posição de olho no futuro político.

O professor do Ensino Médio Glauco Kaiser, 46 anos, Solidariedade (77), outro postulante à cadeira de prefeito, vem sendo calcinado por fogo amigo vindo do município vizinho, Nova Iguaçu, vítima de um  possível acordo entre seu  padrinho deputado federal Aureo Ribeiro, e o candidato local, Max Lemos.

O ex-vice-prefeito da atual gestão, já que renunciou ao cargo há quase um mês, Machado Laz, 44 anos, concorre pelo Democratas (25).  Mais uma cria política de Max Lemos que se volta contra o criador.

Outro que parece ter se revoltado contra o criador é o mineiro de Tombos, Elias José, 58 anos, candidato pelo PROS (90). Major da Polícia Militar exerceu diversos cargos em gestões anteriores.

Outro militar que deseja a cadeira de prefeito intitula-se como Major Rodrigues, 44 anos, pelo PTB (14), havia a possibilidade  de a candidatura ter sido pelo PSL , o mesmo da deputada Alana Passos.  No entanto, talvez seja melhor para a candidatura de Rodrigues o descolamento total  de seu nome ao da deputada.  Haja vista que o padrinho político de Alana, Flávio Bolsonaro, é o político hoje mais enrolado com a Justiça por lavagem de dinheiro.

O professor Lenine Lemos, 52 anos, é candidato da situação pelo PSDB (45) e ex-secretário de educação. Irmão de quem o sobrenome diz. Queimados tem um caso inusitado: um prefeito que poderia tentar a reeleição  abrir mão de tentar, o atual Carlos Vilela.  O que corrobora ainda mais o poder que Max exerce na cidade.  Dono da máquina municipal, com milhares de cargos comissionados, que se transformam em cabos eleitorais, o professor tem resistência ao seu nome dentro da máquina. Alguns acreditam que Max pode pagar um alto preço eleitoral por incentivar a candidatura do irmão em detrimento de Vilela.

Ribamar Dadinho é o representante do PT (13) à prefeitura. Sofre muita resistência da população devido ao fervor devocional a Lula. Mais um que vem marcar posição. Também foi ligado a governos anteriores.

Candidato pelo PSD (55) o ex-deputado Zaqueu Teixeira, 59 anos, vem despontando na liderança em algumas pesquisas.  Talvez essa seja sua grande chance de conquistar o poder municipal, no entanto, terá que coonestar o discurso. Porque o mesmo PSD tem como maior símbolo no estado o senador Arolde de Oliveira, espécie de vassalo mor de Bolsonaro. Destarte, no Rio, estão abraçando um mega bolsonarista, o ex-nadador deputado Luiz Lima.

Em meio a essa miríade de candidatos, é melhor ficar de olho nos vices.

 

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