A depender do governo federal a imagem atual do Brasil passaria por tratamento num programa tipo Photoshop. Não dá para imaginar como estamos feios na foto. Com a impossibilidade de fazer, o governo prefere, como avestruz, enfiar a cabeça num buraco a encarar as próprias mazelas. Sugerindo até jejeum.
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) e o Congresso Nacional concluíram no último dia 25, sob protesto de alguns poucos partidos, a votação do Orçamento para o exercício de 2021.
A referida votação ratificou o corte no orçamento do
Censo Demográfico proposto pelo Relator-Geral da Comissão, Marcio Bittar. A
decisão representa uma redução de quase 90% do orçamento previsto no Projeto de
Lei ao Orçamento Anual (PLOA) encaminhada em agosto de 2020, que era de R$ 2
bilhões. O que levou ao pedido de exoneração da presidente do Instituto, Susana Cordeiro Guerra.
O Censo Demográfico vem sendo usado desde 1872,
portanto há 149 anos, auxiliando o governo a ter um norte para efetivar
políticas públicas.
O governo Bolsonaro tem medo do que a pesquisa, que deveria
ter sido realizada no ano passado, mas devido a pandemia fora adiada, possa mostrar:
a indigência que vive o povo brasileiro, principalmente os mais pobres, que
convivem com a fome crescente.
Cerca de 10,3 milhões de brasileiros vivem em lares
nessa situação. Percentual de domicílios com alimentação satisfatória atinge
patamar mínimo em 15 anos. Pesquisa do mesmo instituto mostra que a Fome no
Brasil em cinco anos, cresceu em 3 milhões o número de pessoas em situação de
insegurança alimentar grave.
É disso que Bolsonaro tem medo, ao preferir fazer
ouvidos moucos para a necessidade de o país saber mais sobre seu povo, do que
abrir as arcas ao fisiologismo do centrão e suas emendas no Congresso. E que lembra uma frase daquela famosa banda: "Jesus não tem dentes no país dos banguelas."
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