Mais de 17 milhões de pessoas não conseguiram sequer procurar emprego na última semana de maio por
causa da pandemia da Covid-19 ou por falta de oportunidade nas regiões em que
vivem. Nesse mesmo período, outros 10,9 milhões estavam desempregados e
buscaram uma ocupação, mas não encontraram. Com isso, o país alcançou a marca
de 28,6 milhões de pessoas que queriam um emprego, mas enfrentaram dificuldades
para se inserir no mercado de trabalho, seja por falta de vagas ou receio de
contrair o novo Coronavírus.
Os dados são os primeiros resultados da PNAD COVID-19, divulgada pelo IBGE. O levantamento é uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada com apoio do Ministério da Saúde, para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal.
Em maio, o IBGE estima que 84,4 milhões de pessoas
estavam ocupadas no país, embora 169,9 milhões estivessem em idade para
trabalhar. Isso significa que menos da metade (49,7%) estava trabalhando no mês
passado.
Para o diretor adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, “A informalidade funciona como um colchão amortecedor para as pessoas que vão para a desocupação ou para a subutilização. O trabalho informal seria uma forma de resgate do emprego, portanto não podemos dizer que essa queda é positiva”, afirmou, complementando que é necessário aguardar os próximos resultados para avaliar com mais precisão o impacto da pandemia nesse grupo.
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