segunda-feira, 18 de maio de 2020

O dia em que Dick pode ter ganhado


Durante quase toda a década de 1970 havia um desenho animado  muito famoso entre as crianças da minha idade. Criação do estúdio Hanna-Barbera, a Corrida Maluca fazia grande sucesso entre os que tinham TV e os que não tinham também.
Personagens carismáticos participavam dessa disputa como a linda Penélope Charmosa e o malvado Dick Vigarista e o seu nem sempre fiel amigo, o cão Muttley e sua gargalhada indefectível.

Já na corrida eleitoral de 2018, o sinal de partida e a bandeirada de chegada não importavam muito. O que foi certo, segundo as declarações do empresário Paulo Marinho, era o grau de informações que cada um dos candidatos, uns mais outros menos, detinha de agentes públicos como os da Polícia Federal. 
A declaração do relator da ação, o desembargador Abel Gomes, de que a operação "Furna da Onça" fora adiada para não dar conotação eleitoral, parece factível. No entanto, em âmbito nacional, a deleção de Palocci era usada para detratar a já combalida eleição de Fernando Haddad.
É grave e precisa de um inquérito para comprovar ou não o que o empresário disse, sobre um delegado que teria o vazado informação ao senador Flávio Bolsonaro da operação em que seu assessor, Fabrício Queiroz, seria enquadrado pela PF devido a movimentação financeira suspeita.
Na animação, o vilão Dick Vigarista, mesmo quando estava à frente na corrida, preferia parar para preparar armadilhas aos concorrentes, para já perto da chegada, provar armações que fizera tornarem-se contra ele. Aqui, falta ainda dar nomes aos malvadões e restituir a verdade.










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