O operador de máquinas industriais, Bento de Castro Silveira, 32 anos, morador de Queimados, perdeu o emprego antes da pandemia. Há mais de dois anos tenta nova relocação no mercado de trabalho. Vivendo de biscate, boa parte da indenização recebida foi para a tentativa de conseguir outra ocupação. Passagens, lanches, xerox.
“Com exceção dos alimentos e alguns poucos móveis para a minha casa, a rescisão foi basicamente gasta na tentativa de encontrar um emprego de carteira assinada, agora nem com parte do Auxílio Emergencial consigo o suficiente para sair e procurar uma vaga”, lamenta.
Bento não está sozinho nessa trágica estatística. De acordo com a Pesquisa Nacional por
Amostragem de Domicílio (PNAD) divulgada pelo IBGE, a população
desalentada soma hoje 6,0 milhões de pessoas, é recorde da série histórica
para o trimestre. São pessoas que desistiram de procurar nova colocação por uma
série de motivos inclusive desânimo, financeiro e descrença.
A concorrência aumenta a cada pesquisa. A taxa de
desocupação passou dos 14%, agora está em 14,4. Isso corresponde mais 400
mil vagas perdidas. A população desocupada (14,4 milhões de pessoas)
é também recorde da série histórica iniciada em 2012.
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