A maioria das pessoas certamente já fez uso do axioma que define o ápice do caos em qualquer lar: “casa em que falta pão todo mundo briga, mas ninguém tem razão.” É isso que vem acontecendo na prefeitura de Queimados com o atraso no pagamento dos salários dos servidores e a troca de farpas entre o atual prefeito, Glauco Kaizer, e o seu predecessor, Carlos Vilela.
Num vídeo com duração de 2min:50seg clique aqui divulgado numa rede
social, o atual prefeito, Glauco Kaizer, alega que a gestão anterior teria
deixado no caixa apenas R$ 1,4 milhão, valor insuficiente para efetivar o
compromisso e prometeu que até no dia 15 de janeiro será feito o pagamento.
Ainda de acordo com o prefeito o repasse oriundo do
Fundo de Participação dos Municípios (FNP) não foi feito porque o governo
Vilela não teria pagado alguns tributos fiscais. Por conta disso o repasse foi
bloqueado. “Esse fundo era utilizado primordialmente para o pagamento da folha
salarial, ele bloqueado a gente não consegue ter acesso a esse fundo”, disse,
afirmando ainda que os documentos não foram disponibilizados durante a
transição, e que tem como provar.
Por outro lado, também pela mesma rede social clique aqui, o
ex-prefeito Carlos Vilela, diz justamente o contrário e que teria ofício
comprovando que não teve embaraço algum durante a transição para acessar
documentos fiscais. “A minha gestão entregou ao atual governo o caixa com cerca
de R$ 8,5 milhões de reais... dessa forma, não é verdade que os cofres
municipais tinham apenas R$ 1,4 milhão, isso se refere a apenas uma conta da
prefeitura. Só o Fundeb, que utilizamos para pagar a folha líquida dos
profissionais da educação, foram depositados mais de R$ 7 milhões.”
O que o atual prefeito não explica é porque não denunciou
a suposta dificuldade em acessar os documentos no período de transição, pelo
contrário, preferiu um total e obsequioso silêncio.
É preciso trazer tudo isso à tona. Alguém está faltando
com a verdade seja na tentativa de esconder a inapetência de um lado, ou
ardilosamente de outro.
Passou da hora de colocar ao sol e desinfetar tudo
isso. Os servidores e a população não podem ficar reféns de malabarismo
contábeis, contorcionismos verbais e canalhices retóricas.
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