Em um artigo intitulado “A velha política leva tudo” publicado em o O Globo o articulista Carlos Alberto Sardenberg elenca uma sequência de movimentos que, segundo ele, “revigoram a velha política.”
“Começando pela Lava Jato. A força-tarefa não apanhou apenas
alguns casos de corrupção. Mostrou que o sistema do Estado estava dominado por diversos ‘quadrilhões’- associações de políticos, empresários, advogados e
membros do judiciário.” Tudo isso, com o intuito de roubar do setor público e
dividir entre eles.
Para Sardenberg, é evidente que Sérgio Moro e Deltan
Dellagnol não poderiam ter tido aquelas conversas, descobertas apenas porque
foram hackeadas, que em busca de mais eficiência romperam os limites do
processo legal, no entanto:
“É verdade que os dois não agiram pelas vias ditas ortodoxas em Brasília.” E questiona: Mas o que eram, e continuam a ser, agora reforçadas, as vias ortodoxa? São caminhos tortuosos dos tribunais para anular processos, não pela prova da inocência dos réus, mas pelo tempo de prescrição e supostos equívocos legais.”
O jornalista vai além em seus questionamentos: “O que é
pior, o ativismo da Lava Jato ou os conchavos brasilienses entre políticos e
juízes? Encontram- se em festas de casamentos, são compadres entre si, almoçam
e jantam em bons restaurantes- à custa do dinheiro público- e promovem seus
filhos nas suas careiras. Deputado filho de deputado, advogado filho de juiz,
que facilita a conversinha ao pé do ouvido”
Para o articulista a única forma da Lava Jato ter
rompido com a bolha de conchavo foi reunir diversos órgãos como a Receita,
Polícia Federal e Ministério Público conversando, inclusive com os juízes, a
imprensa e com o público.
“Tem algum inocente preso? Mas tem culpado sendo
libertado pelos métodos transversos da
velha ortodoxia. O triplex e o sítio não
existiram? Isso não importa. Importa desqualificar o processo e o juiz.” E vai
além: E assim parece normal um deputado processado em dois casos no STF se eleger presidente da Câmara. Numa das
denúncia, correndo na Primeira Turma, já há maioria para aceitá-la. Mas tudo
parou por um pedido de vista do ministro Dias Tofolli.”
E conclui: Líder do governo Ricardo Barros disse que a
prisão em segunda instância nunca existiu no Brasil e que foi casuísmo para
tirar Lula da disputa presidencial. Duplo erro: a prisão em segunda instância
era a regra. Eliminá-la foi a exceção de alguns anos. E Lula foi afastado por
ser ficha-suja.
Em quanto isso, para impor o novo movimento pela impunidade
representado por um neologismo: “bolsolulismo”, esse grupo faz até poste mijar
no cachorro.
��������
ResponderExcluirTentei colocar "palmas", mas acho q nao foi..rs..Então, PARABÉNS!
ResponderExcluir