terça-feira, 30 de junho de 2020

Prefeitura responde, mas não convence

Por nota, a Prefeitura de Queimados respondeu ao Blog que “o pedido para a normalização da rede elétrica da Clínica da Família Valdisia Ribeiro Catarina de Melo, no bairro Campo da Banha, foi feito, mas a abertura de protocolo foi negada pela Light.

Como a prestadora deste serviço não realizou a normalização, a inauguração, realizada no último sábado (27) se deu por gerador de energia. No domingo a unidade não abre e na segunda a energia novamente foi provida por gerador.

Na segunda à tarde, o gerador apresentou problemas e precisou ser desligado. Vale ressaltar que a unidade de saúde precisa de energia, afinal, comporta insumos e vacinas que dependem de refrigeração.

Infelizmente, a demora da Light em prestar o serviço não poderia adiar a inauguração da unidade, que vai beneficiar cerca de 4 mil moradores da região.

A Prefeitura ainda informa que repudia qualquer ligação clandestina e que vai abrir sindicância para apurar os responsáveis pelo ato . A gestão municipal permanece à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades.”

A Prefeitura apenas não esclareceu, entre outras coisas, o porquê da inauguração acontecer de forma tão açodada. Quem sabe para pegar carona na “sequência de inauguração que começara com à da Maternidade”?  É o tipo de nota para empulhar bobo. Se não está pronto não está pronto, não tem de inaugurar nada: resta a desonra apenas.

 


Gato leva polícia à clínica recém-inaugurada em Queimados

Policiais civis da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) estouraram uma ligação clandestina de luz (o famoso gato) numa clínica da família recém-inaugurada no município de Queimados. Embora a polícia não tenha divulgado nome do local acredita-se que seja a clínica Valdísia Catarina Ribeiro de Melo inaugurada no último sábado, no Campo da Banha.

A polícia chegou ao local com base em informações da Subsecretaria de Inteligência e encontraram o furto de energia. A ação contou com o apoio da Light e o responsável pela organização social que administra a clínica foi preso em flagrante.

A inauguração bastante badalada, contou com a presença do deputado Max Lemos o Prefeito Carlos Vilela, o Secretário Municipal de Saúde, Elton Teixeira, o Secretário de Obras, Pedro Ramos e os vereadores João Pedro, Rogerinho Primo, Cacau Nogueira e Fátima Sanches.

A única coisa correta dessa história é que Catarina Melo, por tudo que fez pela cidade e às pessoas, não merecia, depois de falecida, ter seu nome atrelado a crimes.


Covid-19 causa tragédia no mercado de trabalho

A taxa de desocupação chegou a 12,9% no trimestre encerrado em maio de 2020. Um acréscimo 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020 (11,6%) e 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2019 (12,3%). A população desocupada  chegou a 12,7 milhões de pessoas, incremento de 368 mil pessoas. É o que mostra a Pesquisa Nacional  Por Amostra de Domicílio (PNAD- Contínua) divulgada nesta terça pelo IBGE.

Já a população ocupada que era 85,9 milhões caiu 8,3% ou seja, 7,8 milhões de pessoas sem empregos. Ambas as quedas foram recordes da série histórica.

A população subutilizada (30,4 milhões de pessoas) foi recorde da série, crescendo 13,4%, (3,6 milhões de pessoas a mais), frente ao trimestre anterior (26,8 milhões) e 6,5% (1,8 milhão de pessoas a mais) frente a igual período de 2019 (28,5 milhões de pessoas).

Sergipe tem a quarta maior taxa de desemprego do País - Só Sergipe

Devassa no Escritório do Crime

    A Polícia civil e o Ministério Público do Rio deflagraram nesta manhã operação para cumprir mandados de busca e apreensão contra o que é considerado o maior grupo de matadores de aluguel do estado apelidado de Escritório do Crime. Eles são suspeitos de matarem a vereadora Marielle Franco.

    No total são seis mandados de prisão contra os chefes do bando, além de 31 de busca e apreensão. Três ex-policiais militares e um da reserva são alvos dessa operação.

    De acordo com os agentes, Leonardo Gouvea da Silva, o Mad, herdeiro de Adriano Magalhães da Nóbrega à frente da organização, teve a casa revistada na Vila Valqueire, Zona Norte, e foi levado para prestar depoimento.

    Segundo relatos, ao ser ter a casa invadida e ter tido voz de prisão contra si, Mad questionou se havia mandado. O que foi prontamente respondido plo titular da operação, o delegado Daniel Rosa “aqui é tudo dentro da lei”.

    Ao ser preso, Mad respondeu mesmo sem perguntado pela coordenadora do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Simone Sibilio, e o delegado Daniel Rosa: “não tenho nada com a morte de Marielle”.

 

 

 


domingo, 28 de junho de 2020

Reportagem especial: Quem é o louco?

Para o leitor que perdeu algum dos capítulos da reportagem especial intitulada “Residências terapêuticas: uma travessia ainda turbulenta pelo mar da insanidade” clique nos links abaixo:

Capítulo 1º- https://www.youtube.com/watch?v=ZStyk4gMWkc

Capítulo 2º- https://www.youtube.com/watch?v=dCLdUHP-MlY

Capítulo 3º- https://www.youtube.com/watch?v=1JPrOUtut1s

sábado, 27 de junho de 2020

Entre anjos e mamatas. Histórias e estórias.

Com o devido respeito pedirei emprestado personagem de um grande escritor para dizer que nada é o bastante que não possa ser superado: Baudolino de Alexandria “o maior mentiroso do mundo”, de Umberto Eco, acaba ou está bem perto de perder essa posição para o até então advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef. O “Anjo”, como foi apelidado pela Polícia Federal, enrolado na teia de mentiras, está mais para estúpido que cupido e já figura como a pessoa mais notória desse enlace entre Fabrício Queiroz e o presidente Bolsonaro.

No romance de Eco, Baudolino relata seus feitos a um historiador; enfrentou figuras míticas, lugares fantásticos. Já Wassef prefere tentar enrolar a imprensa com estórias tão ou mais mirabolantes que nosso doce personagem. A ponto de sequer entender ironia de uma repórter ao ser perguntado se Queiroz chegou voando ao falso escritório em Atibaia, no interior de São Paulo.

Já foram diferentes versões, a última é que Queiroz poderia ser executado para que a culpa recaísse sobre a família Bolsonaro, os isentam mesmo sem ser perguntado. Assim, de chofre. Cada vez que abre a boca, parece mais um promotor que advogado de defesa. Em outra versão, como um Anjo da Guarda a socorrer um pobre moribundo, Wassef se apiedou de Queiroz. 

Mas se mostrou um anjo relapso. Imagina se um competente enviado por Deus deixaria um homem gravemente doente num lugar ermo e sem qualquer segurança, já que afirmara que até um escoteiro prenderia Queiroz, não precisando de todo aparato policial.

Na verdade, ele tenta salvar um presidente cada vez mais enrolado. Não adianta desembargador amigo. Porque há entendimento sobre a questão no Supremo, quando chegar lá, o caso Flávio volta para a primeira instância. Queiroz fez com Flávio, o que sempre fez com Bolsonaro. O senador era menino e Queiroz já operava para Jair Bolsonaro. Queiroz foi indicado por Jair ao filho. Denota-se que Queiroz é Jair, não Flávio.

A realidade se mostra tóxica no entorno de Jair Bolsonaro, porque a toxidade exala dele. Esta semana, aqui no Rio, tivemos uma apoiadora dele e da “nova política”, mas atrelada a velhos hábitos escorregar feio. Risível a deputada Alana Passos tentar explicar como uma pessoa nomeada por ela na Alerj exercia trabalho de faxineira na casa dela. Ao microfone, de onde tantas vezes criticou a mamata dos outros, deu a prosaica desculpa “Eu sigo as regras da Casa”, esquecendo-se que fora eleita para contestar a regra da Casa.

 Nesse caso, nunca saberemos se foi ato falho ou ironia da deputada. Lamento, Eco. Mas os bolsonaristas superaram Baudolino.

 


domingo, 21 de junho de 2020

Jogo bruto


    

É fato que a expansão dos serviços de banda larga de internet diminuiu a distância e facilitou o acesso a informações de dados e de pessoas, seja na cultura, educação, saúde ou política. Dependendo da vontade do freguês, transita-se sem ter grandes conhecimentos técnicos pelas redes sociais por exemplo.

A eleição de 2018 foi, junto com muitos outros fatores, a corroboração da força das redes sociais como ferramenta fundamental e que ajudou a eleger Bolsonaro. Trump pegou carona na rede dois anos antes. No entanto, foi Barack Obama que primeiro percebeu essa nova maneira de se comunicar:“Yes, We can”.

No Brasil de Bolsonaro, vivemos um eterno dia da marmota como o do filme “Feitiço do Tempo” de 1993, onde o personagem fica preso e é obrigado a conviver sempre com os mesmos episódios daquele dia.

As capivaras estão à solta. É imperioso dar passagem à luz do Sol. Os eleitores cobrarão. Não adianta fazer arminha. Certamente o candidato Major Rodrigues apoiado pela deputada Alana Passos, terá de se explicar até que ponto o senador Flávio Bolsonaro, com seus fortes indícios de lavagem de dinheiro, se faz presente dentro de sua campanha. Outro a ter de dar respostas quando for questionado é o candidato pelo PSD, Zaqueu Teixeira, cujo presidente estadual do partido, senador Arolde de Oliveira, teve determinada a quebra de seu sigilo bancário por ser um dos suspeitos de patrocinar fake news contra pessoas e instituições, pelo ministro Alexandre de Moraes. Lenine Lemos, caso seja candidato, deve explicar aos eleitores quais acordos republicanos quererá ter com o governador que está mais enrolado que linguiça de mercadinho. Além de responder por atos pretéritos da administração do irmão e do atual Vilela. Tem o Glauco Kaizer que tenta, junto com uma concertação de partidos, viabilizar-se pelo Solidariedade cujo presidente, o deputado Áureo Lídio, até hoje tem de explicar envolvimento com uma quadrilha que vendia gás. Já a esquerda, espera pelo o retorno de dom Sebastião preferindo o mundo das fadas, unicórnios e gnomos.

O possível, e até provável, adiamento das eleições municipais para novembro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá dar um respiro para que os candidatos a prefeito do município de Queimados venham conversar com seus eleitores e explicar além de projetos, suas ligações. A internet encurtou os trechos Queimados-Laranjeiras-Brasília. O jogo é bruto e as redes mostram isso.


 


A hipocrisia e os chupins da democracia

 É louvável para uma mulher negra, que teve de trabalhar como doméstica para se formar numa universidade chegar ao poder em um importante pa...