Considerada uma das principais estratégias para alavancar a popularidade do presidente Bolsonaro em meio a tantas denúncias durante esta pandemia, a volta do Auxílio Emergencial parece não ter surtido efeito varinha de condão para o presidente. Vai continuar comendo o pão que Asmodeu amassou.
Pesquisa do site PoderData realizada entre o dias 26-28 deste mês mostrou dados preocupantes para o governo: 58% dos beneficiários do Auxílio Emergencial desaprovam o governo Bolsonaro, contra 30 que aprovam, e 12% não souberam responder a pergunta.
A nova rodada do auxílio emergencial começou a ser
paga em 6 de abril, para diminuir os efeitos da pandemia da covid-19 entre
os mais pobres. Em 2020, foram 9 parcelas, de R$ 600 e de R$ 300. Em 2021, o governo
decidiu estender o benefício em mais 4 partes, com menor valor, –de R$ 150 a R$
375– a 45,6 milhões de pessoas.
Pesquisa anterior considerou que, para 82% da
população, o valor era “muito baixo” (em média R$ 250), no entanto maior do que
proposto em 2020 pelo ministro Paulo Guedes e o próprio Bolsonaro.
Beneficiário do Auxílio Emergencial, o ambulante Carlos
Alberto Torres, 26 anos, também acha que o benefício poderia ser maior.
“Essas pessoas parecem que não vão ao mercado, tá tudo
muito caro. Se antes era difícil, imagina agora com menos da metade do
benefício”, desabafa.
O PoderData mostrou que, no início de
abril, 82% da população achava “muito baixo” o valor do novo
benefício (em média, R$ 250).
Foram 2.500 entrevistados em 482 municípios nas 27
unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou
para menos.