Foi, no mínimo, uma declaração repugnante proferida pelo
deputado estadual Arthur do Val de São Paulo, mais conhecido com “Mamãe Falei”,
sobre as mulheres ucranianas. Não importando se num grupo de amigos ou na mesa
de um bar. Que o levou a renunciar a sua pré-candidatura ao governo de São
Paulo, e causou revolta por todo o país.
Mas, a bem da verdade, ele, infelizmente não é o único
político a difamar as mulheres. Há um longo histórico de homens que estão,
estiveram e pretendem estar na disputa eleitoral deste ano.
O presidente Jair Bolsonaro encabeça a lista de agressões e
declarações contra as mulheres, com 13. Para rememorar cito apenas duas: uma
contra a deputada Maria do Rosário do PT “ você é tão feia que nem merece ser
estuprada” , outra foi dizer que usava o apartamento funcional para “comer gente.”
Líder nas pesquisas, Lula também não poupou as mulheres do
próprio partido quando afirmou que elas, para terem coragem, deveriam ter “grelo
duro” ou ainda chamar a ministra do
Supremo, Rosa Weber, de covarde.
Outro que se soma na relação de frases machistas é Ciro
Gomes ao afirmar que a principal função de Patrícia Pilar na campanha era “dormir
com ele.” Não dá para esquecer as surubas patrocinadas por João Dória
Arthur do Val teve um comportamento vil, principalmente
quando se sabe que o estupro é uma das principais armas de conquistadores para
humilhar os derrotados. Numa guerra, mulheres e crianças são as principais
vítimas. Foram assim na invasão japonesa à China e Coréia, os soviéticos na
Alemanha, os americanos no Oriente Médio, e no Kosovo apenas para ficar em
alguns desses vergonhosos e covardes atos. Muitos filmes mostram essas atrocidades.
Mamãe Falei usou os coquetéis molotov que confeccionou para
explodir sua própria carreira política, de carona, abalar o Movimento Brasil
Livre (MBL).
É justo e compreensível, não poderiam ser diferentes, as
críticas sobre o deputado. Mas para ser honesto é necessário, para não parecer
hipócrita, fazer uma reflexão sobre o que falam e como agem aqueles que deseja
governar o país.
Neste momento, Simone Tebet, por óbvio, e Sergio Moro, estão
saindo incólume nesta sujeirada machista,
que muita gente prefere passar panos quentes.